Capitulo 15 e 16
Everything
can change
Pov. Arthur
Acordei antes de Lua, deveria ser umas 9 da manhã, minhas
costas doíam e parecia que minha gripe piorava, Lua por outro lado parecia
estar bem, com um sorriso angelical no rosto, passei as mãos em seus cabelos.
“ela
é tão linda”
Realmente.
“maravilhosa
e... Você concordou?”
Que foi? Ela não é linda mesmo?
“cara...
ferrou”
Que foi Aguiar?
“você
tá apaixonado”
Mano, foi só um beijo e eu acho muitas garotas bonitas.
“mas
não a ponto de concordar comigo”
Ah não enche.
Lua: Arthur?- a olhei e ela sorria- no que está pensando?
Arthur: nada- ela olhou para baixo e sorriu novamente- e
você?
Lua: que nós temos que sair daqui rápido- me encarou e eu
assenti, ela saiu do saco de dormir e se levantou esticando-se, logo me
levantei fazendo o mesmo e guardei o saco na bolsa.
Arthur: você está se sentindo bem?- ela assentiu.
Lua: você que está quente- ela se aproximou tocando meu
rosto e eu fechei os olhos- está tudo bem?
Arthur: sim- ela se aproximou e senti sua respiração
perto de mim.
“isso
não vai prestar”
Senti seus lábios encostando nos meus novamente, senti
uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo, como um reflexo eu a puxei
contra meu corpo e ela gemeu fraco e desgrudamos nossos lábios.
Lua: Arthur- sussurrou e eu a abracei.
Arthur: me desculpa- ela riu e se soltou um pouco para me
olhar.
Lua: por quê? A menos que você seja um lobo, ou um
assassino, eu não tenho problemas em ficar com você- sorriu.
Me ajuda Aguiar, por favor!
“eu
não sei o que falar...”.
Lua: o que foi Thur?- riu- é um assassino?
Arthur: que me dera- a afastei e peguei a mochila- vamos?
–ela assentiu confusa, sai na frente dela.
Como ela poderia ter falado isso, ah lógico, ela não
sabe, mas que bosta Arthur, quantas vezes você já criou expectativas e se fudeu?
Aliás, a culpa é tua Aguiar.
“tenho
nada com isso não cara, eu estou tão mal quanto você”.
Eu queria te socar.
“tenta”.
Por que eu sou tão burro?
Lua: ARTHUR!- a ouvi gritar e olhei para trás e ela vinha
correndo em minha direção- o que foi?
Arthur: nada por quê?- ela me encarou desconfiada.
Lua: vamos- sorriu segurando minha mão e me puxando,
finalmente chegamos à estrada e já havia um taxi para nós lá, entramos quietos,
Lua ainda segurava minha mão sorrindo para mim, voltamos para o hotel e entramos
no quarto, os outros ainda não haviam chegado- o que foi hein?- se aproximou de
mim enlaçando seus braços no meu pescoço.
Arthur: me desculpa- a tirei de perto de mim- não posso
ficar com você.
Lua: por quê?
Arthur: porque- respirei fundo- eu não posso.
Lua: ok- olhou para o lado- eu sou uma idiota- me
empurrou e entrou no banheiro.
“isso
idiota a magoe mesmo”
Melhor do que ela ficar sabendo a verdade.
Me sentei na cama e olhei para o teto, eu sou um estupido
idiota, como posso fazer isso com ela, não é culpa dela o que eu sou... Acabei dormindo.
“Xxx:
Arthur- ouvi uma voz doce sussurrar meu nome, estava em um lugar bem bonito,
uma praia deserta, apenas via uma mulher ao longe, o sol se punha no horizonte,
e a mulher corria em minha direção- ARTHUR!- a ouvi gritar e eu a olhei, era
bem mais velha que eu, tinha cabelos prestos e um sorriso cansado no rosto, ela
chegou até mim me abraçando fortemente, como se me conhecesse desde pequeno e
não me visse desde aquela época- oh Arthur- ela me apertou fortemente.
Arthur:
eu... Eu a conheço? –ela me olhou sorrindo fraco.
Xxx:
na verdade não, sou Kátia, Kátia Aguiar- sorriu e eu arregalei os olhos.
Arthur:
mãe?- ela assentiu e meus olhos lacrimejaram- e- eu –gaguejei.
Kátia:
tudo bem meu amor- me abraçou novamente- está sofrendo não é?
Arthur:
estou mãe- nunca mentiria para ela.
Kátia:
Arthur, o amor é uma coisa que não aparece muitas vezes, ele é raro, e
dificilmente vai ser puro e inocente- acariciou meu rosto- você tem que
apreciar cada momento, esse é o seu momento.
Arthur:
ela nunca aceitaria se soubesse quem eu sou de verdade.
Kátia:
se ela é para ser sua, ela vai entender, ela vai aceitar, e vocês vão ser
felizes- ela se afastou e começou a correr para longe.
Arthur:
MÃE? AONDE A SENHORA VAI?- ela olhou para trás.
Kátia:
EU TE AMO, FILHO, LEMBRESE DO QUE EU LHE FALEI- ela sumiu e eu me desesperei,
não poderia perder minha mãe depois de tantos anos sem ela.
Arthur:
NÃO MÃE! MÃE! POR FAVOR, NÃO ME DEIXA! MÃE!”.
Mel: Arthur- abri os olhos, suava muito, ela me olhava
assustada, assim como todos os outros em volta, respirei fundo- está tudo bem?
Arthur: o que aconteceu?- ela me analisou por algum
tempo.
Mel: estava tendo um pesadelo Arthur- neguei.
Arthur: eu... Vou tomar um banho- desci da cama e entrei
no banheiro- foi só um sonho? –respirei fundo segurando o choro, minha mãe
nunca esteve presente, mas meu pai sempre me contou sobre ela, ela parecia ser
a pessoa mais feliz e honesta de todas, sempre de bom humor, sempre ajudando as
pessoas.
“parecia
tão real”
Eu sei...
Suspirei e as lágrimas desceram junto com as gotas de
água quente do chuveiro, minha mãe nunca esteve por perto, mas ela sempre me
acompanhou, sentia tanta saudades dela, sentia como se faltasse algo em mim, e
quando eu beijei Lua, era como se isso tivesse sumido...
“estamos ferrados, realmente”
Everything
can change
Pov. Lua
Depois de passar a vontade imensa que tomou conta do meu
corpo, de estrangular Arthur até a sua morte, sai do banheiro e Mel conversava
com ele, todos o encaravam com uma cara estranha, mas dane-se, ele não quer
nada comigo, então eu também não quero nada com ele.
Chay: vovó nos chamou para irmos a casa dela- ele se
aproximou de mim.
Lua: ótimo- sorri, adorava meu avô, ele é meu exemplo,
uma pessoa que não se deixa abater, centrado, inteligente, forte, e ao mesmo
tempo ele foi um ótimo pai para meu pai, apesar de ser distante, mas comigo é
completamente diferente, ele me trata de uma maneira diferente. Não sei como um
homem como meu avô foi gostar logo de minha avó, ela é tão delicada, fraca, tão
emocional e se importa tanto com a beleza, eles são opostos.
Sophia: vamos?- ele assentiu e saímos, Sophia estava
animada afinal ela é exatamente igual a minha avó, quem não estava feliz era
Chay, ele nunca se deu bem com nenhum dos nossos avôs, meu avô era muito duro
com ele por ele ser homem e minha avó não aceitava que ele ficasse com ela e
Sophia, e também não aceitava que eu ficasse com meu avô, achava que meninas
deveriam ficar em casa brincando de boneca.
Chay dirigiu até a casa de nossos avôs que ficava em uma
floresta, fomos recebidos por Douguie, um labrador negro que meus avôs adotaram
quando filhote, ele pulou em Chay o lambendo e logo veio em direção a Sophia
que soltou um grito estridente, rolei os olhos e andei até a porta apertando a
campainha. Minha avó atendeu, minha avó é bonita, tem cabelos loiros bem
claros, quase brancos, olhos azuis e um sorriso cansado porém bonito, meu avô é
diferente, ele tem os cabelos brancos, olhos castanhos e quase nunca sorri.
Branca: Lua- sorriu e eu acenei com a cabeça entrando,
Chay entrou em seguida e depois Sophia abraçando minha avó.
Sophia: que saudades- sorriu.
Branca: eu também minha querida- falou segurando seu
rosto.
James: chegou alguém Branca?- meu avô falou com seu tom
de voz firme de sempre.
Branca: seus netos- respondeu e logo meu avô apareceu na
sala e sorriu para mim.
James: Lua- eu o abracei, meu avô sempre me protegeu, e
depois da perda de meus pais, era bom poder sentir um abraço de alguém mais
velho, que eu posso contar sempre.
Lua: vô- sorri e ele me soltou.
James: está bonita- ele sorriu- olá Chay- apertou a mão
de Chay- está mais forte.
Chay: obrigado- olhou para o chão.
Branca: Chris está ai- sorriu e olhou para Sophia- sempre
achei que vocês combinassem- Sophia corou e eu prendi o riso.
Sophia: não sei vó.
James: vamos para a cozinha, acabamos de caçar- sorriu,
seus olhos estavam entre o castanho e o vermelho, coisa que sempre acontece
quando ele caça.
Lua: estamos sem fome vô- ele deu de ombros e me puxou
para a cozinha, entramos na cozinha que eu vi Chris, estava lindo, os cabelos
negros e os olhos azuis sempre foram o seu maior charme, mas o sorriso não
perdia muito, agora ele está alto e forte, sorriu ao me ver e se aproximou
sendo observado em silencio por meu avô.
Chris: Lua- sorriu e me deu um beijo na bochecha- que
saudades- sussurrou no meu ouvido e eu sorri sem graça.
Lua: quanto tempo- ele assentiu e logo Chay entrou, eles
nunca se deram bem, Chay sempre foi muito ciumento, o que impedia todos os meus
namorados de ficarem por muito tempo.
Chay: Christian- ele acenou e Chay se sentou em uma das
cadeiras.
James: então Chay, cuidando das meninas?- ele assentiu.
Chay: apesar da Lua não precisar que ninguém cuide dela-
sorri e me sentei ao seu lado.
Chris: fiquei sabendo que o Taylor foi na sua escola-
assenti.
James: nunca vi alguém enfrentar poderes como o de Taylor
tão bem Lua- sorriu orgulhoso- estou muito orgulhoso de você.
Lua: obrigada vô- meu avô sempre teve um poder enorme
sobre mim, suas opiniões sempre influenciavam em minha ações, e seus elogios e
criticas em meu comportamento, ele era o único que eu podia dizer que
respeitava.
James: Eu vou fazer uma trilha hoje- sorriu- gostaria de
vir?- ele me olhou e eu assenti- Chay?- ele deu de ombros, não, o Chris não, o
Chris- Chris?- ele sorriu malicioso para mim e assentiu.
Chris: lógico- meu vô rolou os olhos, e voltou para a
sala, Chris me observava em silencio e Chay batucava na mesa- então Luh, está
tudo bem?- assenti, não queria muito papo, mas acho que ele entendeu errado e
continuou a falar- está namorando ou algo do tipo- olhei para ele e depois para
Chay e ri, até parece que falaria disso com ele.
Lua: já volto- me levantei e entrei no banheiro, ah não
conseguia tirar aquela merda de beijo da cabeça, Arthur naquela hora foi tão
carinhoso, tão...
“perfeito”
Sai da minha cabeça protótipo de princesa!
“ogra!”
Idiota!
Chay: está tudo bem Lua?- ele bateu na porta e eu joguei
água no rosto, ele nem é tão bonito assim, porque ele tem que me fazer me
sentir tão... viva.
Lua: sim Chay- respondi.
Chay: vovô está te chamando- abri a porta e ele sorriu me
abraçando- que beijo?
Lua: privacidade- o empurrei e segui até meu avô que lia
algo no jornal.
James: vamos?- assenti e ele se levantou, andou até minha
avó e depositou um beijo em sua cabeça- vou a trilha- ela assentiu e depois nós
saímos, Dougie nós seguia, a trilha era fácil e se complicava de acordo com o
tanto que adentrávamos a floresta, Chris reclamava uma vez ou outra irritando
meu avô, eu andava com facilidade igualmente a Chay, meu avô nos observava e
sorria para Chay de vez em quando, chegamos ao rio e paramos para descansar.
Chris: porque tínhamos de vir tão longe?- meu avô deu de
ombros.
James: foi muito bem Chay- Chay sorriu- você também
querida- sorri e ele me abraçou pelos ombros.
Chris: obrigada- sorriu irônico e meu avô o fuzilou.
James: você não gostava de esportes quando ela criança
Chay- Chay riu e assentiu.
Chay: descobrir que estar em forma ajuda em algumas
coisas- ri.
James: como garotas?- ele assentiu.
Lua: ele beijou uma menina linda vô- ri.
James: nossa, sério?- sorriu surpreso.
Chay: uma morena maravilhosa- sorriu bobo.
James: posso saber quem é?
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