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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Everything can change

                                       
Capitulo 25 e 26




Everything can change
Pov. Lua


Olhei para ele, o que ele fazia aqui? Ele não podia fazer isso comigo! Não podia voltar assim outra vez, me encolhi nos braços de Arthur e senti uma ânsia de vomito, Arthur me chamava, mas não conseguia responder, olhei para os lados e minha visão ficou turva, sentia minhas pálpebras pesarem e tudo ficar preto, logo tudo ficou escuro.


“Xxx: LUA! LUA- ouvia alguém gritar ao longe- LUA! ACORDE- olhei de onde vinha a voz e vi Arthur, tentei gritar mas minha voz não saia, tentei correr em sua direção mas não conseguia sair do lugar- LUA! POR FAVOR!- ele gritava, via o desespero em seus olhos- O QUE VOCÊ FEZ?- ele encarou... não, ele não pode.
Xxx: você tem algum problema garoto?- ele sorriu sarcástico- ela é só uma vampira fraca!- vi ódio nos olhos de Arthur que se levantou e o encarou.
Arthur: QUEM É VOCÊ PARA FALAR ASSIM COM ELA!- ele gritou e John o encarou, John é o cara que matou meus pais, ELE acabou com minha família, ELE estragou minha infância, ELE estragou minha vida, John é alto, com os cabelos brancos bem arrumados e seu sorriso estupido no rosto, ele olhou Arthur sério, o examinou de cima a baixo.
John: você é bem fortinho hein... –ele examinava Arthur- me seria bem útil- falou mais baixo.
Arthur: Lua- ele voltou a se sentar ao meu lado e John se aproximou.
Finalmente consegui me soltar, corri para perto de Arthur e vi John colocando a mão em seu ombro.
Lua: NÃO!”

Arthur: você tá bem?- ele se sentou do meu lado e eu olhei em volta, estava em algum quarto do colégio, Arthur me olhava com um olhar um pouco estranho, não me demostrava nada.
Lua: o que aconteceu?- ele se deitou do meu lado.
Arthur: você desmaiou, e eu te trouxe para cá.
Lua: mas ele não fez nada?
Arthur: eu corri- se virou para mim e eu sorri, ele sorriu de lado- quem é ele?
Lua: John- olhei para baixo- ele... matou meus pais- Arthur arregalou os olhos e depois me puxou para seus braços.
Arthur: se quiser, não precisa me contar- assenti e senti meus olhos arderem, fazia tempo que não pensava nisso, fora tão triste esse dia.


Flashback on:
Completávamos exatos dez anos de idade nesse dia, meus pais pareciam preocupados, depois do parabéns sorri assoprando minha velinha, quando assopramos todas as luzes se apagaram, Sophia gritou e senti a mão de Chay segurar a minha, um senhor apareceu com uma lanterna, era ele, John Harry, líder de todo o clã de vampiros chefes, olhou com um sorrio maléfico para nós e logo olhou para nossos pais, minha mãe caiu no chão gritando e se contorcendo de dor, enquanto ele se aproximava de meu pai, assim que segurou em seu ombros meu pai revirou os olhos e caiu no chão imóvel, logo minha mãe se juntou a ele, ele olhou para nós e Chay nos abraçou, ele sussurrou da forma mais maléfica possível.
“Nunca mexam conosco, nunca se aproximem de nós, nunca quebrem as regras.”
Flashback off:


Arthur: hey- ele acariciou meus cabelos- tudo bem, tudo bem, eu estou aqui- sussurrou contra meus cabelos.
Lua: eu quase não tive contato com eles Arthur- olhei em seus olhos, só então percebi que chorava muito, estava soluçando, os olhos de Arthur demonstravam tristeza e compaixão, oh merda, o que eu menos queria era que Arthur sentisse pena de mim- esqueça- me levantei limpando as lágrimas.
Arthur: ou- se levantou logo após- o que foi?- me abraçou por trás e eu me soltei dele.
Lua: não quero que você sinta pena de mim- ele me virou e me fez encarar seus olhos.
Arthur: em que universo eu teria pena de você?- ele falou grosso- eu perdi minha mãe sem nem a conhecer! Meu pai sempre está longe quando preciso! Minha vida é uma merda Lua, porque sentiria pena de uma mimada como você?- suas palavras me acertaram como uma facada nas costas.
Lua: e- eu... não sei- abaixei a cabeça, metade de meu corpo implorava para ficar quieta e outra metade queria socar a cara de Arthur.
“po- porque... ele... falou isso?”
PARA VOCÊ DEIXAR DE SER IDIOTA!
O encarei com raiva e dei um tapa em seu rosto, limpei as lágrimas que sobraram e sai do quarto dele com raiva, quem ele era para falar assim comigo? IDIOTA! Corri em direção ao meu quarto e bati a porta e me joguei na cama.
Sophia: a porta quebrou- olhei a porta que tinha uma racha enorme.
Lua: dane-se –entrei no banheiro e entrei no chuveiro.
“porque ele fez isso?”
PORQUE VOCÊ É BURRA! SE NÃO FOSSE TÃO IDIOTA NUNCA TERIA GOSTADO DE UM ESTUPIDO COMO O AGUIAR!
“não grite comigo! Você que deixou!”
EU NUNCA ACEITEI ISSO! SOME DE MIM!
Ela ficou quieta e eu terminei meu banho, Sophia havia saído, peguei meu ipod e sentei na cama e coloquei no último volume, tinha que esquecer tudo o que aquele idiota me falou, só porque ele também tem problemas acha que pode falar assim comigo? Estupido, idiota, imbecil.
Xxx: brigou com o namoradinho?- encarei John.
Lua: saia do meu quarto- me levantei e ele sorriu de lado.
John: só vim dizer, que seus pais foram apenas um começo, esse garoto é um lobisomem, vai contra todos nossos princípios- sorriu sarcástico- mas ele seria um bom guerreiro em uma guerra- admitiu e eu dei de ombros.
Lua: não vou mais falar com ele, não se preocupe- ele assentiu e se aproximou de mim- sai- ele gargalhou e apenas vi um vulto passando pela janela e voltei a escutar música.


Depois de algumas horas Sophia voltou para o quarto, olhei para ela, parecia um pouco brava, não conversei com ela, apenas coloquei minha mascara para dormir e peguei no sono, tive pesadelos sobre o acontecido e acordei no meio da noite suando, vi uma movimentação no canto do quarto e vi uma silhueta humana nas sombras, fechei os olhos e quando abri não estava mais lá, acho que estava sonhando.


Everything can change
Pov. Arthur


Depois do tapa que levei de Lua, não nos falamos mais, pelo jeito eu estou com algum problema de raiva, talvez por causa da doença...


“ou só está confuso de mais em relação à Lua”
Talvez...


Mel: deve ser a doença mesmo- sorriu para mim se sentando a minha frente- você simplesmente quebrou a dieta- olhou para meu x-bacon e meu milk-shake de chocolate.
Arthur: culpe a minha natureza, Melanie- mordi meu x-bacon e sorri, ela rolou os olhos rindo.
Mel: porque parou de falar com a Lua?- falou tomando seu suco.
Arthur: Nós discutimos- dei de ombros, minha relação com Lua (mesmo que não muito possível) seria e será assim até quando durar (mesmo não tendo começado), iriamos brigar e voltar, brigar e voltar.
Mel: o Chay falou que ela sumiu- a encarei por um tempo, ela continuava com a feição séria, queria muito que ela estivesse brincando, senti algo no peito que parecia me sufocar, com todo o meu orgulho dei de ombros como se não me importasse. Chay entrou correndo na cantina procurando Lua, Sophia entrou logo após, parecia mais calma que Chay.
Arthur: deve ter alguma coisa haver com o tal do John- Chay correu até mim, pisando firme, bateu as mãos na mesa me fuzilando com os olhos.
Chay: COMO VOCÊ SABE DO JOHN?- ele gritou fazendo todos nos olharem, Sophia fuzilou eles com o olhar e eles desviaram o olhar.
Arthur: primeiro, não fala assim comigo- me levantei e rosnei, ele rolou os olhos, me sentei novamente- segundo, quando eu estava no jardim com a Lua antes de ontem, ele apareceu.
Chay: e o que aconteceu?
Arthur: a Lua passou mal e eu levei ela para o quarto- dei de ombros e ele se sentou no banco.
Chay: foi ele Sophia- olhou para a menina que sorriu triste- o que será que ele vai fazer com ela?- ele falou com a voz embargada, Mel se sentou na sua frente, olhou em seus olhos e logo Chay estava um pouco mais animado, esse é o dom de Mel, conseguir manipular o sentimento dos outros, ela pode fazer qualquer um sentir qualquer coisa.
Micael: melhor procurarmos ela não?- se aproximou da mesa, Sophia assentiu e nós nos dividimos, fui sozinho e eles foram em casal.


­‘CHAY, SOPHIA, ARTHUR, ALGUÉM POR FAVOR! ME AJUDA!’
A voz de Lua invadiu minha mente.
“ela está tentando se comunicar, é só pensar nela e elaborar a resposta”
‘Lua?’
‘ARTHUR! SOCORRO!’
‘Onde você está?’
‘NÃO SEI, ELE ME TROUXE AQUI, ARTHUR ELE ESTÁ SE APROXIMANDO!’
‘calma, você está bem?’
‘estou... Arthur ele está trazendo uma pedra vermelha’
‘Lua se afasta, isso é perigoso para você’
‘ele me prendeu, não dá’
‘me dá uma dica de onde você está!’
‘não dá, ele está na minha frente...’
Lua! Lua!

Abri os olhos desesperado, corri para a floresta e pulei me transformando, o que provavelmente chamou atenção de Micael e Mel, corri, segui minha intuição, normalmente ela está correta, e não me falharia desta vez.


Corri até um lugar desconhecido, vi Lua deitada perto da margem, corri até ela e me aproximei, sua testa sangrava, ela estava desacordada, a cheirei, pelo menos está viva, na medida do possível.


Mel: aqui está- pareceu do nada, estava com uma troca de roupa na mão, entrei no mato e me troquei, cheguei perto de Lua, chequei sua respiração, tudo ok, tomara que ela esteja realmente bem.
Chay: ELA ESTÁ AI?- ele gritou e eu assenti dando espaço para ele que se jogou no chão ao lado dela- ah Luh, ainda bem que você está bem- a abraçou, ela ainda estava desacordada, Sophia se aproximou e tocou a mão dela, logo Lua abriu os olhos e encarou todos.
Lua: onde eu estou?- sorri involuntariamente, ela estava bem.
Sophia: você está bem?- assentiu e Chay a apertou em seus braços.
Lua: hey Chay calma- sorriu.
Micael: está tudo bem?- ela assentiu e se levantou, ela tropeçou e acabou caindo em cima de mim, me abaixei e a segurei antes que caísse.
Lua: obrigada Thur- sorriu meiga- você me ajudou muito, acho que não conseguiria fugir de lá sem você- me abraçou e eu arregalei os olhos, Chay nos encarou, mas não era simplesmente porque ela me abraçava, mas sim porque suas costas estavam extremamente machucadas, ela desmaiou em meus braços, a peguei no colo e olhei para Chay.
Chay: vamos para... –olhou Sophia- eu não sei.
Mel: leve- a para o meu quarto, eu ajudo- sorriu e nós corremos para seu quarto, deitei ela na cama de Mel, Sophia se aproximou de novo e a tocou, logo ela abriu os olhos- vire-se -ela virou e Mel levantou um pouco sua blusa, como Lua não tem sangue, seus machucados são roxos para pretos, bem mais profundos do que os normais.
Micael: tá feio hein... –ele olhou de lado para os machucados.
Mel: complicado- ela pegou um algodão e colocou algum remédio de uma caixa qualquer, colocou no machucado de Lua que gritou.
Chay: MEL!- ele ia se aproximar, mas Mel o encarou, logo ele sentiu medo.
Mel: confia em mim- ele assentiu e se sentou na outra cama, Mel passou o remédio e logo os machucados foram se fechando.
Lua: isso dói- falou manhosa, me aproximei dela e olhei em seus olhos.


‘sempre vai poder contar comigo’
‘eu sei’

Ela sorriu e eu retribui o sorriso, estou completamente perdido nessa garota.

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