capitulo 29 e 30
Everything
can change
Pov. Lua
Estava andando pelo jardim e vi Micael sentado, ele
estava de cabeça baixa, me sentei ao seu lado e ele encarou o horizonte. Apoiei
minha cabeça em seu ombro, Micael acabou virando um grande amigo, com quem
posso contar as coisas, como meu relacionamento com Arthur, sem ter que
controlar a raiva e o ciúme de Chay.
Lua: o que ouve grandão?- ele me olhou de canto de olho e
suspirou.
Micael: sabe a Jena?- ele falou voltando a olhar para
horizonte, Jena era a ex-namorada de Micael, uma cachorra também, alias, loba,
Micael fica bravo quando chamo eles de cachorros, enfim... Jena era
extremamente ciumenta, logo, Micael e ela brigavam exageradamente, até que um
dia ela machucou uma prima de Micael e eles terminaram, mas não foi machucar,
um corte, ela simplesmente quebrou o braço da garota, apenas porque ele a
abraçou- ela vai se mudar para cá, e bem... meu pai vem me visitar, tudo ao
mesmo tempo.
Lua: a Jena eu até entendo, mas o que seu pai pode fazer
contigo?- ele riu sem graça.
Micael: meu pai simplesmente sente vergonha de mim, faz
de tudo para que eu fique para baixo, você verá, é simplesmente horrível.
Lua: tudo vai dar certo meu amor- sorri e o abracei de
lado, ele sorriu fraco e retribuiu o abraço.
Ficamos conversando sobre coisas aleatórias e ele logo se
empolgou, andamos de volta para a cantina e vi Arthur sentado, andamos até ele
e Micael foi pegar alguma coisa para comer, ficou um silencio desconfortável,
Arthur olhava qualquer coisa no celular e eu olhava para minhas unhas.
Arthur: o que o Micael tem?- o olhei com a sobrancelha
arqueada- o que foi? Acha que é a única que pode saber o que se passa na cabeça
das outras pessoas?- ele imitou meu gesto e dei de ombros.
Lua: porque não pergunta para ele?- ele rolou os olhos.
Arthur: eu já sei, só não queria esse silencio
constrangedor, mas se você prefere eu não vou incomodar- rolei os olhos o
imitando.
Lua: não pensei que você seria uma pessoa tão... legal, a
ponto de fazer esse favor a mim de criar um assunto.
Arthur: por favor, me diz porque estamos assim?- o olhei
por alguns segundos, parecia um pouco... triste.
Lua: você escolheu isso, você não veio falar comigo-
falei baixo.
Arthur: eu pensei que você não queria falar comigo, me
desculpa- estendeu a mão para mim e eu segurei sorrindo triste- não vamos mais
ficar assim, somos amigos certo?- assenti e ele se levantou vindo para meu
lado- eu te adoro pequena- beijou minha cabeça me abraçando.
Micael: vocês são um casal tão fofo- falou irônico-
espera o Suede ver isso, ele te mata cara- Arthur riu.
Arthur: que medo do Chay- rolei os olhos e Micael
arregalou os dele encarando algum ponto atrás de nós- onde?- Arthur olhou para
trás e eu o acompanhei, vi uma garota, mais ou menos do tamanho de Sophia,
morena, olhos castanhos, cabelos negros com algumas ondas, podia ver claramente
uma tatuagem que parecia ser um símbolo em seu pescoço, ela estava com um
vestido branco bem curto e olhava todos com um ar de superioridade, seus olhos
chegaram em um ponto, exatamente em nossa mesa e sorriu, foi macabro, seus
dentes eram extremamente branco e os caninos eram afiados, ela era bem bonita,
mas aquele olhar me dava medo, Micael também estava apavorado, já Arthur
encarava o corpo da garota descaradamente.
Xxx: Micael- sorriu e o puxou pela gola da camiseta
selando seus lábios, Micael arregalou os olhos e ouvi Arthur segurar o riso,
rolei os olhos e me levantei andando até a garota e a puxando para longe de
Micael.
Lua: dá licença, querida, mas o que você está fazendo?-
ela me encarou e eu sustentei o olhar, ela rosnou e vi suas mãos se fecharam em
punho.
Xxx: quem é ela, Micael?- encarou o garoto que mais
parecia um filhote de cachorro assustado, Arthur não aguentou e soltou uma
risada gostosa estragando completamente a tenção, se levantou e andou até mim
segurando em minha cintura.
Arthur: ela é a Lua, Jena? Correto?- ela assentiu e ele
sorriu de lado- Lua, minha namorada- Jena arqueou as sobrancelhas e eu olhei
para o rosto de Arthur, ele sorria vitorioso, ótimo, perto dela vou ter que
fingir que sou namorada dele...
“como
se fosse difícil”
Cala a boca.
Jena: bem... então porque você atrapalhou nosso beijo?-
ela voltou a me encarar, sua voz era enjoativa.
Lua: porque vocês não estão mais juntos- falei como se
fosse obvio e ela gargalhou.
Jena: ele te disse isso?- assenti- ele não sabe de nada,
quem decide se terminamos ou não sou eu- ela sorriu novamente de um jeito
macabro e vi Arthur negar com a cabeça.
Arthur: vira homem Micael, se imponha cara- Micael se
levantou, chegou perto de nós e olhou para a garota.
Micael: certo, Jena, nós não estamos mais juntos- ela o
encarou brava, ouvimos a porta se fechando e Micael olhou e arregalou mais uma
vez os olhos.
Xxx: o que está havendo aqui?- vi um homem alto, de pele
morena, olhos negros e cabelos grisalhos muito bem aparados, ele tinha uma voz
grossa e parecia assustar Micael- Micael, sempre tem que haver você no meio de
tudo isso- rolou os olhos- sempre o mesmo banana, estupido e fraco.
Arthur: quem é você para falar assim dele?- Arthur o
encarou, o homem pareceu no mínimo surpreso, Arthur havia o peitado, o
encarado, foi contra as opiniões dele, coisa que parecia não ter sido feita por
ninguém nunca.
Xxx: quem você pensa que é?- ele encarou Arthur, que
continuou o olhando de forma provocadora.
Arthur: Arthur Gueiroga Bandeira de Aguiar- ele sorriu
cínico e Micael segurou sem eu ombro.
Micael: pai- ele olhou o homem- este é Arthur, um amigo
meu, gente, este é meu pai Henry.
Henry: ótimas companhias Micael- sorriu irônico para
Arthur- pelo menos vai deixar de ser um banana- ele mostrou o mesmo sorriso
para o filho, Arthur ia abrir a boca mas eu o impedi, Micael precisava aprender
a se cuidar sozinho.
Micael: Arthur realmente é um ótimo amigo- falou olhando
para o chão.
Henry: voltou com está garota- olhou Jena- mas é um
idiota mesmo, ela te controla, como se fosse o homem da relação- rolei os
olhos.
Lua: como se a mulher não pudesse ter voz- ele me
encarou.
Henry: e não pode, senhorita- ele sorriu novamente
irônico e Arthur o fuzilou.
Lua: melhor do que ser um idiota- sorri e o encarei- seu
filho tem muita atitude, mas o senhor é tão estupido que não sabe com controlar
isso, não sabe como enxergar isso, mas não se preocupe, o único que vai ser
atrapalhado por isso é o senhor- sorri novamente e me aproximei de Micael- você
tem muito potencial, por favor, não me desaponte- ele assentiu e eu o abracei,
senti o olhar fuzilante de Jena e me afastei, e logo fui para meu quarto, Sophia já dormia, me deitei pensando
no que fazer, ela poderia se machucar
com Jena no caminho.
Everything can change
Pov. Arthur
Depois de Lua sair daquele jeito, Micael encarou o pai
dele, dava para sentir o medo dele, mas ele o peitou de uma forma
impressionante. Jena nos olhava, ela examinava Micael enquanto eu tentava
acalma-lo, ele estava tão nervoso que seu corpo tremia compulsivamente.
Arthur: ou, calma, cara- ele me fuzilou e eu levantei as
mãos em sinal de rendimento- não está mais aqui quem falou- me sentei do seu
lado e Jena continuava a olhar Micael, até que ela era bonita, uma morena com
bastantes curvas, apesar de tudo seu olhar de superioridade estragava
completamente sua beleza, ela tinha uma tatuagem de um clã qualquer, os garotos
que estavam em voltam torciam o pescoço para olhar as pernas descobertas pelo
vestido.
Eu e Micael decidimos ir dormir, afinal já estava de
noite, no outro dia, assim que entrei na cantina senti a tensão (Sofia:
Desculpe-me pelo último erro de gramática), Sophia e Jena se
encaravam, Micael estava paralisado, Lua fuzilava Jena e Chay observava tudo
parecia bem mais calmo, me mantive parado, Lua levantou-se vindo em minha
direção.
Arthur: o que está acontecendo?- ela rolou os olhos
cursando os braços.
Lua: aquela filha da- tossi de leve e ela rolou novamente
os olhos- a Jena- falou ríspida- está brigando com a Sophia, porque quando ela
entrou aqui a Soph estava conversando com o Micael.
Jena: VOCÊ É UMA VADIA- ela gritou e foi para cima de
Sophia que desviou fazendo a vir em nossa direção, por impulso a segurei e ela
me empurrou- não preciso de sua ajuda- falou grossa e se voltou para Sophia.
Sophia: vadia?- ela riu fraco- não sou eu que estou com
uma saia minúscula na escola- falou sorrindo irônica.
Jena: e não sou eu que está dando em cima do namorado dos
outros- Sophia gargalhou alto.
Sophia: e o Micael seria seu namorado?- ela assentiu- ah
é?- gargalhou de novo- então olha só- ela se aproximou de Micael pegando-o pelo
colarinho e o beijou, consegui ver os olhos de Jena se tornarem negros e suas
mãos tremerem, pirou quando viu Micael envolvendo a cintura de Sophia com as
mãos, corri conseguindo segurar Jena, ela me encarou e eu devolvi o olhar, ela
se debateu, era bem forte, Sophia se soltou de Micael e a encarou vitoriosa,
seu sorriso vitorioso se tornou em uma feição amedrontada, ela iria se
transformar.
Arthur: SOPHIA CORRE!- gritei e ela ficou parada, rolei
os olhos e Chay a pegou no colo correndo para longe- Me ajuda Micael- ele
segurou Jena no colo e corremos com ela para a floresta, quando ela se
transformasse seria impossível ter qualquer controle sobre ela.
Corremos para a floresta e a deixamos bem longe, ela se
transformou, era de um tom cinza para preto, sua tatuagem ficava ainda mais a
mostra, ela nos encarava e rosnava com raiva.
Micael: não fica assim, você sabia que nós não tínhamos
mais nada- ele rolou os olhos.
Arthur: eu vou atrás da Sophia- corri de volta para o
colégio e esbarrei em Lua, o impacto foi tão forte que ambos caímos para trás,
levantei-me e senti uma dor forte nas costelas- outch- ela me encarou com uma
cara de dúvida, segurei onde doía, me sentei franzindo o cenho de dor.
Lua: tá tudo bem?- ela se levantou limpando a sujeira de
seu corpo.
Arthur: está doendo- ela se aproximou e tocou meu
peitoral.
Lua: acho que quebrou- ela falou baixo.
E eu assenti, me levantei, precisava ir a enfermaria, Lua
me ajudou a ir até lá, a mulher me falou que estava tudo certo, que fora apenas
uma pancada, mas que eu precisava me tratar, estava com uma doença muito forte,
o que era estranho, estava em ótima forma e não me sentia mal.
Lua: precisa se cuidar- bateu em minhas costas e eu
soltei o ar, aquilo havia doido.
Arthur: ai- resmunguei e ela gargalhou- para cara, que
pessoa sem coração- ela riu.
Lua: sabia- parou na minha frente- que você tá doente?
Arthur: sabia- ela rolou os olhos.
Lua: então porque não se trata?
Arthur: porque eu teria que parar de comer- ela deu um
tapa no meu braço.
Lua: você precisa se cuidar- me abraçou de repente, a
abracei de volta e ela suspirou- e se você ficar muito doente?
Arthur: vou tentar- ela me encarou.
Lua: eu vou te forçar- sorriu e me roubou um selinho,
arregalei os olhos e ela saiu andando, fiquei estático processando o que ela
havia feito, gargalhei e corri até ela.
Encontrei Sophia no meio do caminho, me aproximei e ela
me olhou, seus olhos estavam vermelhos e eu a abracei.
Sophia: ele nunca me falou que namorava- falou abafada.
Arthur: porque ele não tem- ela suspirou e ouvi seus
soluços.
Sophia: então quem é aquela?- ela me olhou, seus olhos
azuis estavam avermelhados e ela demostrava um olhar triste.
Arthur: uma EX- namorada dele- falei dando ênfase no ‘ex’
Sophia: e porque ela agiu daquele jeito? Porque ele não
me defendeu?
Arthur: calma- sorri de lado- o Micael estava em choque,
o pai dele apareceu, a Jena apareceu.
Sophia: eu sei- ela suspirou de novo- obrigada Thur- me
deu um beijo na bochecha- vou te soltar porque a Lua pode me matar- gargalhou e
eu ri fraco.
Arthur: acho que não- ela negou.
Sophia: ela gosta de
você- deu de ombros- não sei porque não ficam logo juntos, alias, porque os
olhos da Jena ficaram tão escuros?- dei de ombros, ela não sabia o que nós
éramos, e pelo jeito era melhor não saber.
Nenhum comentário:
Postar um comentário