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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Everything can change

                                        

capitulo 27 e 28


Everything can change
Pov. Lua


Acordei sentindo como se minha mão estivesse sendo queimada, abri os olhos e vi uma brecha de sol indo diretamente em minha mão, meu anel não estava no meu dedo, onde esteve desde os meus 11 anos, rolei os olhos e bufei, aquilo doía, mas não tanto quanto as minhas costas.


Xxx: já está de mal humor- ouvi Chay falar irônico- aqui- ele jogou o anel e eu o peguei.
Lua: obrigada- coloquei a mão na cabeça e fechei os olhos, doía muito.
Chay: tá tudo bem?- dei de ombros.
Lua: minhas costas estão doendo- ele fez uma careta, olhei em volta e não vi Arthur.
Chay: o diretor proibiu eles de matarem aula, mas logo ele chega aqui, afinal, falta só um pouco para o intervalo.
Lua: hn...
Chay: eu sei que era isso o que você queria- ele gargalhou e eu fiz uma careta.
Xxx: Luh- ouvi Arthur me chamar e eu olhei para a porta, ele estava com os olhos pesados, parecia que não tinha dormido.
Lua: oi Arthur- sorri de lado, ele estava bem... sexy. A camiseta estava com os primeiro botões abertos, o cabelo bagunçado e conseguia sentir seu perfume a 5 metros de distancia.
Chay: vou dar uma volta, comer alguma coisa- deu um beijo em minha bochecha- fica bem viu?- assenti e ele saiu.
Arthur: está bem?- dei de ombros.
Lua: minha cabeça, costas e agora mão doem- ele riu fraco- tirando isso, eu ainda estou extremamente cansada, mas parece que você também- ele assentiu.
Arthur: eu vou dormir um pouco antes das próximas aulas, eu só vim aqui porque uma pessoa queria falar contigo.
Lua: quem?- ele olhou para o chão.
Arthur: bem, lembra que eu falei que na verdade eu tinha “duas personalidades?”- assenti- então, o meu outro lado, que eu chamo de Aguiar, queria falar com você.
Lua: legal- franzi o cenho com um sorriso um pouco confuso.
Arthur: você vai entender- ele fechou os olhos e logo os abriu- oi Lua. –sua voz mudou, e de uma forma completamente inevitável, minha versão romântica, assumiu meu corpo pela primeira vez em cerca de 3 anos.
Lua: oi Arthur- minha voz saiu um pouco melosa, acho que Aguiar percebeu.
Arthur: assumo, que queria muito conhecer esse seu lado- ele sorriu e eu corei.
Lua: eu também- ele se sentou.
Arthur: você está bem?
Lua: sim, só estou um pouco dolorida, queria agradecer você, afinal, sem você eu não teria conseguido ficar calma naquela situação.
Arthur: ah- sorriu- imagina, eu também fico feliz de você estar bem.
Lua: pois é- ficamos quietos por um tempo.
Arthur: parece que o Arthur e a Lua tem mais assunto que nós­- assenti- enfim, eu acho que era só isso, ah, tem mais uma coisa- ele me olhou com os olhos brilhando.
Lua: o que?
Arthur: promete que não vai contar para ninguém? Principalmente para o Arthur e a Lua?- assenti- não me convenceu.
Lua: sim, eu prometo.
Arthur: certo- ele se aproximou mais­ –eu gosto muito, mas muito mesmo... de você- ele sorriu deu um beijo estalado na minha bochecha e ele saiu correndo do quarto e consegui voltar ao normal.
Lua: o que... –levei minha mão ao rosto, sorri feito boba.
Senti a dor nas costas diminuírem, minha cabeça parou de doer, me levantei e fui até o armário, talvez, pela primeira vez em anos, eu me sentisse forte suficiente para relembrar tudo o que sofremos desde a morte de nossos pais.
Abria porta e olhei a caixa, ela estava desbotada, já não era mais rosa, agora estava branca, a poeira estava parada na tampa, abri um pouco e senti o cheiro de flores, fechei os olhos, me perguntei se estava ou não preparada para isso.
“precisamos enfrentar isso, pode não ser agora, mas um dia teremos que enfrentar”.


Abri a caixa completamente, vi fotos, o pequeno caderno rosa, plantas, flores, e varias outras coisas, peguei as fotos e me vi, quando pequena, abraçada a Chay, em frente à casa de nossos pais. Sophia com os cabelos amarados em um rabo e um vestido rosa claro sorrindo sentada no balanço de madeira.
Uma lágrima escorreu por minha bochecha e senti um aperto no peito, sempre fui apegada aos meus pais, peguei o caderninho, ele era simples, decidi ler, era uma coisa que eu criara quando criança, que eu escrevia com intuito de um dia poder reler tudo aqui, e me alegrar com as histórias.


“Querido Diário,
Faltam exatamente duas semanas para meu aniversário (e junto dele o de Chay e o de Sophia), estou ansiosa, irei fazer 10 anos, uma data muito especial para mim, segundo minha mãe.
Ela me disse que aos 10 anos várias mudanças acontecem, que eu iria crescer, que eles poderiam não estar mais por perto para cuidar de mim.
A principio não entendi, mas não faz muita diferença, hoje ocorreu um acontecimento excepcional, Chris, um filho de alguns amigos dos meus pais, veio me visitar, ele era legal, conversou comigo e bem... ele me roubou um beijo.
Mas isso eu conto com mais detalhes mais tarde.

Beijos, Lua”
Gargalhei alto ao ler aquilo, era o tipo de garota um tanto quanto nerd e extremamente certinha, assim como Sophia, ao contrario de Chay, que era o garoto mais problemático na visão dos adultos, menos de nosso pai, para nosso pai Chay era corajoso, era fiel, porém também um garoto solitário em busca de atenção, que para isso, precisava fazer coisas que nunca antes foram feitas.
Observei mais algumas fotos, fotos de meus pais, o aperto no peito aumentou, senti meus olhos queimarem e algumas lágrimas teimosas caírem pelas minhas bochechas, olhei algumas flores, rosas, tulipas, algumas pequenas, outras grandes, mas todas haviam mantido seus respectivos cheiros.


Xxx: lembranças?- senti o perfume doce de Sophia invadir o quarto.
Lua: finalmente tive coragem de abrir- sorri de lado e ela sorriu abertamente.
Sophia: posso ver?- assenti e lhe entreguei a caixa- Deus, é tão maravilhoso, estávamos tão felizes.
Lua: demorou para que conseguir voltar ao normal sem eles- Sophia assentiu e passou o dedo levemente pela sua foto.
Sophia: tão inocente... –sua voz saiu um tanto quanto... macabra


Everything can change
Pov. Arthur


Acordei sentindo uma sensação que algo estranho estaria para acontecer neste dia, me levantei e vi Diego encarando o celular, parecia querer algo acontecesse, entrei no banheiro e fiz minha higiene matinal, sai e 

Diego entrou no banheiro, fui tomar café da manhã e uma mão me parou.
Xxx: com licença- uma garota, ah sim, companheira de quarto da Mel, me parou- Arthur, certo?- assenti- Pérola- sorriu maliciosa me olhando de cima a abaixo.
Arthur: hn... prazer- sorri de lado, ela passou a mão por meu peitoral e se aproximou, dei um passo para trás, de maluca na minha vida já basta uma (Sofia: quem lembra do Diego falando isso?).
Pérola: sabe, eu achei você muito lindo, deve ser de família, afinal a Mel também é muito bonita- assenti e ela se aproximou de novo, mas agora eu já estava prensado contra o armário- e creio eu que você também tenha reparado em meu corpo- olhou em meus olhos e eu ri fraco, engraçado, eu realmente reparei em seu corpo, mas comparado com o de Lua era mais como um graveto...
Arthur: até que sim, mas não leve isso como elogio- ela arqueou uma das sobrancelhas.
Pérola: como não, você é lindo, e bem... é ótimo você me notar- ela se encostou mais em meu corpo e levantou-se na ponta dos pés para alcançar meu rosto.
Arthur: não quando você parece uma prostituta querendo chamar atenção- sorri e ela me encarou brava.
Pérola: quem você pensa que é?- ela se afastou e me encarou perplexa.
Arthur: eu sou um apaixonado- sorri de lado.
Pérola: você é um estupido- me deu um tapa no rosto e saiu andando, alias rebolando pelo corredor.
Arthur: talvez, quem sabe?- ri de mim mesmo e entrei na cantina.
Depois de almoçar, estava andando pelo corredor, andei até meu armário, peguei as coisas que precisava e fui em direção a sala de aula, estava cedo então só estava Chay e a tal de Pérola, ela estava apoiada na mesa tentando mostrar o decote para Chay e ele olhava o celular.
Pérola: poxa Chay, você já ficou comigo antes, não lembra?- ele assentiu- poderíamos... fazer um remake, não?- ele riu, alias não, ele gargalhou.
Chay: Remake Pé? Não acredito que você está numa seca tão grande que quer um remake do nosso lance?- ele olhou nos olhos dela, se ele fizer qualquer coisa que machuque minha irmã ele estará morto!
Pérola: ah sabe como é, quando a cosia é boa, uma segunda vez nunca é demais certo?- ele rolou os olhos.
Chay: eu sou o primeiro ou você já deu em cima de alguém hoje.
Pérola: hn... segundo- sorriu de lado e Chay rolou os olhos.
Chay: precisa se dar mais ao valor e- ela o cortou.
Pérola: falou o cara que não dá valor a mulher alguma.
Chay: agora eu mudei- é bom que tenha mudado mesmo Suede.
Pérola: duvido- se aproximou dele, eles estavam bem próximos- você é e sempre vai ser um galinha Suede- ela sorriu e ele se aproximou mais.
Chay: e você sempre vai ser uma puta- ele sorriu e ela se afastou, rolou os olhos e deu um tapa em Chay, há, pelo menos não fui o único!
Ela se sentou no fundo da sala e eu entrei tentando esconder o riso, conseguia sentir o olhar fuzilante dela me acompanhando enquanto andava até a carteira do lado de Suede, fiz o famoso “Higt five” e me sentei ao seu lado.
Chay: você foi o primeiro né?- o olhei com cara de duvida- que ela tentou “seduzir” hoje- fez aspas com as mãos.
Arthur: uhum- ele gargalhou.
Chay: ela não sabe disfarçar cara, estava com o orgulho ferido- ri.
Arthur: e você feriu mais ainda- ele assentiu.
Chay: ela tem que parar com isso cara, não é legal, um dia ninguém mais vai querer ela- assenti- ninguém quer rodadas.
Arthur: nem galinhas- ele fez uma careta.
Gabriela: bom dia gente, como vão?- a professora de geografia entrou e começou a aula, nem percebemos que um monte de gente havia entrado na sala.
Depois de várias aulas fomos almoçar, essa semana não estávamos tendo aulas atarde, porque eles acharam que estava muito cansativo depois da viajem. Andei um pouco pelo jardim, queria evitar Lua, afinal, tenho plena consciência de que falei que gostava dela e creio que ela também.
Andei até a piscina e vi Pérola pela terceira vez neste dia, dessa vez junto a Micael, ela estava sentada na frente dele de biquíni e Micael estava olhando Sophia que estava mais a frente.
Pérola: hey Mica- sorriu e ele olhou de rabo de olho para ela e voltou sua atenção a Sophia.
Micael: oi Pérola- ela sorriu.
Pérola: será que você poderia passar protetor nas minhas costas?- ele deu de ombros e ela entregou o protetor, ele passou nas costas dela sem prestar muita atenção deixando as costas dela toda branca- você tem mãos bem grandes hein- sorriu e ele assentiu- nossa você não fala muito ou o que?
Micael: você está me atrapalhando- ele finalmente a olhou e ela sorriu de lado levantando a cabeça para mostrar o biquíni.
Pérola: como assim fofo?- ele apontou para Sophia.
Micael: eu quero ver ela, ou seja, você está me atrapalhando a ver ela- ela sorriu abertamente.
Pérola: porque? Estou tirando sua atenção?- ele assentiu- então porque não volta toda a atenção para mim?- ela segurou o rosto dele e ele riu.

Micael: você não entendeu, eu quero ver ela, não você, eu quero ver ela, que é linda sem ter que mostrar o corpo, não você que mesmo mostrando o corpo não consegue ter qualquer tipo de atrativo suficientemente bom para que eu desvie parte da minha atenção para você- ela se afastou e arregalou os olhos, deu um tapa em Micael e saiu dessa vez chorando, fiquei com pena, mas o que poderia fazer? Algumas pessoas só funcionam com tratamento de choque.

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