CAPÍTULO 02 Parte 1 -
ELE NÃO É O QUE EU PENSAVA
Lua Pov
Já se passara uma semana desde que
voltei para casa do meu avô. Fiquei feliz em ter voltado. Um convento não era
exatamente meu lugar preferido, mas foi preciso, na época. Meus tinham acabado de
falecer, meu avô Billy estava muito abalado, achava que não teria condições
psicológicas para cuidar de mim. Eu duvidava. Meu avô sempre foi um homem
forte, destemido. Quase nunca se abalava por nada. Mas agora ele era só carinho
e atenção.
Acho que enlouqueceria se algo de
ruim acontecesse a mim. E o melhor de tudo era que ele morava com suas duas
sobrinhas, quase da mesma idade que eu. Assim eu não me sentiria muito
sozinha.
Lembrei- me de do dia em que
cheguei. Logo que desembarquei eu praticamente trombei com o homem mais lindo
que eu já vira... Edward. Incrivelmente alguns dias depois o encontrei
novamente numa ópera. Eu jamais me esqueceria daquele rosto... Ou daquele
corpo. Senti minhas bochechas queimarem com o rumo dos meus pensamentos. Fui educada
severamente pelas irmãs, jamais me permiti pensar no sexo oposto. Nunca fui
beijada, o que chegava a ser ridículo para uma garota da minha idade. Uma das
sobrinhas do meu avô, Sophia, debochava de mim.
- Não é possível, Lua. Nem um
beijinho no rosto?
- Nunca, Sophia.
- Eu já beijei... E o rapaz também
passou as mãos em meus seios.
Tapei a boca horrorizada.
- Que horror, Sophia.
- Deixe de bobeira, Lua. É tão
bom... Nossa... Nem imagina.
- Não consigo imaginar mesmo. É seu
namorado?
- Não... Um rapaz que ficava de vez
em quando, sem tio Billy saber, é claro.
- E o que mais você fez?
- Eu peguei... No membro dele.
Mais um grito de surpresa.
- Não pode Sophia.
- Não seja ingênua, Lua. Ele estava
duro em minhas mãos... Olha... Arrepio-me só de lembrar.
- Não me imagino fazendo isso...
- Diga a verdade, Lua. Nunca sentiu
tesão?
- Eu nem sei o que é isso.
- Um calor assim... Bem no meio das
pernas, você se molhando... Seu sexo, quero dizer.
- Ah... Isso.
- Então já sentiu?
Como eu poderia dizer que senti isso
por um homem que mal conheço?
- Sim, já.
Era melhor dizer a verdade. Sophia
era esperta. Mas eu sei que ela jamais diria qualquer coisa ao meu avô.
Isso me fez lembrar dele novamente.
Disse que ligaria, mas nunca ligou. Era muito simpático, talvez tenha sido
apenas elegante. Mas eu estava enganada. Assim que entrei no meu quarto, o
celular que meu avô havia me dado estava tocando. Era ele.
- Alô.
- Lua? É Arthur... Está lembrada de
mim?
Como se eu pudesse esquecer.
- Sim, Arthur. Como vai?
- Estou bem. E você?
- Bem, muito bem.
- Tinha esperança que ligasse pra
mim, mas como não ligou... Resolvi ligar.
- Mas... Você disse que ligaria Arthur.
- Sim, é verdade. Quer sair hoje?
Seu avô se importaria.
Meu coração disparou e minhas mãos
ficaram suadas. Talvez meu avô se importasse sim, uma vez que não o conhecia.
Mas eu poderia dizer que sairia com Melanie, uma velha amiga.
- Não... Ele não se importa. Onde
quer ir?
- Podemos ir ao teatro, o que
acha?
- eu iria adorar.
Creditos:
Elly Martins
*------------* contiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinua *-------------*
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