CAPÍTULO 02 Parte 2-
ELE NÃO É O QUE EU PENSAVA
Ficou combinado
que eu me encontraria com Arthur na porta do teatro, assim ele não precisaria
me deixar em casa. De repente me lembrei que eu tinha pouquíssimas roupas para
sair. Pelo menos que fossem adequadas para sair com alguém como Arthur. Acabei
pedindo ajuda a Soph, era a única que estava em casa. Fomos até uma boutique
elegante e Soph me ajudou a escolher roupas mais "decentes". Meu avô
não se importou, como eu havia imaginado, por achar que iria com Mel. Mas Soph
desconfiou.
- hum... Está
linda. Tudo isso é para sair com Mel?
- Com quem mais
seria?
- Está mais
parecendo um encontro amoroso.
- Claro que não,
Soph. Nem conheço os rapazes daqui.
Eu cheguei
pontualmente ás sete da noite. Mas Arthur já esperava por mim. Meus pensamentos
até ficaram embaralhados. Ele era bonito demais. Esperei que meu motorista se
afastasse e me aproximei dele.
- Lua...
Nossa... Está linda.
- Obrigada,
Arthur. Você também está... Muito bonito.
- Já comprei as
entradas. Vamos?
Conversamos
longamente antes do espetáculo começar. Arthur me pareceu inteligente,culto.
Mas isso eu já havia percebido antes. Durante o teatro, várias vezes percebi
que ele me olhava, mas depois desviava o olhar. Nem adiantava me perguntar
sobre o que era a peça... Eu não prestava atenção, simplesmente não
conseguia.
- Só um minuto, Lua.
Foi até o
porta-malas do carro e remexeu alguma coisa. Depois se sentou novamente ao meu
lado.
- A que horas
seu motorista irá buscá-la?
- Eu fiquei de
ligar quando terminasse. Não sabia o que iríamos assistir.
- Ah, sim. Seu
avô não se opôs?
- Eu... Eu...
Não disse que estaria com você.
Percebi a surpresa
em seus olhos.
- Não? O que
disse então?
- Disse que
estaria com uma amiga.
- melhor
assim.
- Por quê?
Ele não
respondeu. Apenas passou o braço pelo banco do carona e aproximou um pouco o
rosto do meu. Ele iria me beijar? Apenas deslizou o polegar pelo meu rosto com
a outra mão.
- Lua...
Soou como um
sussurro, uma carícia. Percebi tarde demais que ele tinha algo na outra mão.
Não tive tempo de perceber o que era. Só senti quando ele tapou meu nariz com
aquilo. Não vi mais nada.
Acordei nem sei
quanto tempo depois... Minha cabeça pesada como se tivesse levado uma paulada
ali.
Mas que merda
era essa? Parecia que meus olhos estavam vendados, não via nada. Levantei meus
braços... Estavam amarrados... Os dois. Levantei minhas pernas... Também
amaradas.
- Arthur?
Minha boca
estava seca... Meu coração pulsava disparado. Silêncio completo.
- Arthur?
O que aconteceu
afinal? Fomos sequestrados?
Senti mãos
fortes tirando minha venda... E vi Arthur a minha frente, um sorriso debochado
no rosto.
- Voila...
- Arthur... O que houve?
Seus olhos agora
brilhavam perigosamente. O que foi que eu fiz? Onde fui me enfiar? E se ele
fosse um assassino.
- Me solte,
Arthur.
Ele meneou a
cabeça.
- É minha refém
agora, Lua.
- Que
brincadeira idiota é essa?
- Você me ajudou
muito não contando ao seu avô com quem estaria.
- O que você é
afinal? Um assassino?
Ele se aproximou
de mim com fúria, pegando minha bochecha com força.
- Não minha
querida... Eu não sou um assassino... Ainda. Pelo menos não como aquele maldito
do seu avô.
Fiquei em
choque. Ele conhecia meu avô?
- Por que diz isso?
Sua boca estava
muito próxima da minha, eu podia sentir seu hálito delicioso. Mesmo assim eu
tinha medo. Ele era perigoso... Descobri tardiamente.
- Porque é o que
ele é...
- Um assassino.
Destruiu a minha família, acabou com minha vida. Eu vou fazê-lo pagar... Por
tudo o que passei nesses 10 anos.
- E o que eu
tenho com isso? Eu não fiz nada, Arthur. Por favor...
-Mas você é a
única coisa que pode atingi-lo... Se algo de ruim te acontecer. Eu vou me
vingar, Lua... Através de você.
Odiosamente,
lágrimas escorreram do meu rosto. Seus dedos tentaram em vão, secá-las.
- Vai... Me...
Me matar?
Ele sorriu. Desgraçado...
Ainda mais lindo.
- Não... Vou...
Fazê-la minha escrava.
- Como? Eu não
posso fazer nada amarrada desse jeito.
Ele riu
novamente.
- Não esse tipo
de escravidão.
Sua boca passou
ao meu pescoço.
- Será minha
"escrava sexual", Lua. Vou me satisfazer com você de formas que você
jamais imaginou. Será castigada se não me der prazer...
- Arthur... Pelo
amor de Deus... Eu... Sou...
- Sim, eu sei... É virgem... Por
enquanto. Não será mais depois que eu arrombar você com meu pau.
Ele continuava
com a boca em meu pescoço. Que merda estava acontecendo comigo? Eu estava
sentindo o que Sophia me disse? Só pode... Porque eu sentia meu sexo
completamente encharcado.
Resolvi
desafiá-lo.
- e daí? Meu avô
jamais saberá... Eu nunca contaria isso a ele.
- Ah... Mas ele
vai saber... Depois que tiver me saciado com você... Vou devolvê-la pra ele...
GRÁVIDA.
Soltei um grito de puro terror.
Arthur era um maldito filho da puta. Queria arruinar com minha vida. Queria
abusar de mim de todas as formas. E o pior de tudo... A desgraça maior... Era
que eu poderia gostar.
Creditos: Elly Martins
<3 ++++++++
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