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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

(One More) Paradise Tonight

Cap 2




Paradise Tonight

Pov. Arthur
Fazia realmente vários anos que não ia a Suede’s, me trazia lembranças de uma época que fui tolo em acreditar que Lua voltaria nunca a esqueci, como prometi a ela, porém coloquei todos os pequenos e curtos momentos bons que tivemos em um baú, trancado a sete chaves dentro de mim. Voltei neste lugar apenas por Mel, meus pais não falam mais com ela, apenas roubam o dinheiro do genro, o qual me parece ser uma pessoa muito boa, mas não o suficiente para minha irmã, ele conseguiu entrar em contato comigo e me chamou para passar alguns dias com eles. Até que senti muita saudade desse lugar, adoro esse cheiro de mar e madeira envelhecida, a cidade claramente mudou, aumentou muito, olhei ao porto sem poder me conter, ela não estava lá.
Xxx: ARTHUR!- ouvi uma voz feminina me chamar, então eu olhei para trás e vi Mel, estava tão bonita quanto à última vez que a vi, tinha um corpo bem mais definido, mas o rosto continuava igual ao daquela garotinha que vi a última vez.
Arthur: Melzinha- sorri e ela correu atirando-se em meus braços, respirei o seu perfume francês e sorri aquela era minha irmã, sentia muito sua falta.
Mel: Arthur, que saudades, você sumiu- ela se afastou um pouco para me olhar.
Arthur: essa cidade me trás nostalgia de mais- ela sorriu.
Mel: a mim também- olhou para o porto- sinto tanto a falta deles, até de Lua- estremeci ao ouvir o nome dela, fazia tanto tempo que não ouvia o nome dela.
Arthur: vamos para sua casa?- ela arqueou uma sobrancelha- Chris é legal?
Mel: oh, muito, ele é um amor- sorriu de lado.
Arthur: o que foi minha pequena? Quase nunca ficava assim- segurei seu queixo com a mão, fazendo-a olhar para mim.
Mel: Chay veio me visitar hoje, ele pediu para fugir com ele de novo.
Arthur: porque não foi?- ela olhou para o chão.
Mel: sentia sua falta, precisava falar contigo e não podia fazer isso com Chris.
Arthur: que tal tomar um café?- ela assentiu e andamos para um café, nos sentamos e pegamos um chá qualquer, conversamos muito, sobre várias coisas, ela me contou de coisas pessoais que nunca havia contado para ninguém antes, coisas que aconteceram durante seu casamento. Contou sobre sua viagem com Chay, contei a ela sobre minha vida também, minhas pequenas relações amorosas, o fato de Lua ainda estar em meus sonhos, meu sucesso financeiro em minha cidade e muito mais, quando fomos ver já estava começando a escurecer então decidimos ir finalmente para sua casa.
Mel: CHRIS- gritou e eu ri levemente, sentia saudades do jeito de Mel- MEU IRMÃO CHEGOU.
Chris: já estava ficando preocupado, Melanievocê demorou muito- ele falou descendo as escadas e sorrindo vindo em nossa direção- muito prazer, Arthur- sorri de volta e apertamos nossas mãos- está tudo bem?
Arthur: sim, o prazer é meu, agradeço muito por cuidar de Mel.
Chris: ela é minha responsabilidade- sorriu olhando para Mel que encarava a parede- querida, está tudo bem?- ela nos olhou e assentiu- está quieta.
Mel: não é nada- sorriu amarelo, sabia o quando ela odiava mentir- eu vou mostrar o quarto do Arthur- me puxou pela mão para o segundo andar, a casa era bem bonita, me lembrava um palácio, por dentro era quase tudo branco e creme, o quarto que ela me empurrou era em um tom de azul bem claro com uma cama de solteiro branca, um armário pequeno e uma mesa de madeira com sua respectiva cadeira.
Arthur: bonito quarto- sorri e ela assentiu.
Mel: decorei toda a casa quando vim para cá, os pais de Chris morreram a quase 4 anos e ele decidiu dar uma mudada no lugar, era tudo muito escuro tinha um cheiro de mofo e era bem... Assustador- ela suspirou olhando em volta- fiz algo bem legal não?- assenti- ah Arthur, senti tanta saudade de você- me apertou em seus braços.
Arthur: eu também Mel, mas vamos poder acalmar essa saudade e agora você não vai se livrar tão cedo de mim- ela gargalhou- e eu vou voltar, sempre e sempre.
Mel: é o que eu mais quero, bobo- sorriu- sabe Thur, apesar de tudo não tenho o menor arrependimento pelo o que eu fiz, mas se pudesse voltar no tempo fugiria com Chay da mesma maneira- ela se sentou na cama e eu a acompanhei.
Arthur: eu já não tenho toda essa certeza- ela me olhou curiosa- sabe Mel, eu e a Lua... Antes dela ir embora- ela riu e eu corei de leve.
Mel: entendi- ela deitou a cabeça em meu colo.
Arthur: eu, não sei exatamente o que eu sinto por ela. O que você sente pelo Chay? –ela deu de ombros.
Mel: eu sou completamente apaixonada pelo Chay- ela sorriu fraco.
Arthur: e como é se sentir apaixonada?- ela fez uma careta.
Mel: sei lá, eu me sinto feliz, bem, quando estou perto dele, sinto vontade de abraça-lo, de beija-lo, de fugir com ele, quando estávamos juntos ele sempre me falava que queria me proteger de tudo e de todos.
Arthur: oh- sorri- acho que sou apaixonado por ela.
Mel: sinto realmente muito falta deles- ela se sentou- alias, Sophia também sumiu não?- assenti- podíamos visitar ela que tal?
Arthur: amanhã?- ela assentiu de forma frenética- tudo por você- ela sorriu e me deu um beijo na bochecha.
Mel: se arrume, vamos sair e dar uma volta, quem sabe jantar fora- ela saiu e fechou a porta, respirei fundo e senti novamente aquele cheiro de mar e madeira envelhecida, nunca me cansaria disso, assim como nunca me cansaria do perfume de Lua, me lembrava de tudo nela, como era linda, sue cheiro, sem sorriso, sua simplicidade, o fato de ser a mulher mais teimosa que já conheci.
Me levantei e caminhei até a janela, estava de noite então conseguia ver as estrelas e a lua cheia, isso me lembra muito à noite que passei com Lua, o de Mel era maravilhoso, cheio de verde, um pequeno lago com uma ponte e via carpas nadando, me apoiei na janela e fechei os olhos.
Aquela era minha cidade, onde eu nasci e cresci, onde conheci o amor de minha vida e o perdi. Abri os olhos olhando tudo aquilo, agora estava bem grande, com alguns carros, bicicletas e vários barcos e navios mais modernos, crianças brincando e sendo chamadas por suas mães, adolescentes caminhando com os amigos, velhinhos sentados na enorme praça e adultos fazendo coisas de adultos.
Ri de leve, me lembro muito bem que essa cidade era tudo para mim, um único universo, uma única possibilidade, agora, que diria, eu vi o mundo, viajei para lugares, me mudei de cidade e mudei a mim mesmo, agora ao contrario do garoto inconsequente que seguia as regras cegamente, sou um homem, que sabe muito bem minhas responsabilidades e que procuro ser o menos alienado possível, não quero voltar a ser aquele garoto e devo muito a Lua por isso.
Sai da janela e fui até minha mala e peguei uma camisa branca, a coloquei e arrumei para dentro da calça, coloquei um terno preto e coloquei minha carteira no bolso do terno, passei meu perfume e me olhei no espelho do banheiro, estava pronto para encarar meu passado, sai do quarto e desci até a sala, me sentei no sofá e logo vi um ser felpudo correndo em minha direção, o cachorro de Mel pulou em meu colo e eu sorri Mel sempre adorou animais, mas nosso pais nunca deixaram ela ter um cachorro ou um gato.
Mel: conheceu já o Ted- ela se sentou ao meu lado, estava linda, com um vestido longo verde claro e um chapéu branco que cobria boa parte de seu rosto.
Arthur: porque está assim?- ela deu de ombros.

Mel: não sou muito aceita nessa sociedade.

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