Proposta Indecente

 32° Capítulo  

Como podia parecer tão calmo se ela se perdera por comple­to?  - Se se importasse com ele, teria sorrido para provocá-lo um pouco, beijado o peito musculoso e largo. Talvez até teria mor­discado os mamilos até que ele implorasse por misericórdia e a puxasse para lhe dar um beijo.

Lua também poderia tomar deliciosas liberdades, só pa­ra ouvir a respiração dele acelerar, vê-lo tentar se conter. Mas partilhar essa intimidade era algo novo e frágil demais. Portanto, ficou apenas parada, sentindo-lhe o toque dos dedos e dos lábios em seu ombro.

Na certa cochilou, pois acordou sozinha e ouviu o barulho do chuveiro. Consultou o relógio digital, pegou algumas roupas e foi até seu banheiro.

Arthur  insistiu em acompanhá-la ao médico e, o que foi pior, a aguardou ser examinada e ter os pontos de seu braço tirados. Depois, ousou mencionar os ma­chucados em suas costelas.

Lua  lhe lançou um olhar irritado, e se zangou ainda mais ao vê-lo acompanhar o exame do médico quando este disse não haver ossos quebrados.

- Você não poderia ser mais autoritário, Arthur! - vocife­rou, no elevador.

- Acabou?

- Não, não acabei!

O elevador chegou ao térreo. Eles saíram do prédio e foram até o carro. Lua sentou-se em silêncio, e Arthur pôs-se a dirigir até Double Bay.

As lojas vendiam peças caras de grife, originais. Os preços eram astronômicos.

Lua saiu do Mercedes e o esperou na calçada. - Não acho que...

- Não estou perguntando. - Arthur a encarou.

- Quer gastar seu dinheiro em um dos lugares mais caros da cidade? Então fique à vontade.

Lua teve de admitir que Arthur tinha bom gosto. Em duas horas comprou quatro vestidos, sendo dois longos, sapatos e um lindo terninho.

- Vamos almoçar - Arthur determinou, pondo as sacolas no porta-malas.

Escolheu o Ritz-Carlton e olhou-a intrigado diante do pedido de sopa e entrada de salmão defumado.

- E o prato principal?

Lua lhe lançou um olhar solene.

continua