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domingo, 17 de novembro de 2013

Proposta Indecente

 34° Capítulo  




Decidira fazer um elegante coque no alto da cabeça. Calçava os delicados sapatos de salto quando Arthur entrou.


Ele se barbeara, e os cabelos brilhavam. Parecia o máximo da sofisticação vestido com a calça preta, que lhe caía com per­feição, e uma camisa branca.


Lua  tentou controlar as batidas do coração ao ver os ombros largos, a pele morena do tórax exposta pelos botões ainda abertos.


Arthur  era um homem imponente. Em todos os sentidos. Pos­suía a graça de um felino e movimentos ágeis devido à perfeita forma física.


Rápido, ele pôs o cinto, abotoou a camisa, colocou uma gra­vata-borboleta e o paletó.


- Fale-me alguma coisa sobre a festa - Lua sugeriu. Estava frio, e o asfalto ficara escorregadio devido à chuva recente.


- É em uma fundação para pacientes com leucemia. - Arthur a fitou de soslaio.


- Uma causa digna.


- Uma das poucas que escolhi apoiar.


Ele parou diante da entrada principal do hotel e deixou o Mercedes com o manobrista. Lua  saiu do automóvel. Tomaram o elevador e entraram no hall que dava para o magnífico salão. Garçons e garçonetes serviam vinho e champanhe. A elite da sociedade bebia, mexericava e observava os recém-chegados.


- Querido, aí está você!


Lua  virou-se e viu uma morena alta quase em cima de­les. Ela era magnífica. Irretocável do primoroso penteado aos sapatos europeus.


"Oh! céus. As unhas perfeitas, o vestido... as jóias!" Era sua imaginação ou Arthur parecia apreensivo? - Sasha... - cumprimentou-a com suavidade.


- Não vai nos apresentar?


- Claro. Sasha Despoja. Lua Blanco.


Lua  notou que fora medida de cima a baixo, avaliada e dispensada.


- Creio que nunca nos vimos. Você é nova na cidade? Nesta parte da cidade, Lua  sentiu vontade de dizer, mas apenas sorriu.


- Não - disse, simplesmente. Sasha ergueu a delicada sobrancelha. - Creio que se conhecem bem.


Um interrogatório? Se Sasha queria jogar, Lua  iria em frente.


- Arthur é... - Fez uma pausa e o olhou com um sorriso pensativo. - Um amigo especial.


Sasha ficou muito intrigada. - Sei...


Não, não sabe, Lua  negou em silêncio. - Teremos oportunidade de conversar.


Mesmo? o assunto estava mais do que claro. Sasha parecia querer devorar Arthur. o sorriso, o toque no braço dele, o modo como umedecia os lábios.


Um convite espalhafatoso envolto por uma fervilhante sen­sualidade.


- Acho que estamos à mesma mesa - Sasha afirmou, e Lua baixou os olhos.


A noite seria divertida.


- Você nos daria licença? - Arthur interrompeu Sasha, de repente. - Há alguns amigos que quero que Lua  conheça. - A deslumbrante Sasha é um antigo amor? Ou recente, talvez...


Ele lhe lançou um olhar lânguido.

- Sim.


- Devo tomar cuidado?


- Não prometi a Sasha um...


- ...jardim de rosas? – Lua  interrompeu-o, cínica. Arthur  achou graça.




continua


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