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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Proposta Indecente

30° Capítulo  




- Está bem - concordou, indo até ele com o filme escolhido. Arthur pegou-o, deu uma olhada e o colocou no aparelho. - Isso é uma rendição?


- Sim. - Lua se acomodou em uma confortável poltro­na, tirou os tênis e, graciosa, puxou os pés para cima.


Após o trailer, o filme teve início. Era uma história real sobre uma mulher jovem e tempestuosa que lutara contra a sociedade e o sistema legal, e ganhara uma causa para um grupo de pes­soas afetadas pela poluição das águas.


Pareceu a Lua que não ia ao cinema fazia décadas. Qua­se um ano, na verdade.


A atuação estava esplêndida. Lua ficou envolvida por quase uma hora, e então suas pálpebras começaram a pesar, e teve de se esforçar para permanecer acordada.


A exaustão física e a mental a venceram. Tombou a cabeça e aos poucos a recostou no canto do assento.


Arthur.desviou a atenção da tela e a observou. Lua  pa­recia frágil, o que não era verdade. A noite anterior...


Ficou tenso ao rememorar como fora possuir aquele corpo esguio. O choque da descoberta, absorver sua dor e transfor­má-la em prazer fora algo que ele não experimentava fazia anos.


Esperou o filme acabar e desligou a televisão. Atravessou a sala e tomou-a nos braços, apagou as luzes, acionou o sistema de segurança e subiu as escadas para a suíte.


Lua não se moveu, e ele puxou as cobertas e a pôs no leito. Abriu o zíper do jeans e a despiu. Em seguida, tirou-lhe a calcinha de algodão e o sutiã.


Olhou consternado os hematomas em três costelas. Será que... Não, tinha sido muito cuidadoso. Além disso, ser indelicado com as mulheres nunca fizera parte de seu repertório sexual.


Então fora nesse dia, refletiu, sério. Não era preciso adivi­nhar como acontecera.


Arthur a cobriu, apagou a luz do abajur, foi até seu lado da cama, despiu-se e se deitou perto dela. Pegou um livro e leu um pouco. Percebeu que Lua se mexeu e gemeu.


Seria um pesadelo? Ou estava revivendo o que acontecera durante o dia?


O que quer que fosse parecia perturbá-la. Arthur pôs o livro de lado, apagou a luz e aproximou-se.


Dormindo, ela aconchegou-se ao calor e conforto do corpo dele.


A luz do luar passava pelas cortinas entreabertas, formando sombras pelo quarto.


Arthur esticou a mão e afastou algumas mechas das faces dela. Então, se inclinou e beijou de leve sua têmpora.


Lua acordou antes do amanhecer, e percebeu que não estava só. Virou a cabeça devagar e viu que Arthur dormia. Relaxado, ele perdera um pouco da aspereza. Ela o observou por instantes, notando os cílios escuros encurvados.


Sentiu um estranho desejo de passar a mão por seu rosto, de deslizar os dedos até sua boca.


O que Arthur faria se cedesse à tentação?


Uma parte dela queria que ele a beijasse. Experimentar a ternura que mostrara após tê-la possuído pela primeira vez. O toque dele em sua pele na descoberta excitante do prazer.


- Buenos dias.


Lua arregalou os olhos.






continua



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