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sábado, 9 de novembro de 2013

Proposta Indecente

26° Capítulo  


- Bem. - Surpreendeu-se diante da pergunta inesperada. Só sentia dor se fizesse movimentos bruscos. - Irei ao hospital amanhã para tirar os pontos.


- Vou marcar um horário com meu médico para que ele faça isso para você.


- Não é necessário.


Arthur recostou na cadeira e a observou com atenção. - Não precisará esperar horas no atendimento público. Isso era verdade, mas Lua não queria privilégios.


- Acho que o hospital vai querer completar o relatório.


- Terminou a refeição e se levantou. - Agora, tenho de ir. Colocou os pratos na bandeja e a levou para a cozinha grande e moderna. Então, escolheu uma porta, esperando que levasse ao hall. E levava.


Minutos depois, entrou no carro e seguiu para a cidade.


Os estudantes estavam inquietos na primeira aula. Na ter­ceira, Lua percebeu que algo ia mal.


Quando o sinal para o intervalo soou, Lua chamou Sam­my de lado. O pretexto era legítimo, ela trouxera um volume de uma peça de Shakespeare.


- Obrigado, srta. Blanco . Serei cuidadoso. A classe estava vazia, a porta fechada.


- Há algo que devo saber, Sammy?


- Não se eu não quiser levar uma surra.


-Vou trabalhar na hora do almoço. Há algum lugar em que não deva ficar?


O aluno não respondeu, e ela o encarou firme.


- Vamos continuar a brincar de adivinhar, ou devo manter você preso aqui?


Lua captou uma expressão de alívio, logo substituída por resignação.


- Eu tenho de estar lá.

 - Você pode não ir.


Seu olhar estava sério e sem brilho.


- Sim, claro. - Naquele ou no dia seguinte eles o pegariam. - Tenho de ir. - Sammy foi até a porta e saiu.


Lua tinha quase certeza do que iria acontecer e onde. Decidida, pegou a sacola e foi até a sala dos professores. Uma palavra discreta, e conseguiu um aliado. Juntos, começaram a procurar.


Brigas de gangues eram freqüentes. A escola pagava segu­ranças para vigiar os alunos, mas eles eram espertos, o que não os ajudava em nada.


Lua percebeu um tumulto perto da sala de artes.


Um engodo. A verdadeira briga estava acontecendo em outro lugar, e ela acreditou que sabia onde.






continua



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