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sábado, 9 de novembro de 2013

The Divide

Capitulo 13 parte 2


Aff, cuidar de bêbado é a pior coisa do mundo, e quando esse bêbado é o Thomas, fica ainda mais difícil.
 
Com muito esforço, eu o carreguei até o carro dele, um Chevrolet sport preto, e eu agradeci a Deus por saber dirigir.
 
O arremessei no banco de trás, deitado e dei partida do carro, até a casa do infeliz.

No trajeto até a casa dele, que não ficava muito longe dali, as cenas vieram na minha mente instantaneamente. Cenas do passado, coisas que eu quase tinha esquecido. 
O dia em que fui para pra faculdade, o sentimento de liberdade após meses de sofrimento que até hoje eu não esquecera.
 
Mas os 6 anos que passei na faculdade foram diferentes, foram únicos. Logo, eu me tornei amiga do Tommy, que sempre fui muito mulherengo, nunca tinha uma só, e de vez em quando, arrumava boas brigas. E foi numas dessas galinhagens dele, que eu me tornei próxima da Sophia, que pelo que me lembro foi o romance mais duradouro do Tommy, cerca de 2 meses, se eu bem me lembro.
 
Mas tarde, nos tornamos colegas de quarto, e a amizade cresceu mais ainda, durando até hoje. E assim, até depois da faculdade, apesar de Sophia e Tommy não se suportarem.
 
Vocês devem estar se perguntando: ‘Mas e seu marido, Jennifer? Onde ele está? O que aconteceu?’. Enfim, anos se passaram, e a ultima lembrança que eu tenho do cretino, é eu dando o dedo na pra ele. Depois desse acontecimento, eu nunca mais o vi. É claro, que em alguns Natais, eu ligava para a mansão, para falar com Katia e Pedro, mas eles diziam que o todo poderoso nunca, jamais perguntou sobre mim. Era como se eu não tivesse existido. E eu cheguei a me perguntar, se ele lembrava que tinha se casado comigo.
 
O fato é que eu não tinha me esquecido disso. E era uma mulher agora. Não mais uma criança, indefesa que não sabia nada da vida.
 
Agora eu podia, e iria jogar o jogo do meu jeito!

Eu estacionei o carro na porta da casa dele, e esperei um tempo, sentada, tomando coragem para novamente carregar aquele brutamontes nas costas até a sala. 
Eu olhei para o banco de trás, e ele estava jogado lá, todo aberto, aos trapos. E eu cheguei a duvidar seriamente se aquele resto de homem era mesmo um policial. Porque ele havia terminado a faculdade de direito antes de mim, e logo entrou para a policia, se tornando agente da FBI.
 
Vou explicar melhor: No Brasil existe a Policia Federal, já nos Estados Unidos, existe o FBI que cuida de Fraudes, assaltos à bancos, denúncias de drogas...enfim, por incrível que pareça aquele adolescente que me atropelou de skate tinha se tornado um agente federal.
 
Mas eu não tinha ficado muito atrás não... Um rugido acabou me trazendo de volta à realidade. Era o bebum que já começava a falar coisas. Eu saí do carro e com um tremendo esforço, passei o braço dele pelo meu pescoço, e o carreguei até a sala da casa.



A casa era simples, mas tinha tudo e estava sempre muito limpa. Ele morava sozinho desde que terminou a faculdade, à 3 anos atrás. Eu, diferente dele, tinha terminado a faculdade à 1 ano e nesse período, me dediquei a cursos profissionalizantes intensos... mas isso eu explico depois.
Bom, eu saí da faculdade e eu e Sophia alugamos uma casinha. Eu cogitei a hipóteses de morarmos com o Tommy, mas ela recusou imediatamente.
Eu o joguei em cima do sofá da sala, mas a vontade de dar uns belos tapas nele me invadia a alma. Mas eu não o fiz, pelo o contrário...Eu tirei seus sapatos e suas meias, coisas que eu já estava acostumada a fazer, devido à varias noites que eu cuidei dele, enquanto ele estava desmaiado de tanta ressaca.
Eu o deixei lá, e fui até a cozinha, e como já era de se esperar, ele tinha um estoque lotado de sopa de legumes de caixinha. Pois eu sempre cozinhava pra ele, quando ele estava bêbado. Era simples e rápida de fazer, uns 10 minutos.
Despejei o conteúdo em um prato fundo, e com a colher, a mexia, para diminuir a temperatura, enquanto me dirigia até a sala e encontrando o homem, ainda lá, do mesmo jeito que eu o deixei.
Eu me sentei na mesinha de centro que ficava bem na frente do sofá, e mexia a sopa no prato, tentando esfria-la um pouco, mas ainda assim, também olhava para o Tommy. Ele era extremamente lindo, um típico americano, como vemos nos filmes, loiro, alto, musculoso, e um sorriso que selaria a paz de paises em guerra. Ele era perfeito, pelo menos, aparentemente. Mulherengo toda vida, nunca se firmou com ninguém, no final das contas eu era a única mulher que sempre esteve com ele, e ele sabia disso, por isso era tão apegado a mim, como um irmão.
Eu balancei a cabeça de leve, afastando meus pensamentos, e logo comecei a chama-lo bem alto, para que acordasse, e a cutuca-lo várias vezes:
Lua: Acorda, logo. Anda Tommy, levanta daí.
Ele resmungava algo.
Thomas: Huuuum... Me deixa, Chris, vai embora...
Lua: Quem é Chris, Tommy? Acorda, sou eu, Lua!

Thomas: Luinha? É você? Como você entrou aqui?
Lua: Eu te trouxe aqui, e você está bêbedo.
Thomas: Você me trouxe aqui? Aqui onde? Onde eu estou?
Eu comecei a me irritar.
Lua: Cala a boca e levanta de uma vez, eu fiz sopa.
Com muito esforço ele se sentou, com uma cara de derrotado, mas pelo menos, estava acordado. Eu me sentei do seu lado, e assoprava a colher suavemente, para dar a comida em sua boca.
Ele comia, lentamente, mas comia. E eu comecei a me perguntar se ele já não estava muito grandinho para aquilo tudo.
Lua: Você sabe que perdeu a formatura da Sophia, não é?
Thomas: Que se dane a Sophia!
Lua: Não, Tommy. Você sabe como isso é importante, e eu te pedi tanto pra não fazer nenhuma besteira, você podia cooperar, pelo menos hoje.
Thomas: Ela não foi? Então ta ótimo, a formatura era dela e não minha.
Lua: Não seja estúpido. Nos estávamos lá quando você se formou, custava fazer isso por ela?
Thomas: Ta, ta! Me desculpa, eu prometo que dou um beijinho de consolação nela.
Lua: Você está sendo idiota!

Bom, ai já começa a historia dos dois, eles são muito fofos juntos, mais é claro que eu prefiro LuAr kkkkkkkkkkkkkk


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