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domingo, 17 de novembro de 2013

The Divide

Capitulo 14 parte 3


Thomas: Não, Lua. Eu não quis dizer isso. – Ele bufou.
Lua: É bom mesmo, porque a idéia de vir atrás de mim foi sua.
Thomas: O que isso tem a ver? Eu não reclamei disso. Porque vocês, mulheres são tão...
Lua: Tão, o quê?
Thomas: Tão doidas!
Lua: Ah, pelo amor de Deus, Tommy...
Thomas: Eu estou mentindo? A algumas horas atrás estávamos contando piadas e rindo, agora você esta gritando dentro do meu carro que nem uma louca.
Lua: E porque esse orgulho todo em dizer que eu estou no SEU CARRO? Quer que eu desça do seu precioso veículo? 
Thomas: AH! –ele gritou. – Fica quieta, mulher!
Lua: Fica quieto você, e dirige essa merda! A culpa é sua de eu não ter um carro agora!
Thomas: Mas que porra, você vai voltar a falar daquele carro ridículo?
Lua: Não xinga, você sabe que eu odeio isso! 
Thomas: Odeia, é? – ele me olhou de relance, e logo começou a berrar. – PORRA, PORRA, PORRA,*******,PORRA, PORRA, PORRA...
Lua: CALA ESSA BOCA! Deixa de ser tão infantil, Tommy!

Thomas: Você é muuuito chata, Luinha! 
Ele ria descontroladamente, debochando do meu humor. Eu odiava quando ele provocava essas situações:
Thomas: Não tem jeito, a gente vai ter que parar aqui mesmo!
Lua: Mas esse lugar é nojento! 
Thomas: Ou a gente dormir aí, ou dorme no carro, sem comida e cobertor! 

 Eu pensei bem, e pensei olhando para o lugar a nossa frente. E era um MOTEL. Sim, um motel! Depois de horas procurando um lugar, esse era o único que achamos, e estava caindo aos pedaços, como uma casa abandonada!
Eu olhei bem para ele, que me olhou, cansado, e bocejando e por consideração, eu tive que concordar:
Lua: Mas você dorme no chão!

Eu estiquei o braço até o banco traseiro e peguei apenas uma mochila minha, logo ele fez o mesmo e descemos do carro, sem falar nada. Entramos no estabelecimento, e esperamos alguém aparecer na recepção.
Thomas: Eu to morto. 
Lua: É melhor rezar pra que tenha vaga aqui!
Eu olhava em volta, e o lugar era deplorável. Paredes rachadas, estruturas condenadas e pisos velhos, parecia que estava prestes a desabar.
XxXx: Posso ajuda-los? 
De dentro de uma sala minúscula, saiu um senhor, de bengala, com uns 70 anos e óculos fundo de garrafa. 
Thomas: Sim, senhor. O senhor tem vagas?
XxXx: Estamos lotado hoje! 
Thomas: Não diz isso, senhor. Estou dirigindo a 6 horas sem parar. O senhor pode verificar se não tem algum quarto. 
O homem me olhou, de cima a baixo, ajeitando o óculos no rosto, talvez para enxergar melhor. 
XxXx: Bom, com uma moça bonita dessa, acho que posso te arrumar alguma coisa!
Eu sorri, agradecida pelo elogio e alguns minutos depois ele diz que sim, tem vaga, porém somente um quarto. Tradução: Eu teria que dormir no mesmo quarto que Tommy, mas o cansaço que pairava sobre nós, era mais forte do que qualquer rixa que pudesse vir a surgir.
Subimos um velha escadaria e logo encontramos nosso quarto. No interior, o lugar não era dos piores.
A cama era redonda, com lençóis brancos, e tinha comida e bebida numa pequena mesa no canto. Era um motel simples, mas ajeitado. Eu joguei minha mochila em cima da cama, e com ela eu também fui, me jogando na cama:
Thomas: Eu vou tomar banho!
Sem muito assunto, ele também jogou a mochila dele na cama e logo entrou no banheiro. O cansaço da viajem me deixara irritada, ainda mais com o Tommy enchendo meu saco, mas eu agradecia mentalmente por ele estar ali comigo. Eu sabia que era importante e um enorme sacrifício o que ele estava fazendo por mim. Pedir transferência do emprego, se mudar para outro estado, não era uma coisa simples, e eu reconhecia isso. 
Antes que ele pudesse voltar, eu abri o velho armário e peguei alguns lençóis e os estiquei no chão, deixando tudo muito bem ajeitado com travesseiro e cobertor.
Na minha mochila, peguei minha escova de dentes e uma camisola branca. 
E como eu já devia esperar, ele saiu do banheiro só com a toalha amarrada na cintura, olhando confuso para os lençóis arrumados no chão:
Thomas: O que é isso? 
Lua: É a sua cama. Você não achou que ia dormir comigo na cama, não é?
Eu sorri e logo entrei no banheiro, sem dar chances para ele responder.

Eu tomei um banho rápido, sem molhar os cabelos e quando eu sai do banheiro, para o meu desgosto, lá estava ele, jogado na cama só de cueca:
Lua: O que você está fazendo aí?
Thomas: Tentando dormir!
Lua: Mas eu ajeitei os lençóis...
Thomas: Eu dirigi por horas e você espera mesmo que eu durma no chão? – disse me interrompendo. 
Lua: Eu não vou dormir na cama com você!
Thomas: Então você pode dormir no chão! 

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