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domingo, 10 de novembro de 2013

Web's de Capitulo Único - 2024 (Cage The Stories – The Series)

2024 (Cage The Stories – The Series)



By: Regrawr | Beta: Izzy


(Coloque 
essa música para carregar e coloque-a para tocar quando aparecer o nome dela na fic. Se acabar a música e a cena não tiver acabado, repita ou, como eu recomendo, coloqueessa para tocar)

Cada dia se passava mais lentamente para mim, enquanto eu estava sempre ali, sentado em frente ao mesmo prédio todos os dias, durante o dia todo. Tudo porque você disse para eu acreditar, porque você disse que havia algo a mais. Eu realmente me perdi dentro daquele vazio, daquele escuro que havia dentro de mim. Eu não estava nada depressivo naquela época; muito pelo contrário, eu vivia a vida aproveitando mais do que nunca. E eu lembro até hoje das suas palavras de sempre 
"Na vida há muito mais do que você imagina. Um dia tudo se tornará repetitivo e você vai se afogar sozinho, sem ter nada pelo o que correr atrás, nada pelo o que viver.". E eu acabei me afogando em meus próprios erros, sem ninguém ao meu lado.
As pessoas passavam por mim e me olhavam com desdém, com nojo. Elas passavam como se fossem superiores à mim. Talvez eles realmente fossem, aliás, eles não estavam há exatamente 57 dias dormindo e passando dias e noites sentado no mesmo banco, na mesma posição, observando as mesmas coisas e esperando pela mesma pessoa. Uma pessoa que provavelmente nunca voltaria, mas que eu morreria esperando. Esperando por ela, esperando por respostas, por esperança. Esperando por alguém que estivesse disposto a me aceitar.

128 dias depois...

E mesmo depois de 185 dias, eu continuo aqui, sentado no mesmo banco, dormindo no mesmo banco, vivendo uma vida sem-graça e monótona porque escolhi esperar por uma pessoa. Aquele número, que antes era um dourado brilhando, hoje estava quase fosco, apagado, sem vida. A casa 2024, a casa da menina loira, de olhos azuis, que passeava pelos cantos de meia-calça, shorts todo rasgado, seus sapatos marrom oxford, sua camiseta sempre com desenhos abstratos ou imagens de pessoas que a inspiravam, seu cardigã, seu chapéu e seu óculos à la John Lennon e sua polaroid sempre a acompanhando pendurada em seu pescoço. Ela sempre estava sorrindo, com seu cigarro em mãos, tirando fotos de todos os momentos e as guardando em um álbum que sempre estava em sua bolsa. Ela podia perder a vida, mas nunca perderia aquelas fotos, que as mantinham viva e as mantinham com vontade de lutar por algo que sempre quis. Ah, aquela menina me enlouquecia e eu deixava isso bem claro. E ela deixava bem claro que era louca por mim também.
Um homem que aparentava ter uns 30 anos ou mais, de pele mais morena, olhos castanhos e bem redondos, barba rala e mal-feita, cabelos enrolados e sem corte se sentou ao meu lado no banco, pegou um cigarro de seu maço e o acendeu. Ele vestia um sobretudo preto, calça jeans surrada e um all star preto todo desgastado. Sua expressão era de alguém que estava sem rumo, assim como eu. Talvez não tanto como eu, já que nem um rumo eu procurava. Não saía do mesmo lugar há mais de meses e não me importava nem um pouco com isso. Ele me cutucou com o cotovelo, me ofereceu um cigarro. O coloquei na boca e o homem esticou seu braço com o isqueiro em mão, acendendo-o. Dei uma tragada e o cigarro começou a queimar aos poucos. Guardei a fumaça em meus pulmões, sentindo-a preenchê-lo e fui soltando vagarosamente, olhando para o céu. Sorri, me lembrando do sorriso dela. Seus cabelos levemente enrolados, a franja lisa, suas pequenas e quase imperceptíveis covinhas marcando suas bochechas quando ela sorria, seus olhos pequenos, com aquela pele lisa na qual eu passava as mãos sempre que juntava seus lábios nos meus.
Por um momento me perguntei se eu estava a esperando em vão, se ela já se fora, se ela já havia... morrido. Mas não havia problema. Se ela já estiver longe daqui, eu iria morrer esperando por ela e descobrir. Ou não, aliás não sabemos exatamente como é após a morte.
Olhei de novo para a fachada daquela casa, da casa de número 2024. Suas paredes de um amarelo claro estavam levemente sujas pelo tempo que não a cuidavam. O portão, que era dourado como o número, estava um pouco enferrujado. O jardim que antes era um verde vivo, estava morto, com somente um pouco de verde já desgastado nas pontas do gramado. O caminho curto de pedras ainda estava intacto, o que me fez sorrir. A porta de madeira estava um pouco arranhada e quebrada, já que eu já havia tentado arrombá-la. E eu continuava a esperar, sentado no mesmo banco, observando aquela casa, alheio a todas as pessoas e preso a meus pensamentos e memórias, preso a ela.

175 dias depois...

Um ano. Exatamente um ano que eu a estava esperando. O dia estava ensolarado, porém com algumas nuvens cobrindo o Sol de vez em quando. Bristol estava da mesma forma de sempre, os jovens exatamente iguais, se entupindo de álcool e tabaco, fumando, cheirando, injetando, ingerindo, fazendo tudo o que fosse possível para se drogarem e esquecerem da vida, esquecerem da estúpida vida que seus pais, que passaram pelo mesmo, levavam. Eles levavam a vida exatamente como eu levava. Talvez fosse por isso que eu tanto era louco por minha menina. Ela aproveitava a vida como ela queria, vivia apenas por ela. Fumava seus cigarros, bebia quando queria e o quanto queria, mas não se entupia como os outros. Ao contrário de todo mundo, ela tinha algo pelo o qual viver. Eu não tinha, apesar de amá-la incondicionalmente. Eu achava que era daqueles amores passageiros de adolescência, porém, estou aqui, esperando pelo o motivo pelo qual eu vivo, esperando a menina que eu sempre amei.
Eu estava deitado no banco, observando o balancear das folhas das árvores, que dançavam ao som e ao movimento do vento. Eu cantarolava uma música que eu mesmo havia inventado em minha cabeça desde que cheguei naquele banco e até hoje não esquecia. 
"Blonde hair and blue eyes, taking pictures with your polaroid camera, you fight that's right."
Cansado de observar as folhas, me sentei. E foi naquele momento em que minha vida havia mudado. Ela estava ali. Minha menina, minha Lua. Ela estava ali, linda como sempre. Seus cabelos loiros balançando com o vento, seus olhos azuis brilhavam mais que o sol, seus lábios, que se abriam em um sorriso ao observar a antiga casa, estavam contornado por um batom de cor vemelha. Ela usava um vestido sem mangas que ia até a metade de suas pernas, listrado de azul e branco, com um cinto fino de couro bege na cintura. Em seus pés, um coturno bege e um cardigã de mesma cor. Sua bolsa, azul, e um óculos geek que ia do marrom pro transparente em degradê na armação. Ela estava com a polaroid em seu pescoço, exatamente como antes, e procurava suas chaves na bolsa. De tanto revirar o que havia dentro da mesma, um livro grosso caiu, deixando algumas fotos se espalharem. Abri um sorriso enorme.
Minhas pernas se apoiaram no chão e eu levantei do banco, andando até a calçada. Pela primeira vez, depois de 1 ano, eu atravessei a rua, chegando cada vez mais próximo dela. Meu coração acelerava e eu tremia, suava frio. Peguei seu álbum em minhas mãos e pude ver seu olhar indo vagarosamente acompanhando meus dedos, meus braços, passando por meus ombros e, finalmente, depois de tanto tempo, ela olhou em meus olhos. Seus olhos estavam num misto de surpresa, confusão, felicidade, saudade... Seus lábios se abriram em um minúsculo sorriso torto e ela ficou me olhando por mais um tempo, assim como eu a admirava. Ela pegou o álbum de minhas mãos e abaixou sua cabeça para a bolsa, pegando a chave e guardando o enorme livro em sua bolsa, fechando-a. Lua abriu a boca para falar algo, porém não falou nada, apenas soltou uma risada nasalada, balançou a cabeça, abriu o portão e fez sinal com a cabeça para que eu entrasse. Meus pés automaticamente a seguiram e eu sorria largamente. Não precisamos de palavras para demonstrarmos tudo o que sentíamos.
Ela abriu a porta, e notei seu olhar confuso ao notar a porta quebrada por tentativa de arrombamento. Ela olhou de canto pra mim e riu. Nós entramos em sua casa, e nada havia mudado. Na sala, um piso de madeira, um sofá de estampa florida de apenas dois lugares estava encostado na parede. Um quadro feito por ela com frases de suas músicas preferidas estava pendurado acima do sofá. Do lado, um criado-mudo com um toca-discos empoeirado. Na parede oposta, uma TV um pouco antiquada estava empoeirada igualmente. Havia também uma estante cheia de livros e discos de vinil, todos devidamente organizados por banda e autor e, em cada banda e autor, de acordo com os livros e discos preferidos. Eu passei a mão pelo papel de parede branco um pouco manchado.
- Há quanto tempo você não vem aqui? - perguntei finalmente, cessando o silêncio entre nós dois. Ela sorriu brevemente observando a casa e sentando no sofá, tirando seus coturnos.
- Há uns 5 anos, mais ou menos. Saí para viajar, tirar fotos, fazer exposições... sabe como é, minha praia é fotografia. - Lua sorriu sincera e eu retribuí. - E você, o que anda fazendo da vida? - minha menina perguntou, me olhando esperançosa e eu engoli em seco. Fiquei quieto por uns segundos, logo depois me sentando ao seu lado.
- Desde que não nos víamos? Eu apenas continuei na mesma por mais uns 3 anos. Depois fui para uma clínica, na Alemanha. Saí ano passado e voltei para cá. Desde aquele dia em que eu cheguei, há exatamente um ano atrás, eu continuo sentado no banco ali em frente, te esperando. - abaixei a cabeça e ela me olhou séria.
- Você está brincando, né? Você realmente não tentou fazer nada? Eu te avisei por anos seguidos que você acabaria assim, Arthur, eu te alertei e... - eu a interrompi, segurando em seus braços.
- Eu te esperei por 365 dias sem quase nem comer direito, bebendo a água que me deixavam ao lado do banco, sem tomar banho a não ser quando a chuva caía sobre mim, eu passei todos esses dias, semanas, meses... Passei um ano te esperando, para que eu encontrasse de novo a razão pela a qual eu ainda vivia. Eu preciso de você, eu precisava saber que você ainda estava aqui. Só precisava de um motivo pra sorrir e pra seguir a vida em frente novamente. Ser escravo do amor de alguém nos faz sofrer, nos faz depender daquela pessoa para que possamos encontrar forças para lutar. Eu fui escravo seu, sem nem mesmo perceber. E acabei no lixo quando você se foi. E... - ela colocou seu dedo indicador em minha boca, em sinal para que eu parasse de falar.
- Arthur, me desculpa. De verdade. E eu... Sinceramente não sei o que te falar. - ela suspirou, olhando pra suas mãos que estavam em seu colo. - Faz assim, - ela levantou seu olhar até o meu e sorriu fraco - vai lá tomar um banho enquanto eu vou rapidinho no mercadinho aqui do lado e faço algo para a gente comer. Depois a gente ouve umas músicas. Se quiser eu tenho um violão, aqui! - Lua exclamou animada e bateu palminhas. - E aí, amanhã, nós conversamos. Pode ser? - eu concordei, me levantando e indo até o banheiro.
Entrei no banheiro, que era exatamente igual, assim como provavelmente deveria estar o resto da casa. Os azulejos azul claro do piso e da parede, um plástico em volta da banheira branca, uma privada e uma pia de porcelana branca, com um armário com espelho acima da pia. Eu comecei a retirar minha roupa, observando só agora o quão magro e sujo eu estava. Liguei a banheira e, enquanto esperava-a encher, lavei meu rosto e peguei uma tesoura no armário e comecei a cortar o meu cabelo, em um corte todo irregular. Me olhei no espelho e fiz uma careta. Aquilo não estava bom. Abri o armário e vi a maquininha que Lua usava pra cortar meu cabelo. Liguei-a e ela estava funcionando. Não perfeitamente, mas funcionava. Passei pelos dois lados da cabeça, deixando cabelo somente na parte de cima, a qual eu aparei com a tesoura. Agora, sim, estava aparentemente bom.
Desliguei a torneira da banheira e entrei, sentindo uma calma passar por cada centímetro do meu corpo enquanto a água me cobria. Mergulhei minha cabeça na água, me sentindo maravilhosamente limpo. Fiquei parado ali por uns 15 minutos, até que comecei a sentir um cheiro de ovo e bacon frito se espalhar pela casa e meu estômago começou a pular de excitação. Peguei o shampoo e passei pelo meu cabelo, mergulhando na banheira para enxaguá-lo. Depois, passei o sabonete por todo o meu corpo, esfregando bem. Depois de completamente limpo, tirei a tampa do ralo e vi que não tinha toalha. Saí do banheiro e fui até a cozinha onde Lua estava e a perguntei por uma toalha. Ela jogou um pano na minha cara por eu ter aparecido pelado na frente dela e riu, me dizendo que tinha toalhas e algumas roupas - até algumas antigas minhas - no guarda-roupa. Me sequei e peguei uma bermuda jeans até o joelho e um suéter roxo e fui para a cozinha.
Lua já havia colocado tudo na mesa. Ela fez ovos e bacon frito, e pãos levemente tostados com manteiga, a qual já havia derretido. Meu estômago pulou mais forte e eu comi tudo numa rapidez que eu nunca havia comido na minha vida. Ela ria da minha cara e eu me senti envergonhado. Tomei o copo de vinho que ela havia servido para mim e arrotei, colocando a mão em minha barriga. Lua tirou tudo de cima da mesa e deixou sobre a pia. Nós fomos para a sala com o violão e ela me pediu para tocar alguma música. Obviamente fui tocar de sua banda preferida, Nirvana. Ela pulava, cantava, gritava e dançava enquanto eu tocava e cantava para ela. Quando eu comecei a tocar Drain You, ela sorriu e começou a pular.

One baby to another says
Um bebê diz para o outro
I'm lucky I've met you
Eu sou sortudo em ter te conhecido
I don't care what you think unless
Eu não me importo com o que você pensa a não ser
It is about me
Que seja sobre mim
It is now my duty to
É meu dever agora
Completely drain you
Drenar você completamente
A travel through a tube
Eu viajo por um tubo
And end up in your affection
Que dá em sua afeição

Lua balançava a cabeça, tocava uma guitarra imaginária e, de vez em quando, parava de "tocar" para cantar em um microfone imaginário. Ela pegou a garrafa de vinho, o bebia enquanto pulava no sofá e eu sorria.

Chew your meat for you
Mastigo sua carne por você
Pass it back and front
Passo para frente e para a trás
In a passionate kiss
Num beijo apaixonado
From my mouth to yours
Da minha boca para a sua
'Cause I like you
Porque eu gosto de você

Ela apontou pra mim em "'Cause I like you" e isso me arrepiou inteiro. Saber que todo esse tempo esperando me recompensou já me fazia me sentir mais leve. Tudo melhorou como num milagre; e olha que eu não acreditava que milagres aconteciam.

With eyes so dilated
Com os olhos tão dilatados
I've became your pupil
Eu me tornei sua pupila
You've taught me everything
Você me ensinou tudo
Without a poison apple
Sem uma maçã envenenada
The water is so yellow
A água está tão amarela
I'm a healthy student
Eu sou um estudando saudavel
Indebted and so grateful
Endividado e tão agradecido
Vacuum out the fluids
Eu sugo seus fluídos

Ela pediu para eu levantar e pular no sofá com ela, e foi exatamente o que eu fiz. Começamos a pular, e de vez em quando eu até batia o braço do violão nela, o que a fazia perder um pouco o equilíbrio, e nós ríamos.

Chew your meat for you
Mastigo sua carne por você
Pass it back and front
Passo para frente e para a trás
In a passionate kiss
Num beijo apaixonado
From my mouth to yours
Da minha boca para a sua
'Cause I like you
Porque eu gosto de você

Nesse momento ela tirou o violão de minha mão e o jogou no chão, me empurrando para que eu deitasse no sofá. Ela passou suas duas pernas ao lado de meu quadril e me beijou ferozmente e colocando suas mãos nas laterais de meu pescoço, minhas mãos deslizaram rapidamente de suas costas até sua bunda, fazendo um pouco de pressão pelo caminho. Lua sorriu entre o beijo e mordeu meu lábio inferior, me arrepiando quando desceu seus beijos para meu pescoço e orelhas, fazendo com que minhas mãos não ficassem decididas entre suas coxas, bunda ou cintura. Decidi por levantar a barra de seu vestido enquanto fazia pressão da lateral de suas coxas até sua cintura quente, enquanto ela arranhava com os dentes o lóbulo da minha orelha. Um arrepio subia por minha espinha a cada beijo.
Comecei a desvencilhar seu cinto e o joguei para longe, rapidamente subindo a barra de seu vestido até sua cintura, abaixando sua calcinha rapidamente. Ela entendeu meu recado e jogou sua calcinha para longe, indo de joelhos para frente, deixando sua genitália à mostra e pronta para que minha língua agisse sobre ela. Me levantei um pouco, até alcançá-la com a minha boca, e fui passando minha língua por sobre seus lábios, logo a penetrando lentamente com a minha língua e sugando, me lembrando de sempre arranhar devagarinho com os dentes por sobre o seu clitóris, exatamente como ela gostava. Eu me segurava em suas coxas para me manter ali e as apertava com desejo, enquanto ela gemia em suspiros, fazendo leves movimentos com o quadril em sinal de excitação.
Lua apertou meu punho pedindo por mais intensidade e profundidade com urgência. No mesmo segundo a segurei pela cintura e a deitei, me apoiando em um braço, enquanto minha outra mão a penetrou e eu comecei a fazer movimentos circulares, às vezes alternando para os de vai-e-vem, enquanto eu beijava seu pescoço ferozmente, o sugando e deixando marcas. Ela soltou um gemido um pouco mais alto, me arranhando por debaixo do suéter com urgência. Retirei meus dedos de dentro dela para retirar meu suéter e, sem que eu pedisse ou pudesse perceber, ela já havia retirado o vestido e estava abrindo seu sutiã, deixando seu colo e seios à mostra. Abri um sorriso, e quando eu ia voltar a beijá-la, suas mãos já estavam no botão de minha bermuda, a abrindo velozmente e eu a retirei, chutando-a pro lado juntamente com a minha boxer preta.
Voltei a penetrá-la com o dedo, enquanto eu circulei seu mamilo com a língua, logo depois envolvendo-o com toda a minha boca e comecei a sugá-lo, enquanto eu diminuía e aumentava a velocidade de meus dedos, vendo-a gemer em reprovação quando parava. Eu já não me aguentava e percebi que não iria mais aguentar quando ela arqueou as costas e gemeu alto em meu ouvido, me fazendo arrepiar da cabeça aos pés. Dobrei um pouco suas pernas e me posicionei, penetrando-a de uma vez só e parando, sentido suas unhas fincarem em minhas costas e ela gemer e sussurrar, pedindo por mais. Comecei a me mover rapidamente e até com um pouco de força a mais do que o normal, enquanto beijava seu pescoço e ela me arranhava e apertava meus braços, mordendo meu pescoço de vez em quando em sinal de socorro. Ela nunca chegava ao ápice e aguentar todo aquele tempo com ela gemendo meu nome em meus ouvidos, me arranhando e fazendo movimentos com os quadris era um desafio e tanto. Ela deu um grito e finalmente chegou ao orgasmo, e eu cheguei logo depois. Saí de dentro dela e me deitei ao seu lado. Nós estávamos apertados naquele sofá, mas não importava, estávamos um ao lado do outro. O que acontecia ao nosso redor era algo que não iria nos perturbar. Estávamos somente nós, acolhidos um no abraço do outro, com as respirações ofegantes e sorrisos estampados no rosto. Eu finalmente estava feliz de novo, e nada estragaria isso.

Os raios de sol penetravam dentro da casa, em direção dos meus olhos, como se fosse de propósito. Apertei meus olhos a fim de conseguir evitar a entrada de luz em meus olhos, e coloquei a mão na frente. Me virei pro lado e não encontrei Lua. Coloquei minhas roupas e vi que as delas não estavam ali. Fui até o banheiro, na cozinha, no quarto, no jardim... ela não estava em lugar nenhum. Dei de ombros, pois vai saber, ela poderia ter saído pra qualquer lugar, não é mesmo?
Entrei no quarto e abri o guarda-roupa. Não havia roupa nenhuma além das minhas antigas, como antes. Achei estranho, pois antes havia algumas roupas de Lua. Ignorei aquele fato e comecei a vasculhar as gavetas da cômoda ao lado da cama. Na primeira, nada. Na segunda, nada. Não havia nada em nenhuma das gavetas, a não ser na última. Ali havia uma folha com a letra de Lua. Era uma carta direcionada à mim. Franzi o cenho e me sentei na cama para lê-la.
"Arthur,

Não sei ao certo se você um dia vai vir me procurar. Só sei que, se você vier, vai tentar arrombar a minha casa e provavelmente vai vasculhar tudo, por isso decidi deixar isso aqui, na última gaveta da minha cômoda.
Bom, eu realmente espero que agora você já tenha encontrado o seu motivo de viver, algo pelo que lutar. Porque, você sabe, foi isso que eu sempre quis te ensinar, mas você se preocupava muito mais em se entupir de álcool e tabaco e se drogar até que você não seja mais você mesmo. Você se preocupava muito mais em ser como os outros do que ser você mesmo. E você sabe que de todas as pessoas existentes no mundo, só eu realmente te conhecia. Você dizia isso. E, bom, eu também via isso. Eu sei que eu saí daqui de Bristol pra ir morar com a minha vó e te deixei sozinho. Me senti culpada por um tempo, mas pensei que talvez isso fizesse você crescer. Normalmente as pessoas amadurecem quando perdem as coisas mais importantes da vida, né? Apesar de que eu tenha medo que você se encaixe nas pessoas que se afundam e se afogam em suas mágoas quando isso acontece, eu fiquei torcendo todos os dias para que você fizesse parte das pessoas fortes, porque eu acredito em você.
Enfim, saiba que eu fui viajar, vou passear por todos os continentes, ficar mais ou menos uns 4 ou 5 meses em cada país que eu puder para deixar meu rastro lá e pegar memórias de lá. Adivinha? Fotografando! Com a minha eterna polaroid. Ok, a minha eterna não é mais eterna, ela quebrou. Mas eu comprei outra!
Enfim, só quero te avisar que eu não voltarei tão cedo e não vou voltar pra Bristol enquanto eu não acabar tudo isso. Provavelmente vou ficar uns 20 anos fora? Ou até mais. Ok, bem mais que isso, talvez uns 30. É, eu não sei. Só te peço que, se você encontrou essa carta, saiba que eu ainda estou aqui por você. Um dia eu volto! Pode ficar na minha casa se quiser, eu deixei um dinheiro no nosso lugar secreto, espero que ninguém tenha roubado ainda. Arranje um emprego, vire um homem, lute para se dar bem na vida enquanto eu espero que você me espere.
Eu sempre te amei, e sempre vou te amar mais que tudo, Arthur. Você é tudo pra mim e eu espero que você saiba disso.
Se cuida,
Lua, 07/Setembro/1983"


Ok... Espere um momento. Ela foi embora há 8 anos. Disse que vai ficar mais de 30 anos provavelmente fora, sem nem pisar o pé em Bristol?
Meu coração apertou, senti como uma faca em meu peito e comecei a ver tudo embaçado. Sem que eu pudesse notar, já estava chorando por sobre a carta e, num desespero, a coloquei na gaveta para que ela não molhasse mais e ficasse intacta. Eu não conseguia acreditar, não era possível que ontem fora tudo um sonho, ou um delírio... Não podia ser! Aquilo tinha que ter sido real, eu não esperei 1 ano por ela pra no fim ter uma ilusão dela à minha frente, pra tudo se arruinar de novo. Não, aquilo não podia ser verdade. Mas era, eu sei que era. Lua sempre cumpre o que diz, e naquela hora aquilo não era bom.
Reli a carta por pelo menos umas 5 vezes ainda. Respirei fundo. Iria fazer o que ela pediu: seguir em frente. Fui até o nosso lugar secreto: dentro da capa do LP de Incesticide, do Nirvana. Contei o dinheiro e tinham 2.500 libras. É, ela realmente queria que eu seguisse em frente. Coloquei uma roupa melhor: uma calça jeans, um all star e uma camisa azul. A casa não tinha chave, e vi que a porta estava arrombada. Eu realmente delirei, não estava acreditando nisso ainda. Acho que no meu subconsciente eu ainda esperava que Lua aparecesse.
Pensei no lugar mais fácil de se conseguir um emprego: uma lanchonete. Primeiro fui a um internet-cafe, fiz um curriculum - bem pobre, pra ser sincero - e fui entregá-los. Entreguei no McDonald's, Burger King, Starbucks e em outros lugares populares. E, bom, só me restava esperar.

30 anos depois...

E os 30 anos se passaram e eu ainda a esperava. Pelo menos, não num banco. Eu estava com 56 anos, meus pulmões já não funcionavam muito bem pelo tanto que eu fumava. Voltei a beber nos últimos 4 anos e fumei maconha mais umas 3 vezes. Eu estava acabado e não sei se aguentaria por muito mais tempo. Esses dias vi uma foto linda da cidade do Rio de Janeiro e adivinha quem tinha tirado? Ela mesma, a minha Lua.
Já se passavam das 3 da manhã e eu havia me aposentado hoje. Fumei meu último cigarro, tomei mais um copo de vinho e fui dormir. Dormir pensando nela, e provavelmente sonharia com ela, como em todas as outras noites. Me deitei na cama, e fechei os olhos, respirando profundamente.
Após algumas horas, em meu sonho profundo com Lua, senti minha respiração falhando e senti como se todo o meu organismo estivesse falhando. Em meu sonho eu entrava em desespero, tentando alcançar Lua e a cada passo que eu dava em direção à ela, uma parte de mim se despedaçava. Eu sentia meus órgãos parando aos poucos, eu sentia meu coração parando de bater. Eu me sentia... Morto. Gelado. Numa escuridão. Não via luz alguma. Eu só via escuridão. Eu só via... A morte.


Créditos: Fanfic Obession 

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