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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Web's de Capitulo Único - Sudden

Sudden



(Coloque pra carregar essa música http://www.youtube.com/watch?v=eUMwFaXTM3s)

- Hum. – foi o único som que consegui fazer com que se desprendesse de minha garganta assim que alcancei o telefone que tocava ao meu lado. Digamos que o som não saiu como eu esperava, ele saiu com algo mais parecido com um mugido ou algo do tipo.
- Arthur, eu preciso da sua ajuda. – ouvi a voz de Lua do outro lado e abri apenas um dos meus olhos, fazendo força para conseguir me concentrar nos pequenos números vermelhos que piscavam no radio-relógio da minha cabeceira: 3:45 AM , mas que merda Lua queria àquela hora?
- Oi... – foi o que meu cérebro conseguiu processar para que saísse de minha boca. Não me leve a mal, minha amiga estar me ligando em plena madrugada dizendo que precisa de minha ajuda e a única coisa que eu consigo dizer é um simples oi. Mas eu estava com sono. Respirei fundo, abrindo os olhos e acostumando-os à escuridão, pelo visto Lua esperava uma resposta mais concreta do que um simples ‘oi’. – Fala, Lu, tô te ouvindo. – sentei-me na cama porque se continuasse deitado provavelmente voltaria a dormir com o telefone em mãos.
- Arthur, eu preciso muito, muito, muito da sua ajuda, e eu não aceito um não como resposta. – ela disse e eu podia imaginá-la naquele momento: sentada na cama, com as pernas cruzadas em borboleta e mordiscando levemente as unhas da mão direita.
- Lá vem bomba. – disse, coçando os olhos. Bom essa era Lua: previsivelmente imprevisível. Ela nunca fazia proposta comum. Fora do comum era o normal para Lua. Suas propostas sempre acabavam nos colocando em encrencas, ou, para ser mais bem entendido, sempre ME colocavam em encrencas. – Pode dizer.
- Tá, mais não se assusta. No começo pode parecer estranho, mas... Eu preciso de você. – ela disse as três últimas palavras de forma suplicante.
- Ok, Lu, eu não prometo que eu vá aceitar, mas juro que realmente vou pensar bem no assunto. – já começava a pensar no que a cabeça mirabolante de Lu planejara dessa vez. Maltratar algum ex-namorado traidor, assustar uma ex-colega enjoada, sinceramente não fazia idéia.
- Jura? – ela pareceu exultante.
- Juro, agora você pode falar, por favor, o que quer porque eu quero voltar a dormir? – um momento de silêncio e eu a ouvi respirar, antes de soltar as seis palavras que quase me fizeram ter um infarto com apenas 18 anos.
- Quero que você tire minha virgindade.


Lu On

Ouvi Arthur engasgar, tossir, respirar, coçar a garganta, tossir e respirar de novo.
- Hey, Arthur, vai me responder ou não? – perguntei, descruzando minhas pernas e me jogando na cama, sei que minha proposta poderia parecer ridícula para alguns, mas não era assim para mim.
- Como assim, Lua? Você está louca?
- Claro que não, eu sempre tive o sonho de fazer tudo com um homem só, primeiro beijo e primeira vez. Então como você foi o cara com o qual eu tive o meu primeiro beijo, nada mais justo do que eu querer que seja com você a minha primeira vez!
- Mas, Lu, não é assim! Você não pode querer fazer isso assim do nada, a gente nem tem algo e...
- Não é do nada, Arthur. – interrompi-o. – Eu já vou fazer 18 anos, me diz quantas garotas com 18 anos que você conhece virgens? Nenhuma, ou melhor, eu! Eu quero acabar com isso logo.
- Lu não é assim, a gente não pode simplesmente transar. Não é tão simples assim.
- Claro que é. Arthur, principalmente pra você, afinal, não é você quem já dormiu com metade da cidade e nunca fez um pingo de questão de esconder isso? Então tá mais do que na hora de você me mostrar se o que a Julie me disse a respeito de você é verdade ou não.
(Julie: ex-namorada de Arthur, minha ex-melhor amiga).
- . – ele me repreendeu e eu ri para mim mesma, imaginando o quão vermelho ele estaria naquele momento. Ouvi-o respirar novamente. – Lu, desculpa, mas eu acho que não posso te ajudar.
- Tudo bem. – mantive meu tom indiferente, mas por dentro sentindo a raiva crescer, então era assim? Quando se tratava de dormir com qualquer uma ele topava e quando era comigo ele me dava um fora? Céus, como eu sou idiota. – Já que você não quer me ajudar não tem problema, te garanto que existem centenas de caras nas baladas nesse momento que podem resolver meu problema. – disse e então desliguei sorrindo internamente e contando mentalmente em quantos segundos o telefone tocaria de volta.


Arthur On 

Merda, Merda, Merda! Lua tem problema, cara, só pode!
- Eu topo. – disse quando ela atendeu na metade do primeiro toque do telefone, o que passava na cabeça daquela menina para me pedir aquilo?
- Ah, eu sabia! – ela exclamou. - Não vai ser tão difícil pra você, Arthur, como eu já disse, você já comeu metade da cidade. - ela disse e eu me senti profundamente ofendido, nem foram tantas assim.
- Lu, você sabe que com você não é assim, não sabe? Eu só estou aceitando fazer isso por que – parei um pouco para pensar no porquê – porque eu não consigo e eu não quero imaginar qualquer outro cara fazendo isso e, merda, Lua, você tem certeza que é isso que você quer? – não vou dizer que já não havia passado a possibilidade de transar com Lua em minha mente porque estaria mentindo, mas transformar aquilo em realidade assim e ainda sendo proposto pela mesma era totalmente diferente, e me soava um pouco assustador. Eu sei que havia tirado seu BV, mais aquilo agora era totalmente diferente, ela queria que eu rompesse seu hímen! Ninguém nunca havia me proposto uma transa, isso é uma coisa que deve acontecer naturalmente.
- Arthur, eu já disse, se você não quiser tem quem queira. – ela disse brava.
- NÃO! Escuta, Lu, tá tarde e eu já disse que aceito essa sua proposta doida. Amanhã a gente conversa sobre isso, ok? – disse, olhando novamente o relógio e percebendo que já havia perdido totalmente meu sono, mas não queria de forma alguma continuar aquela conversa.
- Ok, mas amanhã nós colocamos nosso plano em prática. – ela disse e pude ouvir um pequeno risinho.
- Tchau, Lu. – disse e desliguei, precisava urgentemente pensar em uma forma de fazer com que Lua desistisse daquela idéia maluca, onde já se viu? Me ligar no meio da noite e pedir que eu tirasse sua virgindade. Só Lua mesmo.
Eu e Lua nos conhecemos a vida toda, minha mãe e seu pai foram melhores amigos toda a vida e nos criaram para que fossemos que nem eles, mero engano, Lua e eu estávamos longe de sermos melhores amigos. Éramos amigos, não melhores. Esse era o papel de Chay na vida de ambos. Porém, nós dois compartilhamos grandes partes e momentos de nossas vidas. Fomos criados assim. Quando tínhamos treze anos, ficamos pela primeira vez, coisa que lembro atá hoje, a gente conversando e a idéia me passando pela cabeça. Então aconteceu, era o primeiro beijo dela. Mas não ficou apenas naquele, já ficamos muitas e muitas vezes, em festas, baladas, às vezes até por falta do que fazer mesmo. Nós nos curtíamos. Mas agora a situação era totalmente diferente. Era sua virgindade que estava em jogo. Lu não era do tipo de garota que todos desejavam pegar, na realidade, todos os caras desejavam ser pegos por ela. Os caras não escolhiam ficar com ela, ela escolhia ficar com os caras. Com aquele jeito de ser, o jeito de olhar, de sorrir com os olhos. A forma de arquear as sobrancelhas, o sorriso que deixava as covinhas à mostra, o olhar ao mesmo tempo inocente e provocativo. Dude, a Lua era o tipo de garota que deixava qualquer homem louco, não para pegá-la, como eu disse, mas sim para ser desejado por ela, para ser cobiçado. Qualquer cara na minha idade estaria eufórico se tivesse no meu lugar, se tivesse recebido aquela proposta. Mas não eu, eu estava confuso e, principalmente, merda, eu estava com medo.


Lu on

- Bom dia, tia Katy. – disse à mãe de Arthur assim que ela abriu a porta para mim, dando-lhe um estalado na bochecha. – Arthur já saiu? – perguntei olhando para a escada e esperando uma resposta.
- A essa hora? – ela sorriu - Ainda está dormindo, até parece que você não conhece o Arthur. Sobe lá. – ela disse e eu não pensei duas vezes. Subi as escadas correndo e indo em direção ao quarto de Arthur. Abri a porta e pude vê-lo deitado na cama apenas com suas boxers pretas, sua barriga estava virada para cima e sua cabeça, levemente inclinada para o lado. Sua boca estava entreaberta e ele estava com um dos braços jogado por cima da barriga enquanto o outro se mantinha jogado por cima da cama. Seus cabelos levemente jogados pelo rosto o deixavam mais lindo do que eu já o tinha visto, o sono lhe dava um ar mais inocente e tentadoramente sexy, mordi o lábio inferior, aproximando-me da cama a passos leves. Coloquei minhas pernas em volta de sua cintura, tomando cuidado para que, quando soltasse meu peso, não afundasse demais a cama e o acordasse, o que deu certo. Sorri para mim mesma e aproximei minha cabeça de seu ouvido, fazendo uma careta para mim mesma antes de falar:
- Pronto para colocar meu plano em prática, Poynter? – perguntei baixinho e bem pertinho de seu ouvido, mordiscando-o em seguida e soltei meu peso em sua cintura. Arthur, por sua vez, abriu os olhos assustado, olhando-me de forma engraçada e se sentando instintivamente na cama, consequentemente deixando seu rosto mais próximo do meu. Próximo demais para o aconselhável. – Você é rápido. – disse com um sorrisinho de lado, minhas pernas continuavam em sua cintura e nós estávamos ‘encaixados’ um no outro. Cheguei meu rosto mais próximo do seu e lhe dei um selinho.
- Lu o que você... – ele começaria as perguntas, maas eu o calei com o beijo de verdade. Não resisti. Aquela voz dele rouca de assim que acabava de acordar sempre acabava comigo.
Arthur se afastou assustado e abriu e fechou os olhos algumas vezes, saí de seu colo me jogando ao seu lado na cama, rindo. – Nossa, que recepção. – disse ainda rindo e Arthur se deitou novamente, roubando o travesseiro onde eu estava deitada e cobrindo seu rosto.
- Lu, o que você está fazendo aqui a essa hora? – ele perguntou e sua voz saiu abafada por causa do travesseiro.
- Acho que você já sabe o que quero. – disse e me senti uma grande pervertida por aquilo. Muito, muito, promíscua era como eu estava me sentindo, mas valia a pena. Por Arthur valeria a pena.
- Lu, eu realmente acho que a gente precisa conversar sobre isso. – ele tirou o travesseiro do rosto e me encarou de verdade pela primeira vez naquela manhã. – O que você tem na cabeça para me ligar às três da manha e pedir aquilo? Você é maluca? – ele falou sério e eu tremi na base. Ele não podia dar para trás.
- Arthur, me responde: o que tem de mais no meu pedido? – perguntei sorrindo irônica. - Que eu me lembre é super normal que isso aconteça entre duas pessoas de sexo opostos. – disse, ajoelhando-me em sua cama e o encarando com malícia. – E até do mesmo sexo, mas isso realmente não me interessa. – passei uma de minhas pernas por sua cintura e ele segurou a minha. Não positivamente como eu gostaria que tivesse segurado, mas negativamente, como se quisesse que eu saísse dali.
- Lu... – ele disse me olhando reprovador e eu aproximei meu rosto do seu ainda sorrindo sem mostrar os dentes.
- Eu já disse, – falei em seu ouvido – se você não quiser, – beijei seu rosto e deixei meus lábios a centímetros dos seus – tem quem queira. – ergui meu tronco novamente e saí de seu colo, saindo também da cama. – Lá em casa às sete. – mandei-lhe uma piscadela antes de sair andando em direção à porta e sair completamente do quarto de Arthur.


Arthur on

Eu não sabia por que estava fazendo aquilo, eu realmente não sabia. Mas parecia que meu corpo gritava que sim, que era a coisa mais normal no mundo e minha mente gritava que não. Que aquela ali era a Lu, minha amiga de infância, a garota em quem eu dava apenas uns beijos de vez em quando, nada além disso. Era como se tivesse um anjinho e um capetinha em cada um de meus ouvidos, me confundindo sobre o que eu realmente deveria fazer. A única coisa que eu sabia era que eu realmente não sabia de nada. Mas que eu estava ali, parado na porta da casa de Lua. Com uma tremenda dúvida na minha cabeça sobre se batia na porta e mandava ver. Que termo chulo, horrível! Com Lua não era mandar a ver, não era fazer sexo. Mas também não era fazer amor, acho que não haveria amor naquela relação. Não o amor que se deveria haver, se vocês me entendem. O amor que Lua e eu tínhamos um com o outro era um outro determinado tipo de amor, que agora me confundia , dizendo se eu podia ou não transar com ela. Merda de dúvida infernal. Então segui o instinto, consultando meu relógio: 19h12min. E bati na porta.
- Ate que enfim! – Lua disse quando abriu a porta de casa com um enorme sorriso nos lábios, ela vestia uma regata branca transparente, que deixava bem claro que seu sutiã por baixo era vermelho e seu short, bom, seu short deixava bem à mostra suas belas pernas bem torneadas e bronzeadas e puta merda. Eu realmente tô ferrado. – Você vai ficar aí na porta? – ela perguntou, dando dois passos para trás e me dando espaço para que eu entrasse na casa, e foi o que eu fiz. E então era como se eu nunca tivesse pisado ali antes. Como se aquela casa me fosse uma completa estranha. E como se tudo isso fosse verdade, eu me senti sem graça. Com vergonha, é, meu caro amigo, eu estava morrendo de vergonha. Cocei a cabeça e entrei respirando fundo, eu ainda tentava com minha mente nada fértil arrumar estratégias mirabolantes para que Lua desistisse daquele plano maluco e resolvesse voltar ao planeta Terra, resolvesse voltar ao normal e abandonar aquela idéia de que tinha que transar comigo.
- Lu, você não acha que... – bom, eu tentei falar, juro que tentei, mas no segundo seguinte seus lábios já estavam grudados nos meus e não pude deixar de achar prazerosamente gostosa a sensação de sua língua pedindo passagem por entre meus lábios, e mais que instantaneamente meus instintos começaram a mandar em mim, abandonando por completo toda aquela idéia de fazê-la desistir daquilo. Uma de minhas mãos agarrou sua cintura e a outra segurou os cabelos de sua nuca, trazendo-a para mais perto de mim. Seus braços se jogaram em volta de meu pescoço e começaram a me puxar na direção de algo que logo depois eu descobri ser o sofá. Meu corpo caiu por cima dela e antes que eu pudesse pensar em algo as mãos de Lu já haviam entrado por minha camisa alisando minha barriga e subindo para o meu peito, trazendo a camisa junto com ela. Separamos nossos lábios apenas por segundos para que a camisa nos abandonasse e foi minha vez de explorar seu corpo. Uma de minhas mãos desceu para suas pernas, separando-as para que eu pudesse me encaixar entre elas. Logo em seguida, indo para sua barriga, acariciei essa parte de seu corpo por dentro da camiseta e pude perceber que ela se contraía ao meu toque assim como eu fazia ao dela. Seus lábios se desgrudaram dos meus e passaram para o meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse ainda mais. Segui seu exemplo, descendo meus beijos por seu pescoço e por sua orelha e ela gemeu baixinho, bom, me fazendo ficar louco. Eu já não conseguia pensar em mais nada direito além do que estávamos fazendo ali. Pressionei minha cintura na dela e as suas unhas arranharam minhas costas. Voltei meus beijos para seus lábios e subi sua blusa, parando minha mão em seu seio ainda coberto pelo sutiã. Minha mão o apertou levemente e meu polegar foi descendo vagarosamente por dentro de seu sutiã até chegar ao seu mamilo, que apertei com meu indicador e polegar, fazendo-a arfar baixo. Separei nossos lábios por alguns segundos, tirando a camiseta branca que ela vestia e revelando seu colo coberto apenas pelo sutiã vermelho com babadinho. Ela era perfeita, seus seios nem muito grandes e nem pequenos, apenas na medida certa. Era simplesmente perfeita. Mordi meu lábio inferior ao admirá-la e ergui meus olhos aos seus, Lua me olhava de uma forma diferente. Era um olhar que eu não sabia decifrar ao certo o que significava.
- Acho que é melhor a gente subir. – ela disse e eu concordei com um aceno de cabeça. Segurei firme suas coxas, que se envolveram em minha cintura, e a ergui do sofá, seguindo em direção às escadas. Lua mordia meu pescoço e passava a língua por meu lóbulo, o que dificultava chegar ao quarto, tanto pela sensação deliciosa que seus lábios causavam ao tocar minha pele, deixando o aperto em minha calça jeans cada vez pior, quanto pela vontade que tinha naquele momento de acabar com tudo aquilo ali mesmo. Assim que passei pela porta do quarto de Lua a joguei sobre a cama, tendo me dado ao trabalho apenas de empurrar a porta com o pé. Os nossos lábios voltaram a se encontrar e nossas línguas brigavam como velhas conhecidas, coisa que já eram. Mas daquela vez algo diferente estava no meio e nós sabíamos exatamente o que era. Minhas mãos desceram para suas coxas, subindo uma delas para a altura de minha cintura, e minha mão começou a acariciar sua parte interna. Lua soltou um gemido baixo conforme meus dedos se aproximavam de sua parte íntima. Mas ao invés de tocá-la lá, subi minha mão exatamente para o botão se sua bermuda, abrindo-o e começando a descê-la vagarosamente. Meus beijos desceram para seu pescoço e logo foram para o seu colo, beijei entre seus seios e fui descendo por sua barriga, dando leves chupões. Minhas mãos foram descendo seus shorts até que nos livrássemos deles por completo e então continuei beijando sua barriga e a parte abaixo de seu ventre e eu pude ouvi-la gemer baixinho. Uma de minhas mãos segurou sua calcinha e eu a olhei, ela sorriu, travando um pouco as pernas e me subindo para que beijasse seus lábios. Em um momento de distração Lua inverteu nossas posições, ficando em cima de mim, e sorriu sapeca vindo com o rosto em minha direção, mas não me beijando nos lábios, muito pelo contrário. Ela beijou minha bochecha, a área abaixo de minha orelha e seus dentes se fecharam levemente em meu pescoço, fazendo um arrepio e uma onda maior ainda de tesão invadirem meu corpo. Segurei sua cintura com firmeza e friccionei meu quadril contra o dela, fazendo-a gemer um pouco mais alto do que antes. Sorri com aquilo e novamente friccionei minha cintura à dela, fazendo com que mesmo com roupas ainda nos tocássemos intimamente. Minha cabeça estava a mil por hora, ao mesmo tempo em que eu desejava e queria Lua mais que tudo naquele momento, algo em meu consciente dizia que não era daquele jeito, que aquilo era errado, que aquela ali era a Lu e não uma menina qualquer. Mas, ao mesmo tempo, sua pele em contato com a minha me causavam efeitos. Lu se movimentou sobre minha cintura com mais força, e então subi minhas mãos novamente para seus seios. Com uma adentrando o tecido do sutiã e com outra indo para o fecho na parte de trás, na hora em que iria soltá-lo, ouvimos uma voz vindo do andar de baixo.
- Lua, voltei. – a voz de sua mãe junto com a de seu pai nos chegou aos ouvidos e paramos o que fazíamos no mesmo instante, nos olhando assustados por alguns segundos antes deLua pular de cima de mim atrás de sua bermuda e eu pular da cama assustado.
- Merda. - ela exclamou baixinho enquanto subia a bermuda pelas pernas. – Minha blusa tá lá em baixo. – ela disse de forma desesperada.
- Você tem várias blusas aqui. – disse, apontando para seu guarda-roupa. - A minha blusa esta lá em baixo. – quase gritei desesperado. Não sei o que aconteceria se tio John entrasse naquele momento no quarto e descobrisse o que estávamos prestes a fazer, ele arrancava a minha cabeça. E creio que não seria a de cima, se você me entende. – O que eu vou fazer? – perguntei me sentindo desesperado, eu sabia que algo ia dar errado, aquilo não era para acontecer. Eu estava certo desde o começo. Aquilo não era para acontecer.
- Senta aí. – ela disse, deslizando uma regata verde pelo corpo e me jogando uma almofada. – E tampa isso. – ela disse se referindo ao volume no meio de minhas pernas. - Eu vou dar um jeito de trazer sua blusa antes que eles entrem aqui e perguntem o que você tá fazendo sem camisa. – ela disse, respirando fundo antes de sair do quarto. E eu? Bom eu apenas levei minhas mãos à cabeça, tentando acalmar meu coração, que batia mais acelerado do que o normal, rezando para que Lua conseguisse trazer minha camisa para que seus pais não desconfiassem de nada e tentando decifrar que merda era aquela que eu havia acabado de sentir enquanto nos amassávamos. Porque definitivamente não era algo que eu estava acostumado a sentir, não mesmo. Seus pais chegando foi um sinal, um sinal de que aquilo não era para acontecer. Era errado, eu tentava me lembrar do porquê ser errado, mas eu não conseguia me lembrar. A única coisa que eu sabia era que alguma coisa me convencia de que era assim. Porra, aquela ali era a Lua. E o problema era que agora eu só conseguia pensar em quando eu conseguiria estar com ela daquele jeito de novo.


Lu On:

Desci as escadas com meu coração aos pulos. Eu acho que poderia vomitá-lo a qualquer momento. Minhas mãos tremiam e suavam ao mesmo tempo. Merda, se meus pais desconfiassem de algo eu estava ferrada.
- Oi, pai, mãe. – disse, sorrindo super forçado, vendo que os dois ainda estavam perto da porta de entrada, portanto, não poderiam ver nem a minha e nem a camisa de Arthur jogadas ao lado do sofá. – Vocês não deveriam estar em um avião nesse momento? – perguntei arqueando as sobrancelhas.
- O vôo foi cancelado, só amanhã de manhã. - meu pai disse. - Está sozinha?
- Na verdade, não, Arthur e eu estamos vendo filme e Mel deve estar a caminho. – menti, rezando internamente para que Arthur tivesse a magnífica ideia de ligar a televisão. Vai que meu pai resolve passar no quarto para dar um oi e não vê nenhum sinal dela ligada?
- Ah ta. – meu pai disse, indo em direção às escadas e eu fui em direção ao sofá, empurrando minha blusa com o pé para baixo do sofá e deixando a blusa de Arthur à minha frente, para que em qualquer distração eu pudesse pegá-la e levar para Arthur.
- Vou beber um copo de água. – minha mãe disse, passando por mim, e assim que ela estava de costas eu peguei a blusa de Arthur no chão e subi as escadas correndo acompanhando meu pai.
- Pai, tem um bicho em suas costas. – disse, passando por ele no momento em que ele pisava no último degrau e ia em direção ao meu quarto. Ele parou, olhando para trás, e eu abri à porta, jogando rapidamente a blusa para Arthur.
- Que bicho? - ele perguntou olhando para a parte de trás de suas costas.
- Acho que já saiu, nem sei que bicho, pai. – disse, entrando no quarto com meu pai logo atrás de mim. Arthur já estava com sua camisa e olhava atentamente a televisão, desviando sua atenção quando entramos no quarto para nos dois.
- Fala, Arthur. – meu pai disse, indo em sua direção e o cumprimentando com um aperto de mão.
- Oi, tio John. – ele apertou a mão de meu pai.
- Acho que nunca vou me acostumar com o quanto vocês cresceram. – ele olhou de Arthur para mim. – Arthur, você agora tem até músculos e já faz até a barba. – ele sorriu e Arthur fez o mesmo, mostrando seus lindos dentes em um lindo sorriso Colgate. – Acho que já vou. – ele disse olhando a televisão. – Não quero atrapalhar vocês. – disse. “Você já atrapalhou”, foi o que tive vontade de dizer. E então ele saiu do quarto. Joguei-me na cama, respirando aliviada e começando a sentir a vergonha de olhar para Arthur me dominar. Ele, assim como eu, parecia que estava soltando a respiração prendida desde que meus pais chegaram apenas naquele momento. Pude sentir o peso da cama ao meu lado e percebi que Arthur havia se deitado nela ao meu lado e fitava o teto assim como eu. Nossas respirações formavam uma melodia naquele momento, saindo juntas, e eu não sabia como começar uma conversa.
- Eu acho que vou embora. – ele disse ainda fitando o teto e eu virei vagarosamente a cabeça apenas para que pudesse encará-lo. Mas ele não retribuiu o olhar.
- Amanhã eles devem pegar o vôo, eu não sei o que aconteceu para eles terem chegado assim. – disse e voltei a olhar o teto.
- Lu, você não percebe que isso foi um sinal? Que não era pra acontecer. Não tem nada a ver a gente... – ele se sentou e fez algum gesto com a mão para substituir a palavra transar. – Eu não sei como eu pude aceitar essa sua ideia maluca. - ele passou a mão pelos cabelos.
- Que ideia maluca, Arthur? Você acha que querer que minha primeira vez seja com um cara em quem eu confie e que seja especial pra mim é uma idéia maluca? Não sei nem o que você pensaria se eu resolvesse dar pra qualquer um! – sentei-me também o encarando, mas ele não fez o mesmo. Merda! Por que ele não me olhava nos olhos? Isso já estava começando a me irritar!
- Merda, Lua!Por que eu? Não que eu queira te ver transando por aí com qualquer um, mas, por que eu? Você sempre me mete em roubada. – ele me encarou e eu me arrependi de querer que ele fizesse isso. Senti meus olhos quererem marejar e pisquei algumas vezes. Ótimo, então era aquilo, Arthur só transaria comigo por que se sentia na obrigação? Por que para ele aquilo era uma roubada?
- Desculpa ter te envolvido nisso, eu só queria que minha primeira vez fosse com alguém que fosse especial pra mim e que eu não me arrependesse depois. – disse, levantando-me e indo em direção à porta. – Mas pode ficar tranquilo por que eu não te envolvo mais nisso. – abri a porta, apontando com a cabeça para que ele saísse. Arthur abriu a boca para falar algo, mas ele me conhecia bem o suficiente para entender que palavras não adiantariam nada naquele momento. Ele havia me magoado e a única coisa que eu queria era que ele me deixasse sozinha. Então ele apenas se levantou com um suspiro derrotado e saiu, deixando-me sozinha em meu quarto e com aquela sensação horrível no peito, que a cada respiração parecia apenas crescer.


Arthur On

Eu sou um idiota, eu sei. Não precisa me dizer isso mais uma vez. Mas é que, dude, a Lu é uma garota legal demais, especial demais, para que as coisas acontecessem daquela forma, eu não sei explicar. E eu também não sei por que ela queria aquilo. Você deve estar pensando que eu sou um virgem, frouxa, broxa ou até gay. Não é nada disso. Minha vida sexual é ativa, mas eu não conseguia enxergar a Lu como uma daquelas com quem eu transava, porque ela era diferente. Eu vou dizer uma coisa aqui, mas será a única vez que isso saiu de mim, e se alguém perguntar eu morro negando, mas ela foi/é, a garota por quem eu chego mais perto de ter uma espécie de ‘sentimento’. Eu não estou apaixonado, e nem fui, é só que com ela as coisas eram diferentes, todas as vezes que nos beijamos não foi por falta do que fazer, pode ter sido para ela, mas não para mim. Todas as vezes que beijei Lua não foi porque ela era um rosto bonito que me chamava atenção no momento ou que me atraía. Ele me atraía, sim, mas de uma forma diferente. Era como se eu fosse me arrepender depois se não fizesse, era como se, sei lá, cara. Não era paixão, amor, nem essas paradas todas, eu só gostava dela, e eu gostava mais ainda da sensação que ela me fazia sentir. Do jeito que meu coração batia quando estávamos juntos, do sorriso dela que sempre aparecia em meus sonhos. É só isso, eu gosto dela. Somos amigos e, às vezes, nos pegamos. E eu me senti privilegiado por Lua confiar em mim e me achar especial o suficiente para perder sua virgindade comigo. Mas eu estava com medo, medo de que se a gente fizesse isso despertasse algo a mais em mim, talvez despertasse algo a mais nela. E que no final um dos dois saísse magoado. Esse era o meu medo, de me magoar, e de, principalmente, magoar a Lu.
Mas de certa forma eu já havia magoado. Eu e minha boca grande. Eu e minha estupidez, eu e minha mania de dizer as coisas erradas, nos momentos errados. Bom, mas agora eu tinha que dar um jeito nisso. Na realidade, eu precisava dar um jeito nisso.


1 hora e vinte minutos depois...


Ela não estava em casa, não estava no Chay, não estava na Mel e nem na casa de nenhuma outra amiga que eu pudesse conhecer. Mas que merda! Eu deixei que minha cabeça batesse no volante do carro. Onde diabo Lua poderia ter se metido? Eu pensava enquanto batucava o volante no ritmo da música que tocava. E, como se uma luz me iluminasse naquele momento, a resposta me veio à mente. Liguei o carro e segui meu destino, aquela era minha última opção. Caso a Lu não estivesse mais lá, eu sinceramente não saberia mais onde procurar. Parei o carro, descendo em uma pracinha onde alguns casais namoravam sob a brisa da noite e alguns amigos conversavam sentados na grama. Foi quando, balançando-se em um dos balanços com o fone no ouvido e olhando o céu, eu a vi. Seus cabelos se mexiam conforme o vento proporcionado pelo balançar e ela parecia mais linda do que qualquer outra vez que eu já a vira. Sorri para mim mesmo antes de me aproximar e me sentar no balanço ao seu lado, Lua se assustou por um breve momento, abaixando a cabeça e me encarando, antes de voltar sua atenção novamente para o céu.
- Desculpa. - eu disse, mas não soube se ela me ouviu devido aos fones e então comecei a olhar o céu, assim como ela. O céu parecia particularmente bonito naquele dia. As estrelas pareciam estar brilhando mais que o normal e a brisa fresca que passeava pelos nossos corpos parecia dar um tom diferente àquela noite. – Eu não queria dizer que a gente transar era uma roubada, é só que essa idéia me assustou um pouco, Lua, você de longe é igual as meninas que eu estou acostumada a ficar. – disse, lembrando em seguida que nós ficávamos. – Desse jeito que eu quero dizer. Você é diferente, você é especial, e eu me sinto feliz que você tenha escolhido a mim pra isso. – disse e então a fitei. Ela me encarava com um meio sorriso nos lábios e eu não pude impedir que um se formasse nos meus também. – Se é especial para você, é pra mim também, lembra? – eu disse, estendendo-lhe a mão e a lembrando de uma promessa besta que fizemos quando ela, Thiago, Mel e eu nos embebedamos pela primeira vez.
- Lembro. – ela disse sorrindo e segurando minha mão estendida. Beijei sua mão e a puxei para que se levantasse, fazendo o mesmo. E a vi respirar fundo.
- Vamos? – perguntei arqueando a sobrancelha. Ela parecia pensativa, nem parecia a mesma Lua tão animada. Ela parecia nervosa.
- Vamos. – disse por fim sorrindo, antes de me puxar para o carro, eufórica. E não pude deixar que um sorriso se formasse em meus lábios quando entramos em meu carro e a primeira coisa que ela fez foi me dar um selinho. Definitivamente a Lua me fazia sentir coisas boas.


Lu on

(Coloque a música pra tocar)


Arthur e eu entramos em sua casa e ela estava completamente às escuras. Respirei fundo, meu coração parecia uma britadeira e minhas mãos, duas pedras de gelo, eu estava tremendo. Meu nervosismo era tanto que nem parecia que estivéramos perto de fazer a mesma coisa mais cedo.
- Seus pais não vão chegar? – perguntei olhando para os lados com medo de que a mesma coisa de mais cedo acontecesse de novo.
- Não, eles estão na casa de uns amigos e só voltam no domingo à noite. – ele disse e me guiou até as escadas. Nossas mãos estavam entrelaçadas e eu sabia que Arthur podia senti-las tremer. Ele passou seu polegar lentamente por elas como se quisesse me acalmar e me olhou com um sorriso nos lábios, não pude deixar de retribuir e sentir minha respiração falhar.Arthur, por muito tempo, havia sido meu objeto de desejo, o cara que sempre estivera em meus sonhos, o cara que sempre me fazia querer sorrir, o cara que fazia meu coração acelerar, o cara pelo qual eu sempre fora totalmente apaixonada.

You don’t want me, no
(Você não me quer, não)
You don’t need me
(Você não precisa de mim)
Like I want you, oh
(Como eu quero você, oh)
Like I need you
(Como eu preciso de você)

Arthur parou de frente ao seu quarto e sorriu antes de abrir a porta e dar passagem para mim. Ainda de mãos entrelaçadas entrei em seu quarto e não pude deixar de sorrir ao olhar como estava. Varias pétalas de rosas estavam espalhadas pela colcha agora vermelha que a cobria. A única luz que iluminava o quarto vinha de um abajur em forma de coração vermelho, o que dava um tom romântico às coisas. Virei-me para ele e não pude achar palavras para dizer algo. Então apenas passei os braços em volta de seu pescoço, aproximando nossos lábios para um beijo.
- Tudo que for especial pra você, sempre vai ser especial pra mim. - ele disse, passando seus braços por minha cintura antes de selar seus lábios aos meus.

And I want you in my life
(E eu quero vocÊ na minha vida)
And I need you in my life
(E eu preciso de você na minha vida)

Nossas bocas se abriram e nossas ínguas brincaram como as velhas conhecidas que eram. Nosso beijo era calmo, como se tivéssemos todo o tempo do mundo, como se nada mais importasse naquele momento. Na realidade, para mim nada mais importava do que a sensação que seus lábios nos meus e agora em meu pescoço me fazia sentir. Minhas mãos desceram por suas costas o arranhando de leve e ele levou seus beijos de meu pescoço atá minha orelha, depois minha bochecha, minha testa, meus olhos, meu nariz, até chegar aos meus lábios, onde depositou um selinho. Suas mãos tocaram minhas costas por dentro da blusa e minha pele se arrepiou ao seu toque. Logo elas subiram, trazendo junto minha blusa. Separamo-nos por segundos para que ele pudesse tirá-la, e eu fiz o mesmo com a dele, podendo enfim sentir sua pele nua tocar a minha.

You can’t see me, no.
(Você não pode me ver, não)
Like I see you
(Como eu vejo você)
I can’t have you, no
(Eu não posso ter você, não)
Like you have me
(Como voce me tem).

Arthur foi me guiando vagarosamente atá sua cama, onde ele me deitou com cuidado, voltando a me beijar enquanto nossas mãos exploravam uma o corpo do outro. O momento não poderia ficar mais perfeito. Arthur estava fazendo tudo ficar mais especial, pela forma que ele me tratava, pela forma que ele me tocava, ele não sabia, mas estava me marcando mais que nunca. Marcando-me pela forma de me olhar, pela forma de me tocar. Pela forma de naquele momento me amar.

And I want you in my life
(E eu quero você na minha vida)
And I need you in my life
(E eu preciso de você na minha vida)

Suas mãos deslizaram por minha barriga e eu a contraí, elas seguiram até o botão e eu não pude deixar de contraí-la. Elas desceram até o botão de meu short e o abriram. Arthur desceu seus beijos novamente por meu pescoço, por meu colo, por meus seios ainda cobertos pelo sutiã, por minha barriga até chegar à barra de meu short. Ele foi descendo distribuindo beijos por minhas coxas, por minhas pernas, até chegar ao meu pé. Ele se ajoelhou na cama entre minhas pernas e eu me sentei, juntando seus lábios aos meus enquanto minhas mãos desciam por sua barriga até encontrarem seu cinto, que eu abri, fazendo com que a bermuda descesse mais que instantaneamente. Arthur me deitou novamente na cama, livrando-se por completo da bermuda antes de se deitar sobre mim. Eu ergui minha perna, encaixando-a em sua cintura, fazendo com que nossas intimidades se roçassem e um gemido fraco escapasse de minha garganta. Eu sentia meu corpo latejar pedindo pelo dele, pelos toques dele, pelos beijos dele, por ele.

You can’t feel me, no
(Você não pode me sentir, não)
Like I feel you
(Como eu sinto você)
I can’t steal you, no
(Eu não posso te roubar, não)
Like you stole me
(Como você me roubou)


Nossos corpos de movimentavam como se estivéssemos em sincronia, em uma transa com roupas, e eu gemia cada vez mais alto, conforme Arthur intensificava a força da pressão entre minhas pernas. Suas mãos já seguiam para o fecho de meu sutiã, que ele abriu sem mais delongas e jogou para longe de nós, deitando-me exposta. Senti todo meu corpo mais quente e particularmente meu rosto, quando ele ergueu seu rosto para me encarar e abriu um sorriso ladino. Ele passou o polegar por meus lábios, aproximando-se novamente de meu rosto. mas seguindo para minha orelha.
– Você é linda. – foi o que ele disse antes de morder meu lóbulo e descer seus beijos em direção aos meus seios. Meu corpo parecia se movimentar sozinho contra Arthur. Finquei minhas unhas em suas costas ao sentir sua língua em meu seio. Era simplesmente uma sensação que eu não conseguia descrever. Senti mais um gemido se escapar de meus lábios quando sua boca alcançou o outro. Sua língua quente fazendo o contorno de meu bico, mordendo e sugando de leve. Desci minha mão por sua barriga até adentrar sua boxer, sentindo seu membro rijo. Fechei minha mão em volta dele, sentindo seu cumprimento e começando a movimentá-la, arrancando um gemido longo de Arthur. Suas mãos desceram novamente por meu corpo até chegarem à barra de minha calcinha, que ele tirou lentamente enquanto me beijava dessa vez nos lábios. Em menos de segundos, sua boxer já havia feito o mesmo caminho que minha calcinha. E Arthur se preparava para entrar em mim.
- Eu não quero te machucar. – ele disse no pé de meu ouvido, beijando-o em seguida.
- Você não vai. – disse, virando seu rosto para me encarar e selando seus lábios aos meus enquanto ele lentamente entrava em mim. Não teve dor como eu previ. Era como se o corpo deArthur tivesse sido feito para se encaixar perfeitamente ao meu. Como se sempre tivesse que ser assim.

And I want you in my life
(E eu quero voce na minha vida)
And I need you in my life
(E eu preciso de voce na minha vida)


Eu não precisava de palavras para expressar o que estava sentindo no momento porque acho que não existiam palavras que descreveriam aquilo. Eu amava Arthur, isso nunca fora uma dúvida em minha mente. E agora ele estava dentro de mim, me marcando de forma que eu sabia que nenhum outro homem poderia fazer. Só ele me fazia sentir daquele jeito. Só ele me tocava daquele jeito, e era só a ele que eu queria pertencer.


Arthur on:


Acordei sentindo o cheiro de Lua em mim e sorri ainda sem abrir os olhos, procurando por seu corpo na cama. Mas não o achei. Abri os olhos, sentindo-os afetados pela claridade causada pelo sol que já entrava pelas frestas das cortinas e olhei em volta. Nada dela. Sentei-me na cama, procurando por minha boxer, e logo a achei jogada perto de meus pés. Vesti-a e me levantei, indo em direção ao banheiro, fazendo minha higiene matinal e saindo dali minutos depois para ver se achava Lua. O que não aconteceu. Ela não estava em nenhum cômodo da casa. Então voltei para o meu quarto. Foi aí que vi que havia um papel diferente. Um papel que não estava ali antes, em cima da mesinha ao lado da minha cama, quando cheguei mais perto pude reconhecer a caligrafia. Era a letra de Lu. Peguei a folha dobrada e a abri, lendo o que estava escrito em seguida.



Arthur.



Você não deve estar entendendo o motivo dessa carta estar aqui, e pra dizer a verdade eu nem sei como começar a explicar, nunca fui muito boa com palavras quando elas tendem a explicar o que sinto, mas vou tentar ser bem clara aqui para que não lhe reste dúvidas. Por muito tempo eu procurei palavras para explicar o que eu sinto por você, mas não as achei, não achei palavras que pudessem dar a intensidade devida aos sentimentos que eu tenho, a como eu me sinto por você. Acho que elas – essas palavras – se perderam com toda coragem de dizer o que sinto por você pessoalmente e com a coragem de dizer o porquê de tudo isso pessoalmente. Você deve ter se perguntado milhares de vezes por que eu te liguei de madrugada e te fiz um pedido como aquele, não que não fosse de meu feitio fazer coisas malucas, mas acho que um pedido desses já é um pouco de exagero. Mas eu acho que exagero nenhum vai ser comparado às milhares de sensações que senti ao ter seu corpo junto ao meu. Ao ver você me olhando daquela maneira, ao te ter dentro de mim, não que você já não estivesse, porque há muito tempo você já esta dentro de mim, em meu coração, em meus pensamentos. Em cada sonho, há muito tempo você já é um dos motivos de minha alegria. Desde a primeira vez que nos beijamos, para ser mais exata. Desde aquele dia eu senti que algo havia se transformado dentro de mim, e que alguma coisa parecia crescer cada vez mais. Mas, como eu disse, minha coragem de te dizer como me sentia estava perdida em algum lugar me impossibilitando de te dizer algo, de te fazer entender. Acho que você me conhece bem o suficiente para saber que não decidiria perder minha virgindade só porque os outros já perderam. Você sabe muito bem que não sou assim. Mas um motivo me levou a recorrer a esse método maluco – do qual eu não me arrependo em instante algum – eu estou de mudança, na realidade não apenas eu, mas meus pais também. Meu pai aceitou uma proposta de emprego em outro país, que não havia como ser rejeitada, e então estamos levando nossas vidas para lá. Seus pais sabem, mas eu pedi que não comentassem nada com você. Porque eu queria falar pessoalmente. Você sabe muito bem que detesto despedidas, então assim como para você, deixei uma carta explicando da minha mudança para Thiago e Mel, que também não sabiam. Me dói saber que daqui a algumas horas estarei em outro país longe das pessoas que mais amo, sem saber quando vou vê-las de novo. Eu iria te dizer pessoalmente que viajaria, mas você estava dormindo com um sorriso nos lábios e eu senti que era incapaz de me despedir de você hoje de manhã. Queria guardar a sua imagem em minha mente, fazer uma tatuagem em meu cérebro para que eu jamais me esquecesse de você ali. E, bom, esse foi o meu motivo de fazer esse pedido maluco, eu queria te levar em mim. Eu queria você em mim, eu queria encontrar uma forma de jamais te esquecer, Mesmo já sabendo que isso é impossível. Eu não sei quando nos veremos novamente. Ou se nos veremos. Meu vôo sai daqui a uma hora e quinze minutos e meus pais já estão ligando desesperados para o meu celular. Era para eles terem viajado ontem e eu iria apenas hoje de manhã, mas eles acharam que eu daria pra trás e resolveram me esperar. E eles estavam certos. Depois da noite que passei com você, acho que seria quase impossível eu tomar coragem e partir daqui se não fossem eles me ligando e mandando mensagens ameaçadoras de morte. Eu provavelmente ainda estaria deitada em sua cama, sentindo o seu cheiro e decorando cada centímetro de seu rosto para que eu nunca pudesse esquecer, mas nem sempre as coisas acontecem como queremos, né? Bom, então é isso. Sentirei sua falta em cada segundo que estiver longe. Espero que não se esqueça de mim. Eu te amo.


Com carinho,



Lu

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