Cheguei ao hospital, falei com a recepcionista e fiz o
caminho que já havia feito algumas vezes naquela semana.
- Hey... Está melhor? – perguntei baixinho, como se
estivesse com medo de acordá-la – Sabe que dia é hoje? Se pensou que hoje é o
meu aniversário, acertou... – sorri – Eu queria tanto que você estivesse bem
para comemorar com a gente. Eu realmente pensei que todos tinham se esquecido,
mas não... – ri – Eu falei com a Soph hoje de manhã e ela agiu normalmente, mas
aí quando eu fui até a ‘faculdade’ ela e o Harry estavam lá. Eles haviam
preparado uma surpresa para mim. – sorri novamente – Não só eles, claro, mas o
pessoal lá da sala também... Eu não poderia desejar amigos melhores que eles
dois... Espero que fique bem logo. Eu te amo. – disse e dei um beijo em sua
testa, como vim fazendo há alguns dias.
- Então quer dizer que hoje é seu aniversário? – deu um
pequeno pulo por causa do susto que aquela voz tinha me causado. Olhei para
trás e vi que era Arthur. Suspirei aliviada.
- Está aí há quanto tempo? – perguntei.
- Não muito. – ele respondeu e sorriu. Ele deveria ser
proibido de sorri, talvez assim eu não ficasse com uma cara de boba olhando
para aquele sorriso perfeito. – Mas então, você não me respondeu. Hoje é seu
aniversário?
- É...
- Está aqui desde que horas?
- Acho que desde as quatro.
- São sete agora. Você deve estar cansada – concluiu – O que
acha de passear pelo jardim daqui? Não é muito grande, mas é uma boa distração.
Ele estava me chamando para sair?
- Você vai comigo?
- Se você aceitar minha companhia...
Ele me chamou para sair.
- Então vamos. – sorri – Hm, você se importa de esperar um
pouco lá fora? Só um minuto. – sorri fraco. E sim, eu estava expulsando-o do
quarto.
- Você está me expulsando? – perguntou divertido – Tudo bem.
Estarei no corredor.
- Tenho que ir agora, mãe. – disse baixinho após Arthur
sair. Eu não me sentiria confortável
falando com a minha mãe sendo que
uma pessoa estava observando. – O Arthur me chamou para dar um passeio aqui
pelo jardim do hospital. Meio surreal, não é? Tudo bem se você não acreditar,
porque nem eu estou acreditando direito.
– ri baixinho. – Deseje-me sorte; não posso falar bobagens. – dei um beijo em
sua testa e saí da sala.
- Vamos? – ele perguntou assim que eu saí da sala.
- Aham!
Depois de passar na lanchonete do hospital e pegar dois
cafés, eu e Arthur fomos para o jardim.
Ele era lindo, e agora sim eu entendo porque ele disse que seria uma boa
distração. Eu deveria estar com a minha
máquina; aquela paisagem daria uma bela
fotografia.
- Gostou? – ele perguntou tirando-me do meu pequeno transe.
- Aqui é lindo. – respondi e ele sorriu. Acho que a minha
resposta o agradou.
- Então, Lua, o que você faz? Estuda, trabalha? – perguntou
- Atualmente estou fazendo um curso de fotografia. Aliás,
preciso vir aqui mais vezes para fotografar esse jardim.
- Daria uma bela foto...
- Pensei nisso. – disse sorrindo. – Então, resolveu seus
problemas? – perguntei e sua expressão ficou confusa. – Naquele dia que você
estava entrando na cafeteria, nos
esbarramos e você disse que estava com alguns problemas. – expliquei.
- Ah... Boa parte deles foram resolvidos. – sorriu fraco.
- Doutor? Doutor, rápido! O paciente da sala 524 teve
um infarto. Precisam de você agora! – uma enfermeira chegou gritando.
- Desculpa Lua, tenho que ir. – disse ele e saiu correndo
junto com a enfermeira.
- Tudo bem... – eu falei, mas ele já estava longe demais
para ouvir.
Cadê a fics ?
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