CAPÍTULO 10 Parte 6-
RESGATE
Abri o armário e peguei as algemas, as correntes e o
chicote. 
- O que foi que eu fiz? 
- Por que pergunta isso, Lua? 
- Vai me algemar novamente? 
- Isso não é pra você. É pra Soph... 
Lua POV 
Eu acho que morri. Morri por dentro. Então era isso que
Sophia queria com Arthur? Pedir que usasse aquilo tudo com ela? Eu percebi como
ficou entusiasmada com tudo aquilo, mas não imaginei que chegasse a esse ponto.
Ela sabia que eu gostava do Arthur. 
- Onde está Soph? 
- Disse que ia tomar um banho. 
Arthur estava de costas pra mim, arrumando os
acessórios. 
- Vou tomar um banho também. 
Arthur entrou no banho e senti meu rosto molhado de
lágrimas. Não pensei que Arthur fosse tão fácil assim. Logicamente eu acreditava
que ele me amava. Apesar dele ter dito que nunca foi um dominador, eu sentia
que aquilo estava entranhado nele. Ele pode até não ter percebido isso. Mas ele
era um dominador nato. E se Sophia pediu isso a ele, Arthur não negaria. Eu já
li muito sobre isso. Fazia parte do dominador proporcionar prazeres
indescritíveis a quem tivesse disposto a receber. E Sophia me pareceu muito
disposta. Arthur saiu do banho, vestindo apenas o calção do pijama de seda.
Estava sem camisa e algumas gotas de água escorriam do seu cabelo, descendo
pelo peito. Foi até a porta da varanda e a fechou. Só então olhou para
mim. 
- Estava chorando? 
- Não. 
Ele se aproximou de mim com ar preocupado. 
- Diga a verdade, Lua. Está se sentindo bem? 
- Estou Arthur. Já disse. 
- Então porque estava chorando? 
Eu não me aguentei. Sentei-me na cama e o
encarei. 
- Seja sincero, Arthur. O que Sophia te pediu? 
- Hã? 
- Sophia pediu para que você... Usasse isso com
ela? 
Apontei para os acessórios. Parecia que deu um estalo
em sua cabeça. Eu vi o entendimento tomar conta do seu rosto. Ele se levantou
calmamente. 
- Então... É isso o que pensa? Que Sophia pediu que eu
a dominasse? 
- Você disse que isso seria para ela. 
- Sim, mas eu não disse que eu iria usar isso com
ela. 
- Mas eu pensei... Então... 
Sua cara não era das melhores. Ele parecia
chateado. 
- Você me magoa, Lua. Depois de tudo o que eu te
disse? 
- Eu sei que me ama, mas...
Ele voltou para o meu lado da cama e me segurou pelos
cabelos. Meu corpo estremeceu. Forçou-me a olhar em seus olhos. 
- Agora escute aqui, Lua. Eu amo você. E estou amando
dominar você. Ver você totalmente entregue a mim. Adoro foder você. 
Ele sacudiu minha cabeça. 
- Entenda isso. Tudo o que eu desejo se resume a você.
E... Lua? Eu sou homem de uma mulher só. 
Ele me soltou com violência e saiu de perto de mim.
Pegou as algemas e o chicote. 
- O que vai fazer? 
- Você me deixou muito chateado, Lua. 
Seus olhos estavam escuros. Ele batia levemente o
chicote em suas mãos e caminhava em minha direção. 
- Acho que Soph pode esperar um pouco. 
- O que quer dizer exatamente? 
Eu me encolhi um pouco na cama. 
- Soph queria que eu emprestasse isso a ela... Para que
ela convencesse o Micael a usar com ela. 
- Micael? 
- Mas acho que ela pode esperar um pouco. 
- Por... Por que? 
Ele estava muito próximo e eu podia ver aquele brilho
dominador nos olhos dele. 
- Por que você merece ser castigada, bebê. Por duvidar
de mim. Por ousar pensar que eu tocaria em outra mulher. Por ousar pensar que
eu desrespeitaria meu amor por você. 
Ele girou o chicote nas mãos. 
Eu era uma puta safada mesmo. Sentia meu sexo
encharcado com isso. 
- Quantas chibatas acha que merece antes de ser fodida
por mim? 
Não respondi. 
- Vire-se. 
Eu engoli em seco. Meu pai... Eu não iria sobreviver a
isso. Como não me movi, Arthur me segurou pela cintura com apenas uma das mãos
e me virou na cama. Pegou meus pulsos e os algemou na cama. Seus dedos
deslizaram desde minha nuca ate pouco abaixo da minha bunda. 
- Eu já volto, bebê. 
Só ouvi o barulho da porta se fechando. Não sei quanto
tempo se passou. Sei que Arthur voltou rápido. Senti suas mãos em meu
tornozelo. Deixou-me completamente aberta pra ele. Senti sua respiração se alterar
um pouco. Alguma coisa macia, que não era sua mão deslizava em meu corpo. Virei
um pouco à cabeça para ver o que era. 
- O que é isso, Arthur? 
- Um chicote... Giratório? 
- Giratório? 
- Sim...
Ele deslizava o chicote lentamente pela minha
pele. 
- Não sabe como está magnífica assim, bebê. Tão aberta
e pronta pra mim. Um dedo deslizou em meu sexo e eu sufoquei um gemido no
travesseiro. 
- Seus gemidos me excitam ainda mais, Lua. Não ouse
escondê-los de mim. Eu cuidei para que essas paredes fossem revestidas. Mais
dois dedos dentro de mim e eu gritei. 
- Isso... Grita... Ninguém vai te ouvir. Mas guarde um
pouco do seu fôlego. - Eu planejo foder você a noite inteira. E
consequentemente, você irá gritar a noite toda... Implorando por mim. 
Eu não ousava falar nada. Eu sabia que tudo o que ele
dizia era verdade. De fato, eu já estava quase implorando por ele. A simples
presença dele ao meu lado, sua respiração em meu pescoço... Sem contar seus
dedos se movendo dentro de mim já eram suficientes para me deixar alucinada.
Seus dentes cravaram em meus ombros. 
- O que eu farei com você primeiro hein,
bebê? Acho que primeiramente vou deixar meu amigo brincar com você... E só
depois vou me enfiar dentro de você. 
Amigo?
Que porra Arthur estava falando agora?
Creditos: Elly
Martins



MAIS
ResponderExcluirÉ...por favooooooor!
Excluir