Designer Image Map

terça-feira, 25 de março de 2014

Boss

Capítulo 7 p.1- Recepção.

- Alô? - perguntei com uma voz arrastada.
- Garota, onde diabos você está? Chay está para ter um freak out! Você nunca se atrasa para a impressão... 
- Nossa, eu estou realmente tão atrasada? Que horas são, pelo amor de Deus? - perguntei enquanto tentava me enxugar, prendendo o celular ao meu ouvido com o ombro.
- São 11 horas, Lua. - ouvi a voz de Emily dizer com desdém. Merda, havia me atrasado demais. Era para estar lá há uma hora, dessa vez havia motivos para que Chay quisesse cortar minha cabeça e jogar fora. Pensei bem, talvez aquele fosse o escape que eu tinha para esfregar na cara dele que eu sou humana e preciso dormir, descansar e comer; coisa que estava difícil de ser feita com ele me entupindo de trabalho.
- Damn. Ok, eu vou passar em ca...
- Nem pense nisso. Eu nem quero imaginar onde você está, venha já pra cá! - Emily exclamou - AGORA, Lua. Estou sofrendo aqui, pelo amor de Deus.
- Tudo bem, tudo bem... Em quinze minutos eu chego. Beijos. - Cuspi as palavras e desliguei, passando a prestar atenção no que estava fazendo. De repente, duas mãos envolveram a minha toalha e passaram a comandar o tecido fofo sobre meu corpo.
- Se enxuga direito, Lu. - ouvi a voz dele soar rouca em meu ouvido. Dei uma risadinha meio desesperada.
- Que susto, chefe! - exclamei sorrindo e em seguida virando o meu corpo para ele. Thur - é, agora não é mais Arthur, é só Thur - fez com que suas mãos deslizassem pelo meu corpo, por cima da toalha, cobrindo-me numa cautela indigna de sua fama. Ou talvez fosse digna, já que sendo tão galinha e metido a 'putão', deveria tratar mulheres muito bem. Eu só precisava pensar nisso para cair na desilusão, a terrível e inevitável desilusão. Demorei um pouco para levantar meu olhar para ele e me arrependi de ter demorado; a visão que adquiri era a própria encarnação de doce e maravilhoso Deus Apolo. Dei de cara com um sorriso torto e olhos Castanhos que brilhavam, ofuscantes; cabelos molhados que caíam em sua testa e lábios vermelhos, pelo contato com a água quente do chuveiro. Um sorriso involuntário fez meus lábios contrairem e eu passei a enlaçar meus braços em volta do seu pescoço.
- Quem foi que ligou? - ele perguntou, encostando nossas testas e roçando nossos narizes.
- Hum...Foi Emily. Parece que eu vou levar uma boa bronca hoje, e com razão.
- Bronca? De quem? Por quê? - senti sua testa teimar em enrugar. Dei-lhe um selinho rápido e separei-me um pouco, passando meus dedos pela sua pele enrugada, tentando relaxar aquelas feições.
- Primeiro, relaxe. Quem devia estar estressada sou eu. - Ele sorriu - Assim está melhor. Bronca de seu sócio, Chay, por ter me atrasado em mais de uma hora para comparecer à impressão da revista hoje.
Suspirei fundo e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, voltei a falar.
- Preciso que você me arranje roupas decentes. Uma calça jeans que eu possa cortar e uma blusa social que eu possa dobrar.
- Lu... Minhas roupas não vão dar em você. Vão ficar folgadas e grandes, suponho.
- Eu vou tentar fazer uma mágica. - disse me desvencilhando de uma vez de seus braços, com um pouco de resistência. - Aproveite e me arranje uma tesoura.
Thur me olhou assustado e começou a dar passos para trás em direção a um enorme armário.
- A maior calça que você tiver! E uma boxer! - Pedi vendo-o se abaixar para abrir as gavetas, resmungando baixo enquanto buscava o que eu pedia. Dirigi-me e sentei em sua cama maravilhosamente fofa, alisando o lençol fino com a ponta dos dedos, procurando não me preocupar com o que me aconteceria assim que chegasse ao trabalho naquele dia.

10 minutos depois...

Encarava minha imagem ao espelho. A calça masculina havia sido cortada a ponto de formar uma mini-saia; a blusa xadrez, vermelha e preta, foi dobrada, formando um blusão estilo country. Meus cabelos molhados haviam sido penteados para trás - paciência nunca fora meu forte - e meu rosto estava limpo e estranhamente claro: sem olheiras, marcas de expressão, linhas que pudessem entristecê-lo. Meus pés estavam com os mesmos scarpins do dia anterior, negros e sujos.
Quando me virei de costas para o espelho, dei de cara com Thur já vestido, parado, estático à minha frente com uma expressão boquiaberta. Vestido daquele modo sexy de sempre: calça, sapatos e blusa sociais - a blusa com os primeiros botões abertos. Aproximou-se de mim com um sorriso tarado nos lábios e sussurrou um 
'uau' perto do meu ouvido, fazendo-me estremecer com o sopro do seu hálito quente. Beijei-lhe a bochecha, deixando escapar um risinho.
- Você vai me deixar lá? - perguntei me afastando e pegando minha bolsa, colocando-a sobre o ombro.
- Vou com você.
- M-mas não é necessário... É rapidinho que a gente faz a impressão e... - passei a me embolar com as palavras. Imaginei como seria quando Chay, digo, Senhor Suede nos visse de mãos dadas. As imagens eram catastróficas, principalmente aquelas que indicavam o Suede mais rude, arrogante e exigente. Meu corpo reclamou com essa conclusão. Eu estava cansada demais, não suportaria mais aquela jornada estúpida de trabalho.
- Não vou atrapalhar, juro. Além do mais, se eu tiver lá, Chay será menos chato com você. - Thur
- Isso se você não ajudá-lo a ser insuportável.
- Bem...Desculpe-me por aquilo. É que você irritada fica uma... - aproximou-se e apertou minhas bochechas - gracinha!
Não controlei uma risada debochada.
-Ah, ótimo, que divertido encher o meu saco. WOW! - falei transbordando ironia, gesticulando com um sorriso sarcástico. Ele riu e eu o fulminei com o olhar.
- Calma Lu, agora eu já encontrei outro jeito de achar você uma gracinha. - arqueei uma sobrancelha - Quando você sorri por minha causa. Quando seus olhos brilham de malícia e, principalmente, quando você está com vergonha... - abaixei a cabeça, sorrindo sem graça - como agora.
Thurlevantou o meu rosto pelo queixo, aproximando nossos rostos enquanto eu ainda tinha um sorriso bobo nos lábios. Beijou-me logo em seguida; lentamente, deliciosamente. Minhas mãos seguravam seu rosto e as dele dançavam pela minha cintura, subindo e descendo, apertando; logo aquelas mãos fizeram um trajeto malicioso e meus braços apressaram-se em contornar seu pescoço, puxando-o mais para perto e fazendo-nos ofegar com um beijo mais rápido e selvagem. As coisas estavam começando a esquentar novamente quando algo tremeu entre nossos corpos.
- Merda. - Resmunguei, pegando o celular do bolso da frente da saia. Assim que o tive em mãos, ele parou de tocar. Uma mensagem recebida. Visto que a remetente era Emily, já imaginava o que estava escrito na mensagem, então simplesmente ignorei, colocando o celular dentro da bolsa. Levantei um olhar significativo para Thur, inspirei o ar para reanimar meus pulmões ainda enfraquecidos com o beijo e então murmurei: - Precisamos ser rápidos.
Thur puxou-me pela mão, guiando-me para fora da sua grandiosa casa. Sentia-me perdida vendo tantos cômodos passarem por mim, tantas portas, tão indiscriminadamente. Poupei elogios e até mesmo comentários, fazendo com que chegássemos à garagem em silêncio. O cheiro incômodo de dióxido de carbono não me impediu de suspirar quando avistei uma 
Land Rover LRX branca, reluzente por entre a pouca iluminação da garagem.
- Wow. - deixei escapar; completamente insana para alisar o capô daquele carro majestoso - É linda - Acrescentei, saindo do estado de choque e me aproximando vagarosamente do carro. Consegui tirar os olhos da Land Rover para reparar mais duas luzes que ofuscavam meus olhos: Um 
Jaguar XF negro e uma Mercedes prata dignas de um executivo prepotente e um rapper milionário, respectivamente. Estava completamente confusa: como assim ele tem três carros divinos e eu ando de metrô? Que mundo injusto, pensei.
Virei-me para Thur com meus olhos brilhantes e percebi que os seus estavam da mesma forma e não era pelos carros. Não, o mundo não é tão injusto. Sorri para ele e ele retribuiu largamente, murmurando um 'obrigado' e passando ao meu lado, abrindo a porta da Land Rover. Com meus olhos dividindo atenção entre olhos Castanhos tentadores e carros reluzentes, dirige-me ao carro e sentei no confortável banco de couro. Thur fechou a porta e correu, dando a volta pelo carro e entrando, fechando a porta e rapidamente colocando a chave na ignição, ligando o motor daquela maravilha terrena.
O ronco do motor soou como adorável melodia aos meus ouvidos, eu adorava a potência das máquinas. De todas elas. Inclusive de Thur.
Suspirei e vi o meu chefe ligar o rádio e, com um controle remoto, abrir o portão da garagem; deu de ré e logo estávamos a caminho da Revista Music London.

O trajeto foi praticamente silencioso. Além do som do motor do carro, eu só ouvia outros dois sons: o rádio, que tocava novos hits; e o som da respiração calma de Arthur, que eu fazia questão de me concentrar para ouvir.
De repente, enquanto esperávamos uma das últimas sinaleiras até o grande prédio da Revista, Thur rompeu o silêncio, sua voz um pouco afobada.
- Do que você tem medo, afinal?
Olhei para ele, que tinha os olhos fixos no horizonte. Seu perfil explicitava a seriedade de sua expressão e também a intenção sincera daquela pergunta.
- Eu... Não tenho medo de nada. - respondi veemente.
- Mas você hesitou que eu viesse. Se você naõ quiser mais, a gente... - suspirou - a gente simplesmente esquece o que aconteceu. Eu...
- Cala a boca, Aguiar. Não fala merda. - disse franzindo a testa. Thur virou o rosto para mim, relaxando seus olhos Castanhos abundantes nos meus. - Eu
não quero terminar com isso.
Minha frase pareceu um pouco infantil depois que a analisei novamente. Mas aquela era a verdade. Não queria me separar dele. Gostava dele, ele me fazia um bem imensurável; eu tinha criado uma dependência pelo meu próprio chefe. Que tipo de funcionária sou eu, relacionando-se de tal maneira com seu próprio chefe, envolvendo-se inconseqüente, como uma adolescente? Poderia ser ridículo, mas eu não iria abrir mão dele. E como uma criança birrenta, repetiria: 
não quero, não vou, daqui ninguém me tira. Consciência, você não é minha mãe. 
Os olhos dele ainda estavam confusos, as sobrancelhas juntando-se no meio da testa.
- Então o quê? - perguntou.
- Então o sinal abriu e tem gente buzinando. - interrompi a tensão da conversa, deixando que a realidade fora do ambiente me impedisse de falar algo impensado.
Talvez o momento mais tenso foi a guerra de palavras que se fazia na minha mente; eu tinha que saber falar as coisas sem que ele sequer cogitasse qualquer paixonite aguda pelo Senhor Chay Suede por mim (e vice-versa).
Assim que o carro estacionou, tomei ar; Thur tirou a chave da ignição e antes que ele saísse do carro bruscamente - talvez batendo os pés - segurei seu braço com força, chamando sua atenção.
- Você se lembra do que o seu sócio fez comigo durante essa semana?
- Então ele é o problema? - interrompeu.
- Shhh... - coloquei o dedo indicador sobre seus lábios macios - Apenas diga 'sim' ou 'não'. - soltei seus lábios.
- Sim.
- Então você sabe que não foi fácil. Minhas energias estão esgotadas. Eu fiz o meu trabalho e os dos outros, entrava sete horas da manhã e só saía depois da meia-noite. Eu não dormi e nem comi direito. - Suspirei - Do jeito que as coisas andam, se Chay me ver arranjando tempo para namorar, vai usar o argumento de que também tenho tempo para trabalhar com mais eficiência. Não quero ser forçada a me demitir, por isso hesitei. Perderia não só o melhor emprego da minha vida, mas também a convivência com... - sorri - meu chefe favorito.
Tentei decifrar suas feições com o término do meu mini-monólogo; ele parecia entender, eu acho.
- Você... entende?
- Eu... - concordou com a cabeça - me desculpe, Lu. Eu não sabia que as coisas andavam assim, não prestei atenção; não tive noção da seriedade. Desculpe-me. - Disse com um olhar de clemência.
- Não sinta pena. Isso só foi o porquê de eu ter hesitado, só isso.
Thur alisou meu rosto com o polegar, visivelmente preocupado.
- Entendo, claro. - murmurou enquanto se aproximava, beijando todo o meu rosto; bochechas, queixo, testa, olhos, ponta do nariz e, enfim, minha boca. Separamo-nos apenas pelo desconforto das posições. 
(n/a: Alguém está atrasada para uma certa reunião...) - Não vou deixar que ele faça isso com você, Srta. Blanco. Não se preocupe.
Ele sorriu torto, fazendo-me relaxar completamente. Podia sentir meu corpo arrepiar-se, provocando um espasmo estranho, uma contração de meus músculos involuntariamente. Nunca vi sorrisos como aquele, capazes de mover músculos alheios, de relaxar, descontrair, apaixonar...
Perguntava-me durante todo esse tempo onde aquele Arthur se escondia. Por que ele não apareceu antes? Eu realmente precisava dele; aquilo tudo era bom demais para ser verdade. 

Creditos: Fanfics Obession


7 comentários:

  1. +++++++++++++++++++++++++++++++

    ResponderExcluir
  2. Oie?! Bom, eu queria saber como faço pra enviar uma web pra ser postada no blog? Se é que vocês estão aceitando webs para serem postadas. Alguém pode me responder? Estou aguardando!

    ResponderExcluir
  3. Shai gosto bastante do blog e queria te dar uma dica o que adianta vc ter varias adm's se nenhuma posta acho que vc deveria cobrar mais ou dar explicaçães pra gente acho que a gente merece e vc eu admiro vc,vc fui viajar e mesmo assim deixou programado poste pra gente acho isso uma super concideração que vc tem pela gente e serio amo demais seu blog meu preferido <3

    ResponderExcluir
  4. Ei posta mais pfvr....sou super viciada nessa web...amo seu blog<3

    ResponderExcluir