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sábado, 16 de novembro de 2013

Proposta Indecente

33° Capítulo  




- Estaria satisfeita com um sanduíche e um café. - Não está impressionada?


- Devia estar?


- Não era minha intenção.


- Queria ser visto, Arthur? - ela arriscou, ao notar que chamavam a atenção de alguns clientes.


- Não planejei nada. - O semblante de Arthur ficou sombrio. Lua usava uma saia justa e uma blusa, e uma elegante jaqueta. Não era de marca, mas estava adequado.


- Nesse caso... Obrigada. - Pelo quê?


- Pelas roupas. E pelo almoço.


Ela estaria representando? Algo lhe dizia que não. - Acho que você está mesmo... Grata.


Os presentes não eram nada mais que um prêmio, Lua se censurou, que fazia parte de sua apresentação. Afinal, uma amante tem de estar bem vestida.


A sopa estava deliciosa; o salmão, divino. Ela preferiu um coquetel de frutas ao vinho.


- Gostaria de visitar meu pai – disse Lua, enquanto tomavam café. - Não o vi ontem. E há Sammy, também.


- Cada um em um hospital.


Ela o olhou com atenção.


- Garanto que voltarei a tempo, se me disser a que horas teremos de sair.


- Logo depois das seis.


Lua consultou o relógio e constatou que já passava das duas.


- Visito Billy todos os dias. E Sammy não tem ninguém. Ninguém que se importe, acrescentou em silêncio.


Arthur chamou o garçom, pagou a conta e se levantou. - Eu a espero em casa às quatro e meia. Em ponto.


Estacionar perto de ambos os hospitais era impossível, e, como era final de semana, havia muitas visitas. Mas a ansie­dade de Billy desapareceu assim que a filha chegou.


Lua  passou meia hora com ele, e dirigiu muitos quilômetros para visitar Sammy. 0 garoto parecia pior, pois os fe­rimentos estavam mais visíveis.


- Você veio!


Lua  trouxera um livro de Charles Dickens e suco natural. - Não posso ficar muito tempo, Sammy.


- Tudo bem.


Antes de ir embora, ela falou com as enfermeiras, perguntou sobre o estado do rapaz e quanto tempo ele ainda teria de ficar. Depois andou quase meia milha para chegar até o carro.


Passava um pouco das quatro e meia quando subiu correndo as escadas, entrou no quarto e começou a tirar a roupa e os sapatos.


Desfizera as malas depois do café naquela manhã. Pegou uma calcinha e foi tomar banho.


Lavou os cabelos, envolveu-se na toalha e começou a ma­quiar-se e se pentear antes de voltar para o dormitório.


0 vestido longo era deslumbrante: justo, decote redondo acen­tuado, tons de verde é azul reluzentes. Havia um xale, que, bem posicionado, escondia o machucado do braço.


Sua única jóia era um conjunto de brincos e uma fina cor­rente de ouro com um pequeno brilhante, que ganhara dos pais pelo aniversário de vinte e um anos.




continua


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