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sábado, 2 de agosto de 2014

O melhor pra mim

capitulo 31 e 32





Sexta-feira, dia 6 de Novembro, 16:15, meu quarto.
Lua:
Eu espumava de raiva. Fui até a cozinha, peguei meu maço de cigarros do esconderijo - no pote de bolachas que nem Clara nem meu pai comiam por serem de aveia - e subi as escadas correndo, deixando química de lado. Tranquei a porta do meu quarto e abri a janela, acendendo meu cigarro com as mãos tremendo. Observei Thur arrancar com o carro rua abaixo e sumir na esquina. Ao acabar meu cigarro, joguei no quintal do vizinho e me virei para a imensidão do quarto. Meu estômago estava pesado, doendo, e eu pensei em descer e tomar algum remédio, mas sabia que não adiantaria. Estava daquele jeito pela briga com Thur, e o mal-estar só iria embora quando nós dois estivéssemos bem.
Eu estava apaixonada por Arthur Aguiar.
Mas do jeito que era orgulhosa, não admitiria isso nem que a vaca morresse de câncer na traqueia!
Joguei-me na cama. Teria que esperar para ver no que aquilo iria dar…


Sexta-feira, dia 6 de Novembro, 16:16, meu quarto.
Guys:
Cheguei em casa e joguei as chaves do meu carro em cima da mesa de jantar. Ouvi música sair do quarto de Chay e subi as escadas, cansado psicologicamente. Entrei no quarto e encontrei os três na frente do PC. Pedro tocava alguma coisa no violão e Micael e Chay cantavam. Coloquei a cabeça no meio e olhei uma página do twitter aberta.
- Olha só quem chegou, meninas! - Pedro disse, parando de tocar o violão. - O Thur!
- O que tá rolando aqui? - perguntei, achando engraçado ver Pedro conversar com a tela do computador.
- Estamos online na Twitcam, Thur! - Micael disse, apontando para o número “345”. - Diz oi aí, Thur!
- Oi! - exclamei, sentando-me no braço da cadeira de Chay. Assim que disse o “oi”, várias “oi, Thur!” apareceram do lado da nossa imagem na webcam. Ri sozinho. “Como foi o seu dia, Thur?” uma das meninas perguntou. - Foi uma merda… Mas pelo menos eu estou vivo! - respondi.
- Que música vocês querem ouvir agora? - Pedro perguntou, dedilhando o violão.
Ficamos por mais meia hora na twitcam, e eu aprendi que não se deveria dar o número do celular na internet e que elas podiam ouvir tudo que eu falava a quilômetros de distância. Quando desligamos, deitei-me na cama de Chay, encarando o teto.
- Imagina que legal vai ser quando não pudermos mais sair sem disfarce na rua. - Micael comentou, rindo.
- É, e quando pudermos entrar nas festas de graça! - Chay concordou.
- Vai ser legal… - Pedro suspirou. - Mas tudo isso depende de uma só pessoa. Que Thur fez o favor de afastar.
- Estava com ela essa tarde. - eu disse.
- E aí? Ela mandou o Phoenix pro inferno? - Micael perguntou.
- Não, disse que vai manter a promessa. Mas me mandou pro inferno… - disse, e eles riram.
- Mereceu! - Pedro disse, antes de sair do quarto. Micael foi atrás dele e Chay me expulsou do quarto porque queria “dormir”. Saí, me arrastando, e entrei no meu quarto. Joguei-me na cama.
O que faria pra reconquistar Lua? Porque depois da segunda briga do dia, só dizer que havia beijado-a porque queria não mudaria muita coisa… Teria que fazer algo que a deixasse de boca aberta.
Mas o quê?
De repente, uma ideia me ocorreu. Sabia o que fazer pra Lua voltar a confiar em mim!
Fiquei por um bom tempo pensando no meu plano e quando tinha tudo perfeito na minha cabeça, virei para o lado e dormi quase que instantaneamente.
Lua seria minha.





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