CAPÍTULO III
Parte 2
Arthur sorriu abobalhado.
Era engraçado e até assustador ver como Lua era simples e completamente
perfeita para ele, desde seus momentos de menina de 13 anos à toda sua
lascividade repentina na cama. Bocejou e passou as mãos pelo rosto, estava com
sono, mas não queria sair dali de jeito nenhum. Apertou as têmporas com as mãos
pensando do que poderia fazer para recuperar a confiança - e o amor, é claro -
de Lua. Olhou o edredom florido que a cobria e teve uma idéia. "Mas é
claro" pensou, se sentindo o dono de uma cartada brilhante. A beijou na
testa e saiu do quarto com cuidado. Desceu as escadas, se jogou no sofá e
dormiu, sorrindo.
Arthur acordou cedo, afinal, tinha uma missão e tanto para essa manhã. Cinco e meia e já estava de pé, esperando a carona de Chay que, por sinal, nem havia cogitado sair da cidade e tinha passado o dia inteiro em casa. Pegou sua carteira, que estava satisfatoriamente recheada de notas de £50, colocou um casaco e foi para a esquina esperar Chay. Tremia de frio, então começou a balançar as pernas aleatoriamente enquanto esquentava as mãos roçando-as no bolso de seu casaco.
- E aí, gatinha - disse uma voz brincalhona -, quanto é a hora? - Era Chay.
- Vamos logo com isso - disse Arthur sério entrando no carro -, tenho que voltar cedo.
- Aonde nós vamos mesmo? - Perguntou Chay enquanto acelerava suavemente, sua cara de sono era nítida.
- À floricultura mais próxima - respondeu Arthur, Chay soltou uma gargalhada – Do que você está rindo?
- Você é louco? São cinco e meia da manhã! Não tem floricultura aberta a essa hora...
- Puta merda, é mesmo! – Arthur se bateu freneticamente na cabeça - O que eu faço agora?
- Tem um jardim lá em casa, quer umas flores? São de graça - Chay piscou.
- Não quero apenas flores, quero as flores favoritas dela.
Arthur acordou cedo, afinal, tinha uma missão e tanto para essa manhã. Cinco e meia e já estava de pé, esperando a carona de Chay que, por sinal, nem havia cogitado sair da cidade e tinha passado o dia inteiro em casa. Pegou sua carteira, que estava satisfatoriamente recheada de notas de £50, colocou um casaco e foi para a esquina esperar Chay. Tremia de frio, então começou a balançar as pernas aleatoriamente enquanto esquentava as mãos roçando-as no bolso de seu casaco.
- E aí, gatinha - disse uma voz brincalhona -, quanto é a hora? - Era Chay.
- Vamos logo com isso - disse Arthur sério entrando no carro -, tenho que voltar cedo.
- Aonde nós vamos mesmo? - Perguntou Chay enquanto acelerava suavemente, sua cara de sono era nítida.
- À floricultura mais próxima - respondeu Arthur, Chay soltou uma gargalhada – Do que você está rindo?
- Você é louco? São cinco e meia da manhã! Não tem floricultura aberta a essa hora...
- Puta merda, é mesmo! – Arthur se bateu freneticamente na cabeça - O que eu faço agora?
- Tem um jardim lá em casa, quer umas flores? São de graça - Chay piscou.
- Não quero apenas flores, quero as flores favoritas dela.
- Minha vizinha tem um
puta jardim, quer uma flores? São de graça... - Chay sugeriu com um sorriso
maroto. Arthur pensou e pouco depois concordou com a idéia. Não acreditava que
estava andando pelas ruas do Rio às 5 da manhã para roubar flores de um jardim.
- Ei, aquele não é o seu carro? - Perguntou Jorgito unindo as sobrancelhas ao avisar um carro preto na esquina.
- Você acha que se eu estivesse de carro, te chamaria? - desconversou Arthur.
- Sei lá, cara - rolou os olhos, estava com muito sono - E aí - puxou Chay -, ela tá bem?
- Quem, a Lu? Está, eu acho, não sei...
- Como assim não sabe?
- Ela não exatamente fala comigo, entende?
- E ela te chamou pra dormir lá sem falar direito com você? Ela sempre foi esquisitinha, mas não sabia que era tanto assim...
Arthur olhou para Chay com reprovação e até pensou em contar toda a história, mas não valia a pena. Já estavam chegando à casa de Chay e Arthur podia sentir seu coração bater mais forte. "Mas que merda é essa?" se perguntou, colocando a mão no peito.
- Chegamos, cara - Chay desligou o carro e tirou a chave da ignição - Pronto para o dia mais emocionante da sua vida?
Os dois sairam do carro e foram em direção ao jardim da Sra. Moss, que era, de longe, o mais bonito que Arthur já tinha visto. Chay tinha um espírito levado e estava se divertindo horrores com aquilo.
- Ei, aquele não é o seu carro? - Perguntou Jorgito unindo as sobrancelhas ao avisar um carro preto na esquina.
- Você acha que se eu estivesse de carro, te chamaria? - desconversou Arthur.
- Sei lá, cara - rolou os olhos, estava com muito sono - E aí - puxou Chay -, ela tá bem?
- Quem, a Lu? Está, eu acho, não sei...
- Como assim não sabe?
- Ela não exatamente fala comigo, entende?
- E ela te chamou pra dormir lá sem falar direito com você? Ela sempre foi esquisitinha, mas não sabia que era tanto assim...
Arthur olhou para Chay com reprovação e até pensou em contar toda a história, mas não valia a pena. Já estavam chegando à casa de Chay e Arthur podia sentir seu coração bater mais forte. "Mas que merda é essa?" se perguntou, colocando a mão no peito.
- Chegamos, cara - Chay desligou o carro e tirou a chave da ignição - Pronto para o dia mais emocionante da sua vida?
Os dois sairam do carro e foram em direção ao jardim da Sra. Moss, que era, de longe, o mais bonito que Arthur já tinha visto. Chay tinha um espírito levado e estava se divertindo horrores com aquilo.
- Então - disse ele
fingindo ser um atendente -, qual vai querer? Temos muitos tipo aqui, como pode
ver. Temos rosas, margaridas, tulipas...
- Não tem tulipas aqui - rebateu Arthur.
- Está no estoque, cliente mal-humorado - Chay arqueou uma sobrancelha - Enfim, fique à vontade...
Arthur não conseguia encontrar as flores preferidas de Lua. Rosas, margaridas e várias outras, mas não as que ele queria. Começou a andar pelo jardim, pensando em como seria estar ali num dia ensolarado. "Estou ficando gay..." sussurrou para si mesmo e se deparou com a janela que salvaria sua madrugada. No parapeito, um vaso: eram aquelas as flores que ele queria. Correu até o vaso e o pegou nas mãos.
- Chay - chamou, voltando ao carro -, vamos!
- Já achou? - perguntou Chay mascando um matinho qualquer e esbarrando em um vaso posto no muro da entrada. É, o vaso quebrou. E sim, uma luz se acendeu dentro da casa.
- CORRE PORRA! – Alertou Arthur enquanto entrava desesperado no carro. Logo veio Chay, que deu partida e saiu cantando pneu. O sol ainda não tinha dado todo o ar de sua graça, mas já estava quase na hora de Lua acordar.
- Não disse que seria o dia mais emocionante da sua vida?
- Não tem tulipas aqui - rebateu Arthur.
- Está no estoque, cliente mal-humorado - Chay arqueou uma sobrancelha - Enfim, fique à vontade...
Arthur não conseguia encontrar as flores preferidas de Lua. Rosas, margaridas e várias outras, mas não as que ele queria. Começou a andar pelo jardim, pensando em como seria estar ali num dia ensolarado. "Estou ficando gay..." sussurrou para si mesmo e se deparou com a janela que salvaria sua madrugada. No parapeito, um vaso: eram aquelas as flores que ele queria. Correu até o vaso e o pegou nas mãos.
- Chay - chamou, voltando ao carro -, vamos!
- Já achou? - perguntou Chay mascando um matinho qualquer e esbarrando em um vaso posto no muro da entrada. É, o vaso quebrou. E sim, uma luz se acendeu dentro da casa.
- CORRE PORRA! – Alertou Arthur enquanto entrava desesperado no carro. Logo veio Chay, que deu partida e saiu cantando pneu. O sol ainda não tinha dado todo o ar de sua graça, mas já estava quase na hora de Lua acordar.
- Não disse que seria o dia mais emocionante da sua vida?
- Você chama isso de
emocionante? - Indagou Arthur sarcástico - Emocionante seria se a sua vizinha
jogasse uma panela na sua cabeça.
Os dois estavam com muito sono para colocar o papo em dia, então ficaram todo o tempo calados. Chay se empenhou em chegar à casa de Lua rapidamente, fazendo uso de vários atalhos. Arthur pegou o vaso, saiu do carro e se abaixou para agradecer ao amigo.
- Chay, cara, obrigado. Mesmo - agradeceu verdadeiramente, afinal, era com aquelas flores que ele daria início ao seu plano
- De nada, gatinha. Sempre que precisar, é só ligar - e mandou um beijo no ar dando uma piscadela. Apertou o acelador e sumiu de vista. Agora era hora de Arthur entrar e deixar tudo nos conformes, ou toda essa trapalhada não seria de nada. Pegou um vaso qualquer que achou na cozinha, encheu de água, tirou as flores do vaso da Sra. Moss e colocou o vaso no balcão da cozinha. Se sentou no sofá da sala, esperando que sua amada descesse logo. Sete, oito, nove horas e nada. "Hm, então ela não tinha nada de importante para resolver hoje..." pensou, se deitando no sofá e lutando contra o sono. "Essa Lua..." sussurrou e adormeceu.
Os dois estavam com muito sono para colocar o papo em dia, então ficaram todo o tempo calados. Chay se empenhou em chegar à casa de Lua rapidamente, fazendo uso de vários atalhos. Arthur pegou o vaso, saiu do carro e se abaixou para agradecer ao amigo.
- Chay, cara, obrigado. Mesmo - agradeceu verdadeiramente, afinal, era com aquelas flores que ele daria início ao seu plano
- De nada, gatinha. Sempre que precisar, é só ligar - e mandou um beijo no ar dando uma piscadela. Apertou o acelador e sumiu de vista. Agora era hora de Arthur entrar e deixar tudo nos conformes, ou toda essa trapalhada não seria de nada. Pegou um vaso qualquer que achou na cozinha, encheu de água, tirou as flores do vaso da Sra. Moss e colocou o vaso no balcão da cozinha. Se sentou no sofá da sala, esperando que sua amada descesse logo. Sete, oito, nove horas e nada. "Hm, então ela não tinha nada de importante para resolver hoje..." pensou, se deitando no sofá e lutando contra o sono. "Essa Lua..." sussurrou e adormeceu.
Creditos:Jane
Holloway
Estão Gostando ?? Quero Muitos Comentários, quem mais ??



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