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sábado, 29 de março de 2014

The Divide

Cap 50


Quando eu abri os olhos pela manhã, eu tive aquela sensação horrorosa de que eu estava completamente atrasada para o trabalho.
   Eu dei um pulo da cama, já procurando um relógio, recolhendo minhas coisas, e me vestindo ao mesmo tempo...Quando eu dei por mim, ainda era 8 da manhã, por sorte.

   Eu me acalmei e comecei a me arrumar com mais tranqüilidade. Tomei um banho, vesti uma roupa que já tinha na casa dele: Uma camisa social branca, calça jeans e um casaco de couro bege por cima.
Como era de se esperar, o bonitão estava morto, deitado na cama, dormindo feito uma pedra.
   Eu quis deixa-lo lá, mas ele tinha obrigações a cumprir e com 27 anos de idade na cara, já era hora de começar a crescer.
Eu fui até a cozinha e busquei uma vasilha pequena com água, voltei até quarto, e maléficamente molhei a mão dentro da vasilha e comecei a respingar água no rosto dele:

                         Lua: Como é que é? Levanta dessa cama agora!

   Ele acordou imediatamente, grunindo:
                       Lua: Bora,Bora...Ou você pensou que ia mesmo ficar em casa hoje?
                         Thomas: Vai embora, Lua.
                       Lua: Você tem que ir trabalhar, Tommy.
                        Thomas: Se manda daqui!
    Eu comecei a jogar mais água nele:

                      Lua: Anda logo!

    Ele não teve como se defender e começou a reagir, levantando da cama e me xingando:

                       Thomas: Você é muito chata!
                       Lua: Ah, vai trabalhar vagabundo!
     Eu revidei e ele não respondeu, entrou de baixo do chuveiro e ficou lá um bom tempo.


Eu fiquei na cozinha, tomando meu café da manha calma e tranqüilamente, quando ele apareceu, já vestido socialmente:

             Lua: Bom dia, Bela Adormecida! – Eu brinquei. E ele não gostou.

   Sentou-se a mesa calado, e começou a se servir.
             Lua: Você tava horrível ontem, dê graças a deus que...

              Thomas: Onde ta meu carro?
            Lua: No bar. Ou você pensou...

             Thomas: Eu não pensei nada!
            Lua: Eita! Ta bom grosso!
 
   Se fosse pra levar patada, eu preferia ficar em silencio, mas eu estava curiosa demais pra saber qual seria o próximo capitulo da historia:

            Lua: O que vai fazer?
             Thomas: Em relação a quê?

             Lua: Você sabe...

              Thomas: Eu vou fazer o meu trabalho.

   Bom, era hora de eu intervir.
             Lua: Tommy, quero te pedir uma coisa...
               Thomas: Pode esquecer, eu vou denúncia-lo e pronto.
             Lua: Quer me deixar falar? – eu pedi, brava. – Ele não filho dos Aguiar’s , foi roubado dos pais biológicos por uma ameaça.


   Eu fui curta e grossa e obviamente ele não esperava por essa. Me olhou fixamente, incrédulo do que ouviu:

              Thomas: Como é que é?

             Lua: É isso mesmo. Ele foi ‘obrigado’ a fazer parte da família e exercer a função de um Aguiar legítimo. Ele deveria ter uma vida comum, Tommy. Ele é inocente nessa historia, mas teve o destino roubado pelos Aguiar....Ele é a vítima, não o culpado. Então eu te peço: Não denuncie ele!


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