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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Everything can change

                                          

Capitulo 21 e 22




Pov. Lua

Acordei com uma sensação horrível, ótimo, vou ter que aguentar o mala do Chris aqui.
Sophia: certeza que você ainda sente alguma coisa pro ele- ela saiu passando batom e eu rolei os olhos.
Lua: sinto, sinto nojo, sinto ódio- me levantei e entrei no banheiro.
Sophia: igual ao que você sente pelo Arthur?- ela falou um pouco mais alto.
Lua: Arthur é passado.
Sophia: duvido, você é louca por ele, você não sabe esconder Luh- ela gargalhou.
Lua: eu não gosto dele, nem do Chris, e nem pretendo gostar!- liguei o chuveiro e ela saiu, eu ainda não entendo por Arthur não queria ficar comigo? Eu sou tão ruim assim? Poxa, eu sei que não sou a garota mais linda daqui, nem tenho tanto corpo, nem me comporto como a maioria das garotas, mas cara...
Chay: LUA!- o ouvi gritar, terminei o banho, me enrolei na toalha e sai vendo ele sentado na cama de Sophia- o Chris chegou- rolei os olhos e procurei uma roupa qualquer.
Lua: e dai?
Chay: você vai recebe-lo –sorriu de lado.
Lua: porque eu?- ele deu de ombros- perfeito- falei irônica.
Chay: calma, ele não pode estar tão insuportável assim.
Lua: ele É insuportável assim.
Chay: mas ele pode ter mudado.
Lua: Chay, nós vimos ele a uma semana e ele continua do mesmo jeito estupido, arrogante e idiota- entrei no banheiro e me troquei.
Chay: ele não pode ser tão chato Luh.
Lua: ah Chay, não quero discutir com você- terminei de me arrumar e sai do quarto, deixando Chay falando sozinho.
Xxx: está nervosa?- ouvi a voz de Arthur atrás de mim, me virei e assenti- o que foi?
Lua: amigo dos meus avôs, muito chato, conheço ele desde pequena, e tipo, ele é insuportável- ele riu.
Arthur: tipo eu?- ri.
Lua: não, tipo... a Pérola com o Pedro- fiz uma cara pensativa e ele fez uma careta- vem comigo- fiz um biquinho e ele riu.
Arthur: sim, mas só porque eu sou um amor- ele passou o braço pelos meus ombros e eu gargalhei, andamos até a entrada e lá estava ele, como sempre lindo, pena que beleza não cobre caráter. (iludidamodoon ¬¬).
Chris: Luinha- sorriu cínico e abriu os braços, parei no meio do caminho e cruzei os braços, Arthur riu baixo e colocou as mãos no bolso- meu abraço?- rolei os olhos.
Lua: vamos acabar logo com isso- ele abaixou os braços pegando as malas e veio até mim.
Chris: fala sério Luinha- ele sussurrou em meu ouvido- nem um beijo de boas vindas?-  meu sangue ferveu e quando eu vi, sua bochecha já estava com uma marca vermelha de minha mão.
Lua: Estupido- falei entredentes.
Arthur: vamos logo com isso?- Arthur encarava Chris com uma cara assustadora, seu olhos estavam quase que completamente pretos.
Chris: quem é esse?- falou com a mão onde recebeu o tapa.
Lua: Arthur, Chris, Chris, Arthur, vamos logo- comecei a andar até ouvir Chris falando.
Chris: Então esse é o seu namoradinho Lua?- parei na mesma hora e senti que Arthur também, olhei com o canto dos olhos para Arthur que me encarava, abaixei a cabeça e ouvi Arthur dar alguns passos para trás.
Arthur: não sei no que isso te desrespeito, agora, vamos logo mostrar o colégio para você, afinal, quanto mais cedo você sumir melhor- ele voltou até mim e segurou em minha cintura- depois você me explica- sorri e assenti um pouco envergonhada.
Depois de mostramos toda a escola para Chris, levamos ele ao seu quarto e andamos até o jardim, sentamos encostados numa árvore e ficamos em silencio por algum tempo, sempre adorei o silencio, é da minha natureza gostar de silencio, paz, escuro, respirei fundo e senti Arthur me olhando.
Lua: pode perguntar- ele se ajeitou olhando para a lua no céu.
Arthur: quem é ele?
Lua: amigo da minha família, seus pais eram amigos dos meus pais, crescemos juntos.
Arthur: hn...
Lua: ele é muito, muito, muito, muito insuportável- rolei os olhos e ele sorriu de lado.
Arthur: parecem ter... intimidade- senti minhas bochechas arderem e eu olhei para baixo.
Lua: meu primeiro beijo foi com ele- Arthur olhou para o lado- naquela época ele não era tão insuportável.
Arthur: e... Você gosta dele?- neguei e ele olhou para mim- vamos comer?- assenti e ele passou o braço por meus ombros, não sei porque, me sentia protegida quando ele me abraçava, porque não podíamos ficar juntos?- o que foi?
Lua: nada- ele parou, faltava apenas alguns passos para chegarmos na cantina e ele se virou para mim.
Arthur: pode me contar- ele encostou-se na parede e eu me encostei do lado dele.
Lua: eu... Queria saber por que você, porque você não ficaria comigo- ele olhou para frente.
Arthur: você é boa de mais para mim- deu de ombros e eu olhei para baixo e sorri de leve.
Lua: boa de mais?- ele assentiu- como assim?
Arthur: você é linda, inteligente, fofa, e nossa, você é perfeita Luh- ele olhou nos meus olhos e eu corei.
Lua: sério?- ele assentiu e eu o abracei, ele no começo não reagiu, mas logo me apertou em seus braços, senti o calor do seu corpo, seu cheiro, sentia sua respiração calma batendo em meu cabelo, sorri boba e ele me soltou.
Arthur: eu não sou bom em me controlar- ele sorriu e me encarou por um tempo, não aguentei e me joguei em seus braços juntando nossos lábios, senti seus lábios se mexendo em baixo dos meus, eu me sentia nas nuvens, ele me abraçava pela cintura e eu estava na ponta dos pés para poder ficar do seu tamanho, logo sua língua pediu passagem e eu cedi, depois de alguns minutos quebramos o beijo e encostamos nossas testas, olhei para ele que ainda estava de olhos fechados, parecia nervoso.
Lua: desculpa- ele negou com a cabeça.
Arthur: eu só preciso aprender a me controlar- sorriu de lado.

Lua: você consegue- sorri e o abracei, depois sussurrei no seu ouvido- não sei se eu consigo.


Pov. Arthur


Ela entrou na cantina e eu sorri de lado, olhei ela andando até a mesa e sentando do lado e Chay e de Sophia, decidi dar uma volta, estava sentindo um calor insuportável apesar de ser inverno, andei até o jardim, me sentia estranho, do nada todos os meus piores pensamentos viram a tona, eu sozinho, meus únicos “amigos” me batendo, meu pai brigando comigo, minha transformação, Mel sofrendo sem amigas, Lucy, nós nos mudando, meu pai sumindo por messes, Minhas crises, a transformação de Mel, Lua... Meu sangue fervia, sentia todos os sentimentos ruins misturados e simplesmente gritei em plenos pulmões, era hora de aula e estava andando a tanto tempo que já havia entrado na floresta, estava longe de todos, sem ninguém para me ver, gritei novamente socando uma árvore, SE EU NÃO FOSSE ISSO MINHA MÃE NÃO TERIA MORRIDO! Gritei outra vez. EU NÃO PRECISARIA DIVIDIR MEU LADO EMOCIONAL DO RACIONAL! EU PODERIA ESTAR COM LUA, EU... PODERIA FAZER QUALQUER COISA!
Corri, corri muito, até chegar perto de um lago, me joguei na água, mas mesmo assim não consegui esfriar, aposto que se alguém estive aqui, iria queimar só de ficar perto, sai da água e baguncei meus cabelos, não consegui esquecer, tudo continuava rondando.


“Xxx: Você nunca vai conseguir nunca! Você é fraco Arthur!- meu pai gritava e apontava o dedo em minha direção.
Arthur: mas pai!- tentava me desculpar.
Carlos: NÃO ARTHUR! VOCÊ É FRACO, NUNCA VAI CHEGAR A LUGAR ALGUM! EU NÃO POSSO TE SUSTENTAR PARA FRENTE- ele me empurrou e eu cai para trás chorando- HOMEM NUNCA CHORA ARTHUR!”.
Bagunçava meus cabelos e olhava em volta, parecia que as cenas aconteciam na minha frente.
“xxx: fracote!- meu “amigo” me empurrou e riu com os outros- NUNCA você vai conseguir me ganhar Arthur”
“Lucy: eu nunca amaria você Arthur- sorriu e saiu andando com um cara qualquer do lado.”
“Mel: EU ESTOU CANSADA DE FICAR SÓ ARTHUR! –chorava em desespero”
“Ricardo: olhem bem, nunca mais voltaram para esse lugar- falou quando saímos da cidade.”
“Ricardo: VOCÊ MATOU A SUA MÃE! VOCÊ A MATOU!- gritava”
“Mel: mas e se ele nunca mais voltar, não vai conseguir nos proteger para sempre.”
“Arthur: pa-pai, o que está acontecendo?- minhas costas doíam e eu gemia baixo.
Ricardo: você está se transformando- olhou para mim- não chore”
“Lua: a menos que você seja um lobo- sorriu”


Não aguentei e me transformei, sentia as garras crescendo, meus dentes ficando afiados e comecei a correr sem direção, fraco, fraco, ouvi isso toda a minha vida, e... eu realmente acredito nisso, como posso querer ficar com Lua se não poderia protege-la? Pulei o rio, idiota, não consigo nem me defender de um sangue-suga idiota! Se não fosse por Lua eu teria morrido! Depois de correr muito cheguei em uma cabana, parecia abandonada, entrei e me deitei


Pov. Lua


Não vi Arthur entrar na cantina, mas depois de não vê-lo o dia todo comecei a ficar preocupada, o que será que aconteceu com ele? Decidi procura-lo, andei por toda a escola, Diego, seu colega de quarto, falou que ele não entrou no quarto, andei pelo jardim e vi uma trilha... será que? Ah não custa tentar, andei e vi uma cachoeira linda, olhei tudo, vi o celular de Arthur no chão, o que será que aconteceu? Vi um tipo de pegada, mas... parecia de animal, será que aconteceu algo ou... não, segui as pegadas e elas pulavam em certa parte para o outro lado do rio, pulei e andei, dava em uma cabana, entrei com cuidado e vi Arthur deitado, ele estava... Sem roupas.
Lua: Arthur- sussurrei e ele virou a cabeça para mim, estava de bruços.
Arthur: Lua?- ele falou confuso e olhou para si mesmo corando em seguida- er...
Lua: quer que eu trague algumas roupas para você?- ele assentiu e eu ri de leve, corri para a escola e peguei algumas roupas, sorte que Diego não estava lá, depois voltei, coloquei as roupas perto da porta e sai, depois de algum tempo ele saiu.
Arthur: desculpe- ele falou envergonhado.
Lua: porque estava aqui, e desse jeito?- ele olhou para o lado.
Arthur: tive uma crise.
Lua: e você tira as roupas quando está em crise?- ele deu de ombros e eu segurei seu rosto entre minhas mãos- porque da crise?
Arthur: não estou a fim de falar agora- sussurrou.
Lua: mas está tudo bem?- ele assentiu e eu o abracei, queria passar para ele que eu sempre estaria por perto se ele precisasse.
Arthur: Luh- ele falou contra meus cabelos- você acha que eu sou fraco?- olhei em seus olhos.
Lua: em que sentido?
Arthur: Acha que eu nunca conseguiria proteger alguém?- o olhei confusa- meu pai sempre falou que eu era fraco de mais, que nunca conseguiria me cuidar sozinho- suspirou.
Lua: e você consegue?- ele olhou para baixo- pelo pouco que você falou para mim sobre você, você é o cara mais forte que eu já conheci- ele sorriu, um sorriso tão lindo, tão... fofo.
Arthur: você é perfeita- ele me apertou em seus braços e me levantou do chão.
Lua: Arthur- gargalhei e ele me desceu e olhou em meus olhos.
Arthur: eu te adoro.
Lua: também te adoro- sorri e ele encostou nossas testas, e sentia sua respiração rápida se misturando com a minha e ele se separou devagar.
Arthur: me controlar, preciso, me controlar- falou consigo mesmo e eu gargalhei- assim não ajuda.
Lua: ok, muda- ele me olhou e eu sorri, ele rolou os olhos e estendeu a mão para mim.
Arthur: como você me achou?- segurei sua mão.
Lua: eu procurei a escola inteira, depois eu vi uma trilha e pensei que você poderia estar lá então eu vi seu celular- entreguei para ele- depois vi umas pegadas, alias, porque tem tantas pegadas para cá?
Arthur: sei lá- deu de ombros.
Lua: sério?
Arthur: porque?
Lua: sei lá, parecia um animal grande.
Arthur: é?- assenti
Lua: você poderia estar em perigo.
Arthur: eu acho que não- ele olhou para o lado.
Lua: Arthur- ele me olhou- você é um lobo?

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