Proposta Indecente

24° Capítulo  

Lua sentiu a dor da carne rompida e gritou, por instinto indo para trás, para tentar amenizar o impacto.

Arthur não se mexeu. Estremeceu sem querer. Em silêncio imprecou contra todos os santos que conhecia e mais alguns. Só pôde falar após alguns longos segundos, e quando o fez sua voz foi baixa e áspera:

- Por que não me contou?! - Apoiou-se sobre os cotovelos. Lua parecia machucada e tão frágil...

- Você não teria acreditado. O pior é que era verdade.

- Por que, Lua ? - Ele experimentava um misto de raiva e remorso.

- Nunca conheci um homem por quem tivesse um senti­mento forte o suficiente para... Desejar me entregar.

Agora era sua vez de perguntar: - Que diferença faz?

- Eu poderia ter sido muito mais cuidadoso.

- Já que vamos discutir a relação, você se incomodaria de ir para o lado? - Se não colocasse uma pitada de humor na­quilo, acabaria em prantos.

- Ah, não, pequena! Eu ainda estou longe de terminar.

- Pois eu já terminei. - A boca de Lua tremulava.

- Nada disso. Confie em mim.

Confiar nele? Como poderia fazer isso?

Os lábios de Arthur cobriram os dela, buscando a maciez, explorando-os de um modo que aguçava seus sentidos.

Lua gemeu alto quando Arthur beijou-lhe o seio e abo­canhou um mamilo, depois o sugou, e fez o mesmo com o outro.

Ele sentiu seu abraço e recuou um pouco, ouviu sua respi­ração e se reaproximou. Repetiu o movimento, devagar, e notou quando Lua começou a acompanhar seu ritmo.

Levou um tempo, e Arthur teve de se controlar ao erguer as pernas dela em volta da cintura, e balançar, com gentileza, para trás e para frente, até que ficassem em harmonia.

Arthur a levou ao clímax e a segurou, absorvendo seus gritos com um beijo.

Depois, afastou seus cabelos do rosto e sorriu ao ver seus olhos se fecharem. Ela parecia... Saciada, concluiu, e prestes a adormecer.

Arthur se levantou em um só movimento e foi até o banheiro, encheu a banheira com água morna, ligou a hidromassagem. Minutos depois, voltou e a tomou nos braços.

Lua teve certeza de que sonhava. Sentia a água morna, o sabonete e a esponja em sua pele, e não pôde acreditar que tudo não acontecia em sua fantasia subconsciente.

Arthur a pegou no colo e a secou com a toalha. Seu protesto foi quase inaudível quando ele a pôs sobre a cama e a acomodou junto a si.

continua